Capítulo Dose

2725 Words
Yasmin Ayala O que eu estou fazendo? Eu estou mesmo beijando ele, eu estou com os meus lábios colados aos de Aleksey Markovic? p***a! Como esperei por isso. Os lábios dele são mais do que eu imaginei, são doces, leves, com um toque suave de whisky escocês. Ele é tão quente e p***a! Eu não quero que o beijo acabe, quero que ele continue me beijando até não puder mais. — Yasmin, me desculpe, eu não sei o que me deu — Aleksey se embola nas próprias palavras dele. Ele está com os lábios inchados e com a respiração ofegante, ele parece um lindo bebé urso, com seus olhos azuis intensos, o corpo totalmente grande e desproporcional, o cabelo totalmente desorganizado que me dá vontade de fazer carinho nele. Ele tenta se explicar mas, eu não deixo ele falar absolutamente nada, interrompo a fala dele colando os meus lábios nos dele. De princípio, ele fica assustado mas logo em seguida, ele sede ao meu beijo. Os lábios de Aleksey encontram os meus suavemente, como se fossem feitos para se encaixar perfeitamente. Sinto uma corrente elétrica percorrer meu corpo quando nossos lábios se tocam, uma mistura deliciosa de desejo e ternura. Seu beijo é gentil, mas carregado de paixão, fazendo meu coração acelerar em meu peito. Cada carícia é uma promessa silenciosa de amor, e me perco no calor reconfortante de seus braços. Estamos totalmente envolvidos um no outro, o mundo ao nosso redor desaparecendo enquanto nos entregamos à intensidade do momento. É como se nada mais importasse além do toque suave de seus lábios nos meus, uma conexão tão profunda que me faz sentir completa. Nosso beijo é uma dança de emoções, um reflexo do desejo reprimido que compartilhamos. E, neste momento, sei que encontrei meu lar nos braços de Aleksey. A medida que nossos lábios se unem, sinto uma onda de calor percorrer meu corpo, arrepiando minha pele. Cada movimento é uma explosão de sensações, uma mistura de desejo e carinho que me deixa sem fôlego. Seus lábios exploram os meus com ternura, como se estivessem memorizando cada contorno, cada detalhe. É como se o tempo parasse, e só existíssemos nós dois, perdidos na intensidade do momento. O mundo ao nosso redor desaparece, deixando apenas o som suave de nossas respirações entrelaçadas. É um beijo que transcende palavras, uma expressão pura e genuína do que sentimos um pelo outro. E, nesse instante, tudo o que sei é que nunca quero que esse momento termine. Enquanto nossos lábios se encontram, o tempo parece desacelerar, como se estivéssemos presos em nosso próprio universo de paixão. Cada movimento é uma dança delicada e apaixonada, uma troca de energia que me envolve por completo. Sinto o calor do seu corpo contra o meu, criando uma sensação de conforto e segurança que me faz querer me perder nele para sempre. Seu beijo é como uma promessa de desejo reprimido, uma conexão profunda que transcende qualquer palavra. E, neste momento, sou grata por ter encontrado alguém que entende e completa cada parte do meu ser. — Uau... Isso foi... inesperado — sussuro ofegante ainda com os lábios inchados pelo beijo intenso trocado há minutos atrás. — Sim, foi... mas não me arrependo — Aleksey retruca com um sorriso tímido nos lábios, ele olha para todos os lados. — Acho que... talvez tenhamos ido longe demais — olho ao redor também um pouco desconfortável com a timidez dele, como é que um homem do tamanho dele pode ser tão tímido? — Eu entendo desculpe se eu me empolguei — Aleksey assente compreensivo com a minha atitude. — Não precisa se desculpar. Foi... bom — sorriu gentilmente para tentar tranquilizar ele. — Você está bem? — ele me encara de forma tão intensa que parece que a qualquer momento vai despir a minha alma. — Sim, estou. Só... não