Ideias e brigas

2030 Words
— Tempos sombrios estão vindo, e precisamos estar preparados. Se a Umbridge não quer nos ensinar temos que achar alguém que ensine... Eu estive pensando nisso hoje.. Acho que está na hora de nos virarmos sozinhos. Hermione olhava para a janela da torre de sua casa, observava a tempestade caindo sem piedade nos terrenos da escola, os raios brilhando naquele céu tão escuro, enquanto proferia tais palavras para seus amigos. O Ministro da Magia estava usando toda a sua influência para fazer com as pessoas acreditassem que o mundo bruxo continuava seguro e que Voldemort nunca regressaria. Desmentindo qualquer um que viesse a dizer que o Lord das trevas estava vivo, havia até se intrometido na administração da escola, colocando dentro da mesma uma secretária do Ministério para dar aulas, tornando-a Alta Inquisidora, dando-a a liberdade de inspecionar as aulas dos demais professores. Que absurdo! Outro ponto que era inaceitável e que fazia com que a ideia da castanha se mantivesse cada vez mais forte era a professora de Defesa Contra as Artes Das Trevas não querer-lhes ensinar feitiços defensivos em tempos tão perigosos. Claro que Hogwarts ainda era o lugar mais seguro do mundo bruxo mas eles não ficariam guardados atrás do muro do castelo pelo resto da vida. Por isso era tão importante saber se defender. Hermione sabia quem poderia ser capaz de ensinar-lhes algumas coisas que seriam muito úteis caso fossem atacados, difícil porém seria conseguir convencê-lo a fazer tal coisa. Esperava sinceramente saber usar sua persuasão.. Obviamente que Harry recusou aquela ideia assim que a ouviu, não acreditava que sua amiga, a bruxa mais inteligente de sua idade, estivesse propondo uma coisa tão insana. Quem era aquela Hermione, afinal? — Hermione, eu não vou! - Harry afirmava - eles acham que sou pirado, lembra? — Você não é pirado, Harry! - ela retrucou - Nós sabemos disso, e vamos fazer com que eles saibam também! — Não, obrigado! - ele respondeu decidido - — Não precisa responder agora, okay? - ela disse se forma calma - Mas pense sobre o assunto. Por favor? - pediu de forma tímida e sorriu quando ele assentiu - Hermione não tocou no assunto durante duas semanas inteiras, deixando que o amigo realmente pensasse sobre o que ela lhe propôs. Sorriu vitoriosa quando enfim ele cedeu. E preparou logo uma reunião antes que ele mudasse de ideia, tinha que ser rápida. Chamou algumas pessoas que ela sabia que poderiam se interessar por tal movimento, tendo muito cuidado para que seus planos não caíssem nos ouvidos daquela maldita sapa cor-de-rosa. Tudo parecia ter dado certo. Agora ela estava sentada em uma cadeira velha e empoeirada, num pub pouco frequentado conhecido como Cabeça de Javali, com algumas pessoas lhe encarando, enquanto ela pedia internamente para que Harry dissesse alguma coisa que os incentivasse a querer aprender com ele. — Hum.. Oi. - ela disse finalmente atraindo a atenção dos demais jovens - Bom, Harry teve esse ideia, quer dizer eu tive a ideia de aprendermos alguma coisa sobre Defesa Contra Artes das Trevas, porque não dá pra chamar aquilo que a Umbridge ensina de Defesa Contra as Artes das Trevas.. E pensei que seria bom se nos encarregássemos de aprender feitiços, não somente na teoria mas também na prática. - ela disse tudo o que achava ser necessário para inovar a reunião - — Mas acho que você quer passar nos N.O.M.s de Defesa Contra As Artes Das Trevas, não? - quis saber Miguel Corner - — Claro que quero! - ela respondeu prontamente - Mas, mais do que isso, quero receber treinamento adequado porque.. Porque.. Lord Voldemort retornou. - ela falou finalmente, sentindo-se imensamente feliz por sua voz não vacilar - Houve um murmúrio de gritinhos e grunhidos por ela ter dito o nome Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado