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Um contrato de amor – MÁFIA.

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Blurb

Uma jovem mulher batalha para conseguir seu dinheiro honestamente e tem uma vida acomodada com seu pai e irmã mais nova. Mas uma noite, tudo muda quando seu pai entrega uma caixa misteriosa a ela. Quando a violenta gangue de traficantes tenta encontrar o conteúdo da caixa, ela precisa fugir para encontrar proteção. Para sobreviver, ela e a irmã se separam e Allegra vai parar nas mãos de um temido mafioso que é sua única chance de sobreviver. Sabendo que apenas Atlas Richelli pode protege-la do m*l que a persegue até ela se vingar da morte de seu pai, ela sugere a ele um contrato de casamento vantajoso para os dois. Atlas teria acesso ao tão desejado conteúdo da caixa e Allegra receberia proteção e ajuda em sua vingança. Eles só não contavam que em meio a guerra, esse contrato se tornaria um contrato de amor.

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CAPÍTULO 01 — ALLEGRA
Eu costumo pensar que a dor nos molda a base de fogo. Pelo menos é melhor pensar assim que o contrário, que ela vai nos destruindo aos poucos. Preferi juntar todos os caquinhos do meu coração e tentar seguir em frente, mesmo que fingir que não aconteceu seja uma opção r**m, ainda é uma opção. — Ande logo com isso, sua p*****a dos infernos! — Ouço o chamado de um bêbado em uma das mesas do bar. Trabalhar em um bar, cercada por homens grosseiros e bêbados que sempre tentam passar a mão nas garçonetes não foi meu sonho de criança, é claro. Mas a vida nos mostra que os sonhos de criança devem permanecer na infância. Morar em Moscou nunca foi fácil, mas tende a se tornar ainda pior com o tempo. — Já estou chegando. — Aviso, caminhando até ele com os copos de cerveja russa em cima da bandeja. Chegando perto, evito olhar para qualquer um dos quatro homens que gargalham e falam coisas obscenas, apenas colocando copo por copo na frente deles e tentando pensar em outra coisa. Mas quando estou no segundo copo, um deles toca a minha coxa por baixo do uniforme, me fazendo tremer. A mão áspera chega a quase arranhar minha pele, e o enjoo me faz precisar respirar fundo. — Se afaste, por favor. — Não finja que está odiando, ruivinha. Nós sabemos o que mulheres promíscuas como você gostam. — Ele mantém a mão em mim, subindo por dentro da saia do meu uniforme. Como tenho que segurar a bandeja com uma mão, luto para equilibrar os dois copos restantes ou o prejuízo sairá do meu salário e para completar, não importa o que eles estejam fazendo, eu seria a culpada se os molhar de cerveja. — Eu mandei tirar a mão de mim! — Antes que ele pudesse alcançar o que deseja, seguro seu pulso com a minha mão trêmula e deixo a bandeja na mesa. — Entreter vocês, não é o meu trabalho. Apesar da minha frase, eles parecem bem entretidos porque apenas gargalham – eu sou uma piada. Nesse momento me sinto tão pequena que eu gostaria de ser invisível, meu corpo inteiro começa a tremer, meu coração parece que tem um animal gigante sentado em cima de tão esmagado, e lágrimas se acumulam em meus olhos. Sinto que estou sufocando, precisando correr para longe em busca de ar. Coloco uma mão no peito, respirando tão forte que minha caixa torácica dói enquanto praticamente corro em direção a saída. — Allegra! — Ouço a voz conhecida do meu chefe, o que só piora meu desespero, mas não há muito o que fazer. — Onde vai? — Só preciso respirar um pouco, por favor, me dê uns minutos. — Forço a voz a sair, meu peito dói como se tivesse uma faca enterrada. — Tem um pedido, entregue primeiro e depois tire seus minutos. — Mas eu... por favor, serão só... — É uma