sei o que pensar — suspiro desanimada. — Se você quiser conversar sobre isso, estou aqui — ele fala colocando a mão em meu ombro. — Obrigada, Aleksey. É bom saber que tenho alguém com quem posso conversar — falo de forma agradecida. — Sempre estarei aqui para você, Yasmin. Afinal, somos colegas de turma, certo? — ele sorri para mim de forma tão cínica que me dá uma vontade de dar um soco dele. — Sim, é verdade. Colegas de turma que... se beijam — falo com um sorriso cínico nos lábios. Esse jogo pode ser jogado por duas pessoas Aleksey Markovic. — Parece até o enredo de um filme adolescente — ele está jogando comigo? Ele acha que eu sou uma palhaça. — É verdade! A garota popular se apaixona pelo nerd da escola — provoco ele aumentando ainda mais um sorriso para ele. — Ei, eu não sou um nerd! — ele fala fingindo uma ofensa grande. — Claro que não, Aleksey. Você é... um cara legal — provoco ele. Ele acha que sou uma tonta? Ele vai pagar caro por me beijar e no final me fazer de i****a. — Obrigado, Yasmin. Você também é legal — ele sorri para mim. — E sobre o que aconteceu... o beijo — olho para ele de forma séria. Quero deixar tudo em pratos limpos logo.. — Foi algo que eu quis fazer. Mas se você se sente desconfortável com isso, eu entendo — ele parece muito sincero em suas palavras. É óbvio que ele gostou do nosso beijo.. — Eu não estou desconfortável... só um pouco confusa — falo pensativa. Eu gostei do beijo dele, gostei da sensação de finalmente ter os lábios dele aos meus. Mas estou confusa e pensativa demais, não sei o que Aleksey sente por mim. — É compreensível. Beijar um colega de turma pode ser... complicado — i****a filho da mãe. Ele fala de forma tão gentil que não parece que alguns segundos estava devorando os meus lábios. — Sim, especialmente quando não estamos envolvidos romanticamente — se ele quer se fazer de i****a e fingir demência sobre o nosso beijo. Então! Eu farei o mesmo também. — É verdade. Mas isso não significa que não possamos ser amigos, certo? — ele olha para mim, de um modo intenso, me beija com todo o prazer e desejo e no final quer ser meu amigo? Quem ele pensa que é? — Claro que sim, Aleksey. Amigos de verdade — se ele quer fingir demência sobre a química que existe entre nós, é óbvio que eu também vou entrar no jogo. — Fico feliz em ouvir isso, Yasmin — ele parece aliviado com isso. Idiota filho da mãe. — Eu também, Aleksey. E obrigada por ser tão compreensivo — falo estendendo a mão para que ele segure a minha. Se nós vamos brincar de ser melhores amigos que assim seja, que seja feita a vontade dele. — Sempre que precisar, estarei aqui para você — ele sorri de volta e aperta a minha mão. A corrente elétrica passa por nós dois novamente. Ele é tão quente que p***a! Eu sinto vontade de beijar ele novamente. — Eu sei. E isso significa muito para mim — ele está dando passe livre para que eu o chame em qualquer momento. Isso significa que eu vou usar e abusar dele, principalmente da altura dele. — Bem, acho que devemos voltar para a enfermaria antes que nos descubram aqui — ele volta ao modo tímido dele. O Aleksey que me beijou sem pudor nenhum a minutos atrás, já não existe mais, só ficou a casca grossa sem sentimentos.. — Sim, seria meio constrangedor explicar por que estamos aqui, parados com os lábios inchados e a respiração ofegante — Sussurro com um sorriso engraçado. — Vamos? — Aleksey estende a mão para mim e nós dois caminhos até a enfermaria. Na enfermaria com a ajuda das enfermeiras, eu fiz um curativo nos ferimentos que o selvagem do Collin fez no rosto dele. Eu sei que ele não revidou porque quis, não é preciso ser um gênio para saber que Aleksey pode acabar com qualquer um em segundos, mas ele sabe se