Episódio 17

1576 Words
Nicole viu que o motorista estava com uma cara um pouco desconfortável quando foi buscá-la em casa. O quarto do filho era lindo e faltavam apenas algumas coisas que ela compraria mais tarde. Ela viu nas redes sociais como se espalhava a fofoca de que Dilan foi ao escritório com o filho, mas sem a esposa, e já se preocupavam em dizer que ele já havia se divorciado da esposa. Ela salivou secamente quando chegou à empresa e os funcionários murmuravam sobre algo que havia acontecido. Ela arregalou os olhos ao perceber que era a secretária de Dilan, sendo levada pela polícia. Ela foi imediatamente para o elevador, pois sentiu uma pressão no peito que não gostou, a ponto do seu filho possivelmente estar sofrendo. O seu coração estava quase saindo do peito, ela não se importava com a comoção ou com os murmúrios das pessoas, era apenas seu filho que estava nos seus pensamentos. A equipe médica que Dilan contratou para seu filho estava lá. Jonas estava deitado no sofá, sendo examinado. — Nicole, quando você chegou? Dilan perguntou, caminhando em direção a ela. — EU… — O que aconteceu com o meu filho? Ela perguntou assustada e antes que pudesse ir até onde eles estavam. Dilan pegou o seu braço, parando-a. — Deixe-me ir... — Aparentemente Claribel fez alguma coisa com o nosso filho. Dilan a fez olhar para ele. — Ela tentou agredi-lo, Jonas revidou, mas acabou no chão e agora estão verificando se tem alguma coisa fora do lugar. — O que ele tentou fazer com ele? Como você permitiu que algo assim acontecesse? No que você estava pensando? — Eu estava numa reunião, nada que deva se alarmar. Ele franziu a testa um pouco irritado. — Ele se defendeu, foi me procurar e por isso está seguro. A porta estava entreaberta caso ele precisasse de alguma coisa, até Fred estava de olho no nosso filho. — Eu te disse que você tinha que jogar aquela mulher na rua, que ela não me odiava. Ela apontou o dedo para ele, cheia de raiva, —Mas você teve que esperar que um infortúnio acontecesse para poder veja tudo como é. Você não tem ideia do que fez e que essa mulher é uma harpia. — Ela já está presa, o que aconteceu foi um erro e… — Sr. Richter. Chamou o médico, encerrando a discussão. — Está tudo bem com a criança, parece que foi só um susto que ele levou. — Isso é ótimo, muito obrigado, doutor. Disse Dilan, apertando a sua mão. — Ele vai sentir alguma dor? — Só uma coisa leve, quando o remédio que eu dei passar. Ele deu uma última olhada no garotinho. — Lembre-se, vocês precisam cuidar para nada acontecer. Nenhuma emoção que o perturbe. — Ok, obrigado. Disse Dilan e o médico saiu do consultório. — Está tudo bem. — Talvez tenha sido uma má ideia deixar vocês dois passarem um tempo juntos, basta olhar o que aconteceu e... — Nicole, pela última vez, deixe isso no passado, o que aconteceu foi uma fatalidade. Dilan murmurou, deixando-a ir até Jonas. — Você está brava, eu sei que a culpa é minha, mas tenha certeza de que as coisas acontecem por um motivo e ela vai pagar pelo que fez ao nosso filho. — Você até fala como se fossem os melhores amigos do mundo. Ela disse a ele com raiva. — Claribel sempre me viu com ódio e desprezo. Ela tratava Natacha assim? — Não, ela sempre foi próxima dela. — Você tem a resposta, ou melhor, você sempre a teve com você, mas você age cegamente nesse aspecto. Ela bufou com raiva. — Não acredito que você deixou esse tipo de coisa passar só por diversão. Aquela mulher odeia tudo o que tem a ver comigo e deve saber onde está Natacha. — Mamãe. Disse Jonas, acordando. — Sata*nás queria me matar. — Que? Dilan perguntou, sem acreditar. — Quem queria te matar? — Você. É porque ele não quer me deixar o dinheiro dele e por isso aquela mulher disse que me levaria embora. — Ma*ldita cria do m*al. Ele se aproximou do filho muito rapidamente. — Você está manipulando as coisas como deseja... — Morra logo, porque se eu morrer primeiro você ficará sem esposa, pois vou levar a minha mãe comigo. Dilan fez uma linha reta com os lábios, Nicole teve vontade de rir, mas não conseguiu. Na verdade, ela não poderia, especialmente porque aqueles dois eram idênticos em todos os sentidos da palavra. A maneira como se olhavam, desafiavam um ao outro e até mesmo a doença que tinham. Dilan estava se controlando