Rômulo fica encantado pela beleza de Amanda à primeira vista, era algo inexplicável na vida do famoso garanhão que sempre teve várias mulheres, mas nunca se encantou com nenhuma... Até então...
Amanda olha para o rapaz, ela tinha certeza absoluta, nunca haviam se visto, mas de alguma forma, de uma forma muito peculiar e única, ela tinha certeza, não era aquela a primeira vez que se viam...
—Olha só! Barcellos, esta é minha filha Amanda, minha única filha... Rômulo, acho que se dará muito bem com ela, Amanda é uma excelente companhia, Muito boa e conversa... Bem... Podem ficar à vontade! Barcellos e eu temos assuntos a tratar.
Estavam Amanda e Rômulo frente a frente... A impressão de já se conhecerem não tinha a mesma sensação da impressão causada em cada um deles, os sentimentos eram distintos.
Enquanto Rômulo permanecia em verdadeiro fascínio, impressionado pela beleza da moça, Amanda já tinha a sensação de o conhecer de algum lugar distante, não sabia explicar, mas a sensação não era das melhores, ela tinha uma impressão negativa sobre ele.
Os dois ficam a sós na sala da casa de Amanda, seus pais vão conversar sobre assuntos variados, Bernardett olha para a filha com certo entendimento, triste por aquela situação...
— Bernadett! Vamos! Deixe os jovens se conhecerem! Conversarem assuntos de jovens! Diz Ramon.
Quando todos entram em outro cômodo da casa, Rômulo lança seus galanteios para Amanda...
— É muito mais bonita do que me disseram! E pensar que eu nem queria ter vindo aqui! Acho que devo dar mais ouvidos aos meus pais... Diz Rômulo.
— Gata pelo elogio, mas com licença... Diz ela esquivando de Rômulo e caminhando até a porta.
— Onde vai ? Pergunta ele.
— Onde vou não interessa, não devo satisfações a um estranho! Diz ela saindo.
Rômulo vai atrás de Amanda...
— Ei! Desculpe se não causei a melhor impressão inicialmente, vou me esforçar para melhorar isso, mas precisa falar comigo desse jeito ? Pergunta ele.
— Olha aqui , eu sei o que está acontecendo, meus pais querem que eu e você nos casamos, não é isso? Você deve saber, seus pais devem ter te proposto o mesmo! Eu conheço homens como você de longe! Sua cara é de homem mulherengo, galanteador, que tem várias mulheres, comigo não... Não sou mercadoria para ser negociada! Diz ela.
— Que é isso? m*l nos conhecemos, e já estamos discutindo? Diz ele.
— Não é uma discussão, apenas estou colocando pontos! Só isso, então pode ir para junto de seu pai, já está sabendo que eu sou contra esta loucura de casamento... Diz ela deixando ele sozinho.
Romulo fica sem palavras para rebater, na sua mente, a sensação de já ter vivido situação semelhante, de já ter passado por aquilo antes, mas não agora, e sim em uma época distante....
— Não sei o que mais me impressiona nisso tudo... O que sente por Amanda assim que a vi,ou esta sensação de já ter vivido e presenciado tudo isso com ela. Diz Romulo.
Ele não desiste e vai atrás de Amanda.
A moça vai até a casa do jardineiro, que fica no fundo de sua mansão, e bate à porta... Sobre os olhares de Rômulo que observava de longe.
Ícaro sai e Amanda o abraça, os dois se beijam, para espanto de Rômulo, ele se agita deixa o local andando pelo vasto jardim da casa de Amanda, Rômulo senta-se em um banco, passando a mão no rosto, uma cena emerge em sua memória, era como se ele lembrasse de Amanda e aquele mesmo homem, mas em uma outra época, em um outro momento... E uma sensação de posse e ciúme desperta em Rômulo tão rápido quanto os sentimentos por Amanda.
Rômulo tem memórias que não faz ideia de como as possui, como se fossem de um tempo distante, em sua mente brotam memórias que ele não sabe explicar, mas que eram de sua vida passada, Amanda se encontrando com aquele homem, era algo que com certeza já havia acontecido, não era a primeira vez, esta era a sensação que ele tinha.
Aquele sentimento de ciúme e de posse, por alguém que supostamente ele conheceu a poucos minutos atrás, eram difíceis de explicar.
Além daquela lembrança inexplicável, de Amanda em outro lugar, em outra época, encontrando-se com aquela pessoa...
Amanda conta para ìcaro tudo... O casamento arranjado pelo pai, o suposto pretendente que havia ido lhe visitar...
— Ícaro! Eu... Nem sei o que dizer! Meu pai Quer me negociar em um casamento com um homem que sequer conheço, o vi agora a pouco na sala de casa e tive a impressão estranha de que o conhecia sim, mas diferente de ser como você, ele me causa certo medo, indiferença... Um sentimento r**m que não sei explicar.
— Meu amor! Ouça o que digo! Vamos fugir! Eu e você, vamos embora, eu sou pobre, eu sei, mas se você vier comigo, mesmo na minha simplicidade, juro que farei de tudo para te fazer muito feliz, tenho muita disposição para o trabalho! Sei que não posso te dar o mesmo padrão de vida que seus pais... Mas...
— Chega! Ícaro, chega! Não me importo que você seja rico ou pobre, nem tenha apego a dinheiro, nada dessas coisas... E sim eu aceito fugir com você... Diz Amanda.
Icaro sorri de felicidade, era tudo que ele queria ouvir de sua amada, já havia idealizado aquele momento tantas e tantas vezes, que já havia perdido a conta de tantas vezes tinha planejado...
— Vou voltar para casa, hoje à noite, quando já de madrugada, me espere com tudo pronto no portão de serviços dos fundos, vou fingir que tudo está bem, mas ainda hoje de madrugada, quero fugir com você, quero ir para bem longe de tudo isso... Diz Amanda.
— Sim! Com toda certeza meu amor, e te juro! Você não vai se arrepender.... Diz Ícaro.
Os dois se beijam novamente e Amanda sorrindo e feliz volta para casa, mas no caminho, entre o jardim e sua casa, ela encontra Rômulo...
— O que você faz aqui ? Pergunta ela, temendo ter sido observada...
— Você não pode se casar, não pode se relacionar com outra pessoa, por que já é apaixonada por outro homem não é? Você gosta daquele seu... Jardineiro? É isso? Daquele negrinho ? Pergunta ele.
— De quem gosto ou deixo de gostar, não é problema seu, Não te devo explicações, pois m*l te conheço! Diz ela.
— Será que mau me conhece? A impressão que tenho não é esta! A impressão que tenho é de já ter conhecido você, não sei explicar como... Não só vocẽ, mas também aquele cara... Parece uma loucura, mas....
— Sim, parece uma loucura, mas loucura mesmo é nossos pais nos empurraram para um casamento... Diz Amanda.
Amanda volta para sua casa, e logo atrás dela, Rômulo lhe acompanha pensativo...
— Então vamos ver se depois de eu te convencer de uma outra forma, você não muda de ideia... Eu! Rômulo Brian, não vou perder uma mulher para um negrinho daqueles... Diz Ele.