controlar, ele não acabou com a raça daquele play boy porque é um cavalheiro. Depois de ajudar Aleksey saí para o meu trabalho, fiz as minhas tarefas de forma rápida e agora, estou em casa, contando para a fofoqueira da minha amiga sobre o beijo que eu Aleksey trocamos. — Mika, preciso te contar algo... algo que aconteceu hoje na escola — okay! Talvez a fofoqueira no final das contas seja eu mesmo que não suporto esconder algo dela. — O que foi, Yas? Você parece nervosa— ela parece curiosa e com o modo fofoqueira activo. Respiro fundo e ganho coragem. — Eu e o Aleksey... nós nos beijamos — falo de uma vez por todas antes que a coragem se vá. Mika olha para mim de uma forma arregalada, ela está surpresa e com um grande O, na boca. — O quê?! Como assim, o Aleksey? O Aleksey f*****g Markovic? O seu colega super gostoso que não gosta de ninguém e que olha para você, como se fosse um inseto? Como isso foi acontecer Brasil? Esse tipo de coisa a globo não mostra — Mika fala e fala, e a única coisa que consigo fazer é abanar a cabeça de cima para baixo. Ela faz piadas internas usando seu país, como alguém que está muito acostumada com a cultura brasileira, eu entendo perfeitamente o que ela está dizendo. Esse tipo de coisa o Boninho não passa no BBB.. — Eu sei, foi totalmente inesperado. Estávamos conversando e, de repente, aconteceu — está certo que ocultei a parte em que fui eu quem beijou ele, mas isso ninguém precisa saber Mika se aproxima de forma sorrateira até onde estou e me abraça por trás. — E como foi? Foi bom — ela está tão curiosa em saber sobre o nosso beijo que conhecendo ela, como eu conheço, com certeza ela vai me zoar até a minha próxima reencarnação. Pensando agora, eu tento me recordar como foi o beijo dele, mas na verdade não sei ao certo o que senti, o primeiro beijo dele foi estranho, ele me pegou desprevenida, mas quando o beijei, foi magnífico, foi sublime, foi quente, foi tudo de bom. — Foi... estranho, mas ao mesmo tempo... bom. Senti uma conexão diferente, sabe? Foi surpreendente saber que ele beija tão bem, ele não foi delicado, ele me devorou com toda a gana possível, foi esplêndido — falo ofegante, recordando da forma com a qual ele me devorou. — Uau, isso é sério, até eu quero beijar ele assim — Mika debocha de mim e ri quando jogo um travesseiro nele — Você gosta dele? — ela muda de expressão repentinamente. — Eu não sei, Mika. Acho que nunca pensei nisso antes — eu realmente não sei o que sinto por Aleksey. Há algumas semanas atrás, eu o olhava como alguém inalcançável, um sonho bobo de uma adolescente apaixonada pelo boy misterioso, mas depois do trabalho que fizemos juntos, depois de conhecer um pouco mais sobre ele, eu notei que ele é mais do que a casca dura que ele deixava transparecer. — Não se preocupe, Yasmin. Você pode estar apenas explorando seus sentimentos. É normal — Mika coloca uma mão em meu ombro e me tranquiliza. Ela é a melhor amiga que uma mulher confusa e com t***o pode ter. — Obrigada, Mika. Você sempre sabe o que dizer — sussuro agradecida, apertando sua mão em meu ombro. — É para isso que eu estou aqui, amiga. Para te apoiar em todos os momentos, bons ou ruins — Mika sorri de forma genuína para mim. Quem vê sendo tão boa amiga, nem imagina que ela rouba a minha comida. — Eu sei, e sou muito grata por ter você ao meu lado — sussuro realmente agradecida por ter ela na minha vida. Quando a conheci, eu pensei que ela seria igual a todos os estudantes ricos da São Petersburgo, mas ela se mostrou um ser tão humilde e simples que sinceramente, às vezes me esqueço que ela é uma herdeira. — Então, o que você pretende fazer agora — o modo amiga parceira e cumplice se foi. Voltou a amiga fofoqueira.. — Acho que vou falar com o