Ana começou a trabalhar na Aromas. A sua alegria e boa disposição contagiava a todos e ela fez muitas amizades entre os seus novos colegas.
De todos os lados só se ouviam elogios dirigidos à ela, e tudo isso chegava aos ouvidos de Rafael, que ficava cada dia mais encantado.
Numa das pausas para o café, Teresa resolveu falar com Ana e saber mais sobre ela.
- Ana! Agora que somos amigas gostaria de saber mais sobre você.
- Claro Teresa.
O que queres saber?
- Por exemplo sobre a tua família.
- Bem eu... Não tenho família.
- Como assim?
- Fui criada num orfanato.
A única coisa que sei é que alguém me deixou na porta e sumiu.
Isto foi a 22 anos.
- Me desculpe querida.
Eu sinto muito.
- Não faz m*l.
Eu tenho uma amiga muito querida e além disso, as irmãs do orfanato me educaram muito bem.
Eu devo muito a elas.
- Entendo.
E você não gostaria de descobrir mais sobre o teu passado?
- Claro que sim.
Mas, além do meu nome num papel não há mais nada sobre mim.
- Escuta Ana.
Eu conheço pessoas muito importantes e posso tentar te ajudar.
Com certeza tem algum mistério por trás de tudo isso.
- Eu sei.
Mas, como vamos fazer?
Estou começando uma nova fase da minha vida e....
- Ana me escuta...
Eu vou te ajudar a descobrir a verdade.
Mas te darei um conselho.... Não tire conclusões precipitadas.
Antes de você imaginar razões para justificar o que houve, espere pela verdade.
Será a melhor forma de evitar que sofras por antecipação.
Tudo bem?
- Obrigada Teresa.
Foram as palavras mais fortes que já me disseram.
Eu seguirei o teu conselho e aceito a tua ajuda.
- Óptimo.
Tenho até uma ideia por onde começar.
Te Mantenho actualizada está bem?
- Tudo bem.
Vou voltar ao trabalho agora.
Obrigada outra vez Teresa.
Quando Ana saiu, Teresa fez uma ligação misteriosa.
Desde que viu Ana pela primeira vez, Teresa teve a impressão de a conhecer e então lembrou de sua prima Lídia e o que esta sofreu no passado.
Havia uma pequena possibilidade da sua suspeita estar certa, mas ela precisava fazer as coisas com calma para que ninguém sofresse.
Sua prima procurava pela filha a 22 anos e esta tinha o mesmo nome e idade de aAna agora.
Por outro lado, Ana terminava os seus últimos desenhos quando Rafael entrou a pegando de surpresa.
- Olá Ana.
- Sr. Grey!?!
Posso ajudar em alguma coisa?
- Não exactamente.
Apenas vim saber se precisas de alguma coisa.
- Não senhor.
Está tudo bem. Não preciso de nada.
- Certo.
Terminou os desenhos? Posso ver?
- Ainda não senhor.
São os últimos para a nova coleção e gostaria que fossem surpresa.
Por favor.
- Tudo bem.
Ficarei curioso, mas terei paciência.
Rafael notou o nervosismo de Ana e decidiu não piorar a situação.
- Deixarei você trabalhando.
Até mais Ana.
- Até mais Sr. Grey.
Quando Rafael saiu, Ana soltou o ar e sentou.
Rafael era apenas 4 anos mais velho do que ela e lindo demais.
Isto sem dizer que quando sorria a deixava bastante nevosa.
Tentando não pensar em seu chefe, Ana seguiu trabalhando, mas a sua mente não obedeceu e Rafael aparecia a cada segundo.