Anne chegou em casa pela manhã, exausta após mais um turno de trabalho. O frio do inverno havia tomado conta da cidade com toda sua força. Ao abrir a porta, sentiu o calor precário da casa e viu seu pai sentado na poltrona, coberto com um cobertor fino. Seus olhos pareciam ainda mais cansados do que ela se lembrava.
Com cuidado, Anne pousou as sacolas de compras na mesa, satisfeita por ter conseguido comprar comida suficiente para a semana. Ainda assim, o cansaço pesava em seu corpo, mas ela sabia que não poderia descansar. Hoje era dia de levar o pai para a consulta médica.
— Pai, está na hora de irmos ao médico. — Sua voz saiu firme, mas gentil.
O pai levantou os olhos e tentou sorrir, mas o esforço o fez tossir. Anne correu até ele e segurou sua mão.
— Estou bem, filha. Não precisa