seguidos de um silêncio mortal. Hermione já pensava em quebrá-lo quando uma voz um tanto que agressiva falou. — E cadê a prova de que Você-Sabe-Quem retornou? - o garoto quis saber - — Bom, Dumbledore acredita que sim.. - começou Hermione - — Dumbledore acredita por que ele disse - o garoto indicou Harry com a cabeça - Mas cadê a prova? Porque você não começa contando como o Digorry morreu.. Hermione ia começar mas Harry a interrompeu, ela pôde notar o quando ele estava irritado, e se preocupou com a reação dele. — Eu não estou aqui pra falar sobre o Cedrico, se foi por isso que veio pode ir embora! - ele disse para o garoto, em seguida virou-se para Hermione e disse - Viu, eles só vieram porque acham que sou pirado - Houve mais murmúrios, dessa vez Hermione sentiu um tanto de culpa por estar colocando o amigo naquela berlinda, já pensava ter tido uma péssima idéia quando uma voz suave e sonhadora se fez ser ouvida. — É verdade que você consegue conjurar um Patrono? - era Luna, a garota loira de olhos azuis e expressão sempre distante - — Sim, eu mesma vi.. - disse Hermione, a voz firme dessa vez - — E ele matou o basilisco no segundo Ano.. - acrescentou Neville - — Olha, eu não quero parecer modesto, mas tudo o que fiz foi sorte e na maioria das vezes tive ajuda.. - interrompeu Hermione - — E no ano passado lutou contra Voldemort - Harry a interrompeu - — Não é tão fácil quanto parece.. Quando você tem um segundo, para salvar sua vida ou ver um amigo morrer diante de seus olhos.. Não, vocês não sabem como é.. - o moreno disse e abaixou a cabeça - — Por isso que precisamos que nos ensine.. - Hermione disse olhando serenamente para o amigo - — É, o Lord Das Trevas voltou. - um menino loiro disse e todos os demais concordaram. - *** No fim da reunião Harry não conseguia acreditar que todas aquelas pessoas tinham aceitado ser ensinados por ele, embora acreditasse que tudo se devia ao fato de que Hermione estivesse ali, lhe moldando. A castanha estava super feliz, só precisava agora achar um lugar para poder treinar a Armada de Dumbledore , que foi como eles batizaram o movimento. Finalmente estariam se preparando para o mundo Real. ~*~ Quando o fim de semana de ir a Hogsmead chegou Draco não pode negar que ficou imensamente feliz. Nada melhor que sair um pouco dos muros daquele castelo. Conhecer outras garotas. Se divertir com seus amigos. Era tudo o que precisava. Assim que se viu no povoado imediatamente se dirigiu para a Dedos de Mel, seus doces favoritos eram os Feijõezinhos de todos os sabores e as varinhas de alcaçuz. Comprou muitos e de lá se dirigiu para o pub Três Vassouras, que era seu lugar favorito do povoado. Ao entrar ali ele logo foi buscar uma cerveja amanteigada e em seguida procurar uma mesa vazia. Adorava ficar ali jogando conversa fora, ou apenas bebendo sua cerveja. Porém ele não deixou de notar que faltavam certos grupinhos de alunos que costumavam estar ali assim como ele. Olhou mais atento, talvez eles estivessem escondidos entre tantos outros alunos, aquele lugar era sempre tão cheio. — O que tá procurando, Draquinho? - Pansy quis saber olhando na mesma direção do loiro - — Vocês perceberam que está um tanto que vazio hoje.. - ele disse ainda tentando encontrar o que procurava - — Vazio? - Crabbe perguntou elevando a sobrancelha - Como você pode dizer isso? — Antas como sempre! - ele murmurou - Vejam, onde está o grupinho do Potter, ou daqueles gêmeos Weasley? - acrescentou olhando para todos os lados do pub - — Vi os gêmeos mais cedo na loja de logros. - Goyle respondeu - — Isso é muito estranho! - anunciou Pansy enquanto bebericava sua cerveja. - Draco não disse nada. Por mais que estivesse se corroendo de vontade de saber o que estes estavam aprontando se negou a continuar pensando nisso. Sabia onde