a ponto dos seus olhos quererem desaparecer para o filho. — Alguma coisa está doendo, meu amor? Nicole perguntou, para amenizar a situação. — Percebo que você está um pouco irritado e não quero isso para você. — Mamãe, ele me odeia muito. — Pelo menos não fui eu que comecei a chorar nos braços do meu pai como se não tivesse nada melhor para fazer. Nicole pegou o filho, ignorando o que Dilan disse, e o levou até onde ficava a mesa. Retirou alguns documentos que eram importantes, deixando o espaço para servir a comida sem nenhum problema. Ela tinha algumas dúvidas sobre algumas coisas, mas teve que ficar quieta até que todos os seus sentidos estivessem claros. — Foi de uma altura muito grande que ela deixou você cair? Nicole perguntou, mordendo o lábio. — Eu sei que… — Não, segundo os vídeos ela tentou levá-lo embora, Jonas arrancou alguns fios de cabelo dela e ela o deixou. Ele rastejou até onde fica a sala de reuniões. Dilan abriu os recipientes de comida. — Não negligenciei, a porta do meu escritório ficou entreaberta. Eu não imaginava que algo assim aconteceria. — E Frederico? — Ele disse que estava indo à delegacia para resolver algumas coisas que ficaram inacabadas. Comentou Dilan, antes de lhe entregar a comida de Jonas. — Ele é dramático, eu disse a ele que se eu morrer tudo que tenho é dele. Você deveria parar de assistir esses romances, eles não fazem nenhum bem. Principalmente para ele. — Não é dramático, você simplesmente não entende. Nicole bufou. O assunto não foi discutido novamente. Jonas estava calmo, ela tinha a sensação de que Dilan sabia bem do que Natacha era capaz para abordá-lo de volta. O que ela fez com o filho poderia acontecer mais tarde e aquela mulher era o próprio dia*bo. O que eu não entendi foi esperar três anos para machucar ela no ponto mais fraco dela, que era o filho. Ninguém poderia tocá-lo e não morrer depois de fazer isso. Claribel parecia ter muitas informações sobre as duas mulheres que a fizeram tanto m*al no passado. Talvez, a ponto de ficar como informante. Dilan disse-lhe que os investidores e sócios adiaram a reunião para a semana seguinte, pois compreenderam em grande parte que ter um filho quase raptado era muito pior. — Nicole. Ele chamou e ela olhou para Dilan. — Você já pensou se deveríamos nos casar? — Já somos casados. Ela sussurrou, desconfortável, porque sabia o que ele queria dizer com isso. — Sobre o que é essa pergunta? — Combinamos que íamos nos casar na igreja, é o único casamento que falta. Disse ele, começando a comer. — Ouça-me, os meus pais farão uma comemoração de aniversário. Toda a minha família irá e seria bom se nós também fôssemos. — Não posso ir, seria estranho depois de tudo que passei. Ela sussurrou, alimentando o filho. — Eles devem me odiar porque enganei o filho deles com um nome falso. — Eles querem você por perto, eles sabem a verdade das coisas e os meus pais investigaram você. Dilan fez uma pausa antes de continuar. — No dia do nosso casamento, eles te amaram, você parecia diferente e eu tinha as minhas suspeitas. Disseram-me que talvez tenha sido por causa das férias que você tirou com Carmen, mas Natacha nunca deixa Carmen fora dos planos. — Juro que não queria te enganar, já tinha te visto na televisão, em todos os lugares falavam sobre você ter namorada e tal. Ela desviou o olhar para Jonas. — Eu só precisava do dinheiro para pagar as dívidas que sobraram da cirurgia da minha mãe, só isso. No final das contas, eu a perdi. — Desculpe… — Não se desculpe, ela está melhor. Ela sorriu um pouco triste. — São coisas que acontecem e temos que conviver com elas mesmo que não queiramos... — E o seu pai? — Eu nunca o conheci, a minha mãe me disse que ele estava morto, mas por causa de seu tom hostil havia algo nisso. Ela fez uma careta. — Acho que ela tem os seus motivos para odiá-lo. — Você quer que eu investigue o seu pai? — Não, nada de investigar o meu passado. Naquele momento Frederico entrou no escritório e não parecia trazer boas notícias. — Claribel deu o seu depoimento. Fred se aproximou deles, deixando um envelope sobre a mesa. — Natacha foi quem planejou Jonas para ser sequestrado. Ele está de volta ao país. ‍​‌‌​ ‌‌‌​​‌​‌‌​‌​ ​‌ ‌‌‌​‌‌​​​‌‌​​‌‌​‌ ‌​​​‌ ‌‌‍
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