ordem, Allegra! — Afirma, me impedindo de continuar tentando montar a frase em meu desespero. Sem conseguir dizer mais nada, usando todas as minhas formas para conseguir respirar e andar ao mesmo tempo, vou até o balcão. Há uma garrafa de vinho barato aberta e uma taça, que eu pego com meus dedos trêmulos e com lágrimas nos olhos. — Está tudo bem, Alle? — O barman da noite se preocupa, sendo o único a realmente parecer notar. Mas ele ainda é um homem, e eu não confio em qualquer um do sexo masculino que não seja o meu pai. — Vai ficar. — Minto, limpando as lágrimas que escapuliram com uma das mãos e continuando em busca de ar. — Qual a mesa? — A última do lado de fora. — Após sua resposta, agradeço acenando com a cabeça e sigo para o lado de fora. Pelo menos é mais ventilado aqui, longe dos olhares dos homens que riam de mim como se eu fosse uma piada. Nem sempre temos mesas do lado de fora, mas nos fins de semana o bar enche mais, então do lado de fora até o corredor temos mesas e a parte boa é que as que ficam mais pela rua acabam sendo as que menos gostam de acúmulo de pessoas e tendem a ser mais comportadas. — Seu vinho, senhor. — Digo educadamente, o servindo. É um homem de meia idade e sozinho, sentado na mesa em um bar meia boca a essa hora – pobre homem não deve ter nada para fazer. Às vezes é bom pensar na tragédia dos outros, não que eu goste de ver outros sofrendo, mas tende a ser consolador que não é só a sua vida que está uma merda. — Obrigado, mocinha. — Agradece, olhando demais para o meu rosto vermelho que mantenho baixo como sempre. Com a minha cor de pele é fácil ficar vermelha, e com o acontecido lá dentro e minhas lágrimas estou quase da cor do meu cabelo. Meus olhos ainda estão úmidos também. — Ei, está tudo bem? — Não se preocupe comigo, obrigada pela preocupação. — Forço um sorriso e ergo meu tronco, já saindo de perto dele sem esperar resposta. Há um beco ao lado do bar, bem onde a última mesa termina, começa o corredor longo, escuro, e geralmente vazio. Mas hoje, quando estava tentando usá-lo como refúgio por alguns segundos onde eu poderia chorar em paz e sozinha, parece que alguém chegou primeiro. — Quem está aí? — Uma voz grave que faz minhas pernas tremerem e meu coração saltar ecoa pelo ambiente. Meus olhos crescem, é como ouvir uma fera falando – ou melhor, rugindo. Humanamente, nós involuntariamente tendemos a observar o que nos cerca em especial se oferece perigo – e eu cometo esse erro. Olho para o fundo do corredor, com a pouca iluminação me permitindo ver dois homens segurando outro, que está ferido e não adianta mais ficar de pé. O homem que comanda os outros dois vem andando em minha direção mesmo que eu não consiga ver seu rosto até estar muito perto, e minhas pernas bambas me traem me impedindo de correr. — Eu só queria ficar um pouco sozinha, não queria atrapalhar, sinto muito. — Peço, como um cachorrinho abandonado. Antes só era possível ver a silhueta, mas quando ele vem andando e se revela, saindo para a luz, posso ver a fera. O homem parece ser anjo e ao mesmo tempo demônio, uma combinação mortífera. Sua altura consegue fazer meus 1,70 parecer um nada, seus braços fortes marcam em uma jaqueta de couro e os olhos demoníacos me encontram. O homem parece ser invencível, monstruosamente forte e com um olhar que não contém uma gota de humanidade – mas é um absurdo de bonito. Os cabelos pretos e lisos combinam com a barba que molda a boca e o maxilar tencionado. O nariz afilado está erguido e ele me olhar como se quisesse me matar. — Sua intrometida! — Ele agarra violentamente o meu braço, me puxando para mais perto. Sua mão chega a doer em meu braço, o cheiro dele é de brutalidade