Aleksey. Preciso entender o que esse beijo significa para nós dois — eu realmente preciso entender o que foi aquilo no corredor. — Isso mesmo, amiga, tenho certeza de que tudo se resolverá da melhor forma possível e que tenhas bons orgasmos, pelo tamanho do antebraço dele e as veias salientes, eu aposto que ele esconde uma anaconda entre as pernas — a última parte ela me deixa completamente constrangida. Mas não que ela esteja errada, durante o beijo eu realmente senti algo cutucando a minha perna, e pelo peso não pareceu algo pequeno ou fino. — Pará de ser sem vergonha Mika! Ele e eu somos amigos — nem mesmo eu creio nisso. — Claro, claro, amigos que se beijam — ela realmente não tem jeito. Nós duas paramos com as fofocas e decidimos preparar o nosso jantar. Hoje eu estou com muita preguiça de cozinhar, não consigo pensar em mais nada que não seja no beijo dele, Mika não sabe cozinhar, então! Entramos em concesso e pedimos uma pizza. A pizzaria não fica distante de casa, esperamos alguns segundos e a campainha finalmente toca. — A pizza chegou! — Mika sai correndo para receber a nossa pizza e volta com mais uma caixa — Parece que o seu admirador secreto deixou mais um presente caro — Mika deixa a caixa bonita e totalmente extravagante na mesa. Faz duas semanas que tenho recebido coisas estranhas e aleatórias de algum maluco, as coisas não são assustadora, no primeiro dia ele enviou um buquê de mil rosas vermelhas, no segundo um colar de diamantes e assim foi. O último presente foi uma gargantilha de ouro cravejada de diamantes, com as palavras. Minha prioridade. Mika me aconselhou a ir a polícia depois do último presente, mas a polícia não tem uma base para começar, eu não desconfio de absolutamente ninguém, eu sou tão sem graça, quem se daria ao trabalho de me espionar? — Eu não vou abrir isso, deve ser mais uma coisa ridícula com as palavras Você é minha — engrosso a voz para tentar imaginar a voz dele. — Bom! Se você não vai abrir, eu vou estou curiosa em saber o que ele deixou para você — Mika desfaz o laço sem muito cuidado. Ela desembrulha a caixa e dentro dela, tem mais uma caixa bem lacrada e protegida. Mika abre mesmo assim, para a nossa surpresa, a caixa que está no interior parece uma espécie de mine congelador. — UAU! Amiga, eu não sei onde você apanhou esse Sheik bilionário, mas por favor, me dê o número dos amigos dele — Mika fala olhando de forma surpresa a caixa congelador. — Pará de ser i****a minha filha, eu não sei quem é esse louco, vamos logo abrir essa caixa — me levanto do meu lugar na mesa e vou até a caixa exagerada. Observo a caixa com bastante atenção, ela parece ser aberta por impressão digital, coloco o meu dedo polegar e a caixa não abre, coloco o anelar e nada. Quando coloco o indicador já desanimada a caixa faz um grande clique. Se abrindo aos poucos, de dentro dela, sai uma fumaça estranha, o que prova que estávamos certas, isso é um congelador. Espero a fumaça se dissipar e observo o que está dentro. Meus olhos se arregalam quando vejo um dedo humano, decepado e conservado. Ele parece masculino e isso me arranca um grande grito.. — O que foi menina? — Mika indaga surpresa, ela não viu o que tem dentro da caixa. — Tem .... Tem... Um dedo humano dentro dessa caixa aaah! — saio de perto da caixa totalmente horrorizada. Mik é mais corajosa e abre totalmente a caixa, de dentro dela ela tira um bilhete totalmente grotesco sujo de sangue. — Saiba de uma vez por todas raposinha, você é minha, qualquer um que se atrever a encostar no que me pertence, terá mais do que um dedo decepado — Mika lê o bilhete em alto e bom tom. O único nome que me vem a mente no momento, é dele. Aleksey.
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