RICARDO — Calma. — encostei o algodão com álcool no dedo dela. — Não é melhor lavar com água corrente? — ela fez uma careta, sentada no vaso do banheiro. — É pra matar as bactérias. — Nem deu tempo das bactérias entrarem. — ela segurou a minha mão e soltou da sua. — Deixa que eu lavo. — Tá saindo muito sangue. Não é melhor ir pra um hospital? Eu te levo. — Não precisa. — ela ligou a torneira e deixou o dedo debaixo. — Daqui a pouco para de sangrar. Eu não gosto muito de ver sangue. — O que houve pra você ficar tão distraída a ponto de cortar o próprio dedo? Não pode ser por causa do meu irmão. — Sinceramente? Eu conheço conheço o seu irmão. — Conhece? — estranhei a resposta. Mas como? — Sim. E pior do que isso. — ela falou baixinho, toda gramática. — Eu fiquei com ele e a gent