e poder, mas apesar de tudo eu sinto como se o conhecesse de algum lugar. Mas de onde eu poderia conhecer esse homem? Nem dos meus pesadelos. — Eu não vi nada, eu juro! — Realmente não deu para ver muito, de longe vi apenas a silhueta dos capangas que o ajudam a torturar o pobre o homem, mas nada além disso. — Me deixe ir embora. — Você vai embora, para conhecer o seu criador. — A fera posiciona uma adaga no meu pescoço. A adaga é grande, visivelmente pesada e tem símbolos que a escuridão não me permite identificar, feita de um material que deve ser mais resistente que o aço. É como a arma do d***o que agora está prestes a cortar minha garganta. Só penso em meu pai, minha irmãzinha que m*l dorme sem mim, e se recusa a comer antes de no mínimo me ver em casa. — Sr. Richelli? — A voz do meu chefe me faz abrir os olhos, fazendo a ponta gelada da adaga parar de pressionar a pele do meu pescoço. — Por favor, solte-a, Allegra é uma excelente garçonete e apenas veio entregar o pedido porque eu pedi na última mesa. Isso foi apenas um m*l entendido, garanto que ela não estava bisbilhotando. — Sua garota cometeu um erro. — Ele coloca os olhos em mim, mas eu evito retribuir, fazer contato visual com ele me deixa terrivelmente assustada. — Ela é apenas uma moribunda, não representa perigo para você. Deixe-a ir, por favor. — A fera pensa alguns segundos sobre o pedido do meu chefe, me encarando. — Tudo bem, mas a minha conta vai sair do seu bolso como retaliação. — Avisa, tirando a adaga do meu pescoço. Só então sinto o sangue escorrer pelo meu pescoço e involuntariamente, passo o dedo, apertando o lugar ferido. — Saia da minha frente, Allegra, vá para casa! — Furioso por ter que me defender e acabar perdendo muito dinheiro, sou mandada embora. Não contesto. Saio correndo do beco e do bar, voltando para casa sem nem olhar para trás e sentindo meu corpo cortando o vento. Meus cabelos voam no ar, meu coração bate em um ritmo acelerado após quase morrer, e aqueles olhos não saem da minha mente. A cada passo, lembro da mão daquele homem em meu braço, sua adaga no meu pescoço e os malditos olhos em mim. Só paro quando chego no portão da minha casa, uma das muitas em uma rua movimenta. É pequena, apenas dois quartos sendo que divido um com minha irmã, e o outro que hoje é apenas do meu pai – após a morte de minha mãe. Atrás do portão é apenas uma porta de madeira surrada que eu abro depois de conferir se o sangue do meu pescoço estancou. — Alle, filha! — Meu pai exclama quando me vê. Seus olhos percorrem pelo meu corpo, notando meu braço vermelho, meu pescoço com certeza também ainda está marcado e meu rosto de choro com certeza não ajuda muito. — O que aconteceu? — Nada, estou bem. — Minto. Minha irmã vem correndo de dentro do quarto assim que ouve minha voz, me abraçando com tanta força que me faz cambalear para trás e quase cair. — Calma, amorinha, estou aqui. — Senti saudade. — Minha amorinha, como eu a apelidei desde que era um bebê, segue com os braços ao redor de mim. — Já estou aqui. Agora vá comer um pouco, já vou para a cama com você. — Beijo o topo da sua cabeça e ela assente, me deixando sozinha com papai. — Alguém machucou você? Quem você encontrou? Te seguiram até aqui? — Eu sei que meu pai é envolvido com coisas estranhas, sujas. Eu descobri o quão r**m aquelas pessoas podem ser da pior maneira, mas eu vivo fora desse mundo, apenas meu pai continua metido com aqueles nojentos. Agora, ele parece assustado. — Fale comigo, Allegra! — Não houve nada, apenas uma briga no trabalho. — Franzo o cenho, tentando entender. — Eu que pergunto, o que aconteceu? — Venha aqui. — Papai segura a minha mão e me conduz até a mesinha que fica