seus pensamentos iam parar, e não queria viver novamente o inferno que viveu no ano anterior. Quando a hora de voltar para o castelo se fez próxima ele e seus amigos foram para onde as carruagens os esperavam, e foi somente aí que ele viu Granger, Weasley e Potter vindo da direção contrária da dele. Os três estavam animados e sorriam e isso fez apenas a curiosidade do loiro ficar ainda mais aflorada. Entrou na carruagem e ficou pensando no que quis fugir durante todo o dia. Ele ia saber o que eles estavam tramando! *** A noite depois de um jantar com Draco encarando a mesa da Grifinória acabou, e para sua sorte, era a noite em que a sangue-r**m e o cabeça de cenoura iriam fazer a ronda. Draco ainda queria saber o que eles tanto cochichavam.. Decidiu que ia segui-los. Assim que eles saíram para fazer a ronda, Draco os seguiu. Ambos conversavam sobre trabalhos e N.O.M.s e sobre o Potter. Mas nada que pudesse incriminá-los de algo. Depois de muitos minutos entediante para o loiro, que já pensava em voltar para as masmorras, tudo aconteceu.. De repente o Weasley começa a se contorcer de dor e dizer que sua barriga está doendo demais. — Eu sabia Rony. - a castanha ralhava - você come feito um porco.. — Eu não comi feito um porco.. - ele rebateu - Ahhh Mione acho que vou a ala hospitalar.. — Eu vou com você.. - ela disse já se aproximando - — Não Mione, fica.. Você precisa fazer a ronda.. - o ruivo disse com a voz carregada de dor - — Mas.. - ela protestou - — Eu vou ficar bem, não se preocupe.. - ele disse - Nos vemos mais tarde - Ele observou o ruivo se afastar enquanto a morena ficava parada o vendo sumir. Depois ela recomeçou a andar e ele percebeu que era sua chance de confrontá-la. “Obrigado por ser um Ogro, Weasley!” ele disse baixinho e começou a se aproximar da garota. Silenciosamente ele foi chegando perto e quando percebeu que ela estava em um lugar onde não havia nada e nem ninguém por perto puxou-a para trás tapando sua boca. A garota se debatia tentando a todo custo virar-se para ver quem lhe arrastava, enquanto Draco a arrastava para o armário de vassouras mais próximo. Achou e empurrou a menina para dentro entrando em seguida, finalmente tirando a mão da boca dela e se revelando. — Me solta seu i*****l! - ela disse quando viu de quem se tratava - Por um acaso que me matar de susto? — Deixa de fazer drama.. - ele falou ainda segurando o braço dela - Agora me diz o que você e seus amiguinhos estão tramando.. Exigiu olhando diretamente nos olhos dela - “Lindos olhos” ele pensou. Ainda pareciam tão quentes quanto na noite do Baile de Inverno. Balançou a cabeça rapidamente querendo dispersar esse pensamento. — O que te faz pensar que vou te dizer algo? Você não tem autoridade nenhuma para se meter no que não é da sua conta! - reclamou a garota - — Você vai me dizer agora.. - ele insistiu apertando o braço dela - — Me solta seu i****a. Tá me machucando! - ela rosnou - Me larga, estou avisando.. — Ah, o que a santinha sangue-r**m vai me fazer ? - ele debochou se aproximando do rosto dela, perto o suficiente para sorver o perfume dela - — Talvez você goste disso.. - ela disse se aproximando também, ele podia sentir a respiração dela em seu pescoço. Quente. Suave. - Eu te avisei! - ela completou - Ela lhe deu um chute nos testículos que fez ele cair em seguida deu um chute em suas costelas.. Pulou por cima dele e atravessou a porta, não sem antes dizer: — Nunca mais se atreva a me tocar! - dizendo isso sumiu do seu campo de visão. Ele se contorcia de dor no chão enquanto pensava: Maldita sangue-r**m imunda. Você vai pagar pelo que fez. E suspirando se levantou fazendo caminho até as masmorras. Pensou novamente: Eu vou descobrir o que estão tramando, ou não me Chamo Draco Lúcios Black Malfoy!
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