DR. RICARDO A ideia de levar a Verônica para a casa de campo me deixou perturbado. A deixei na porta de casa. Desde a nossa conversa no jantar, ela tá esquisita. Tá pensativa, mais calada e toda hora me incentiva a ficar falando sobre mim. Eu não sei o que deu nela. — Valeu pelo jantar, Dr. Ricardo. Foi ótimo. — ela abriu a porta do carro para sair, com um sorrisinho. — Verônica. — a parei segurando seu braço. — Sim. — ela olhou pra mim. — Não é porque eu disse que gosto de silêncio e que você fala demais, que precisa ficar calada. Não é você, se você está calada. Ela mexeu as sobrancelhas, um pouco surpresa com a minha fala. — Eu só fiquei calada porque comi muito e a minha barriga está estourando depois daquela sobremesa. Já começou a digestão e eu só quero dormir. — saiu do ca