na sala. Estou um pouco desnorteada devido a tudo que aconteceu hoje e com a quantidade de papéis e coisas que tem sobre a mesa não consigo focar em nada. Papai pega um pedaço de papel enrolado e coloca dentro de uma caixinha surrada de madeira, antes de fechar e estender para mim. — Pegue isso, vá para fora e enterre. — Enterrar? — Todos enlouqueceram hoje? Olho para a caixinha em minha mão e tento abrir, mas papai estapeia minha mão e me impede. — Não abra. Só faça o que falei, por favor, tenho coisas a terminar aqui. — Não entendo, o que é isso? Por que eu preciso...? — Allegra! Não faça perguntas pelo amor de Deus. — Olho em direção a cozinha onde minha irmã foi, me preocupo com ela, com papai, com as coisas que podem sair disso. Minha irmã não parece viver sem mim, não se ela nem come ou dorme, não quando faz terapia e precisa de remédios para se manter calma. Nós somos pessoas simples, moramos em uma casa pequena, mas eu sei que papai ganha muito dinheiro em seus negócios sujos – que prefiro me cegar sobre o assunto e me manter de fora, por isso trabalho, para não me envolver com esse tipo de coisa. Ele tenta esconder, os outros podem até acreditar em nossa pobreza – mas não eu. — Pai ... — Confie em mim, filha, não há mais nada o que fazer. — Ele agarra meu rosto com as duas mãos, me encarando de forma firme. Não sei o que isso significa, mas obedeço. Aceno com a cabeça para ele, saindo pela porta dos fundos. Ando alguns metros para longe de casa, cavo usando minhas próprias mãos e enterro a caixinha. ••• O final de semana correu rápido demais, foram dois dias quietos e apesar de eu gostar disso, a calmaria as vezes não é sinônimo de tranquilidade – e sim da tempestade que vem em seguida. m*l vi papai, passei os dias cuidando da minha irmã e lendo. É domingo à noite, estou sentada na sala, vendo TV, com minha irmã com a cabeça deitada no meu colo como companhia. É quando a porta é aberta e meu pai passa por ela, ou melhor, cai por ela, porque assim que abre ele despenca no chão. Papai está muito ferido, seu rosto sangra, suas mãos e pernas também. — Pai! — Grito, assustada. Minha irmã não diz nada, mas começa a tremer e chorar em cima de mim. Eu a abraço, escondendo a cena do seu rosto. — Não olhe, amorinha. Fique sentada. Deixo minha irmã no sofá, com o rosto virado para o encosto, e corro para ajudar meu pai a levantar. Ele geme de dor, mesmo com a minha ajuda é difícil ficar ereto e ainda suja minhas mãos e roupas de sangue. — Pegue isso... — Ele tenta colocar a mão no bolso, mas gemendo de dor, não consegue. Eu o ajudo, encontrando um pedaço de papel com ele. — Onde é esse lugar? — É um endereço. — Saia daqui Allegra. Pegue sua irmã e fuja. Busque proteção para vocês duas, procure Guerra. Guerra, o Guerra que eu estou pensando? — Não, pai, do que está falando? — Não gosto do seu tom de despedida, nesse momento as lágrimas já rolam soltas pelo meu rosto. — Eu não. — Eu amo você Allegra, amo vocês duas, apenas lembrem-se disso. Não quero que tenham o mesmo destino de sua mãe, então por favor filha, saia dessa casa! É quando eu entendo que se eu não fizer o que ele diz, perderei meu pai e minha irmã. Não sou capaz de salvar os dois. Eu o ajudo a se levantar e pego minha irmã pela mão, a puxando em direção a saída. Nem olho para trás, pois se ver o rosto do meu pai não conseguirei mais sair. — Vamos, amorinha, por favor. — Minha irmã reluta e preciso carrega-la a força, soluço alto tentando tira-la de casa. Mas só então percebo que é tarde demais para nós, ouvindo o barulho do portão de ferro se abrindo e passos vindo em direção a porta já aberta. Já chegaram.

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