Alguns dias se passaram desde a tragédia acontecida naquela casa, Durante todos os dias Amanda tem sido visitada por Rômulo, que tem ajudado na parte burocrática das coisas, afinal, Amanda era uma moça de 19 anos, sozinha e sem experiência com os negócios.
ìcaro ficou todo este tempo na casinha que morava como caseiro e jardineiro, Amanda não o procurava mais, e todos os dias Rômulo chegava na mansão pela manhã, saía com a manda para a empresa e voltavam juntos pela tarde.
— Realmente, não há o que fazer, os parentes abandoram Amanda, Eu sou apenas um pobre n***o ignorante, sem instrução, sem dinheiro, sem conhecimento algum para ajudar Amanda nesse início dificil, diferente daquele cara... Rico, boa pinta, inteligente... Amanda culpa o que sentimos um pelo outro... Ou seja, melhor eu me conformar que a nossa história acabou...
Nesse momento, Icaro ouve o barulho de carro, Amanda estava chegando junto de Rômulo, ele olha pela porta de sua casa os dois passando.
Rômulo para o carro e desce, rapidamente corre e abre a porta para Amanda, que agradece...
— Amanda, Às finanças da empresa de seu pai vão muito mau, você precisa conseguir capital de giro para investir, para comprar matéria prima e pagar o pessoal, não vai ser uma tarefa fácil, como você viu, seu pai fez vários empréstimos já para a empresa e não pagou nenhum deles, você precisa de alguém que esteja disposto a investir, ajudar você nesse momento difícil e que não engane você ... Me deixe te ajudar! É o mínimo que posso fazer, já que meu pai ajudou seu pai a se afundar em tudo com o cassino dele, eu tenho um dinheiro e posso ajudar! Se você permitir... E sem querer nada em troca, diz Rômulo.
— Olha Rômulo, sou muito grata a você por tudo que tem feito por mim depois que houve aquela tragédia, eu realmente me sinto envergonhada por tudo que pensei a seu respeito, me enganei com você... Mas eu preciso encontrar uma solução sozinha, o problema é meu, aquelas pessoas dependem de mim... E também... Não poderei chegar a sentir por você nada além de amizade... Diz ela.
— Amanda eu sei disso, confesso que desde o primeiro instante que te vi, me senti atraído por você, não sei explicar, além do mais, sei que você gosta do seu jardineiro... O que acontece é que me sinto em dívida com você, não sei explicar... Se realmente existissem vidas passadas, seria a explicação perfeita para o sentimento que sinto, a sensação de já ter te conhecido, Eu desafiei minha família para te ajudar, para impedir que meu pai executasse a dívida ... Não achei correto, achei desumano! Diz Rômulo.
— Eu sou muito grata a você por isso, de verdade, Eu também sinto o mesmo em relação a já conhecer você, mas confesso que inicialmente foi um sentimento de medo, insegurança... Se realmente houvesse vidas passadas como já li a respeito, diria que você e eu já nos conhecíamos, como eu também sinto o mesmo em relação a Ícaro, mas com ele é diferente.... Deus! Estou envergonhada por ter tratado ele tão mal... Ter culpado ele, sendo que em nada teve culpa, na verdade se tivéssemos fugido... Bem não sei...
Rômulo sente ciúmes ao ouvir Amanda mencionar o nome de Ícaro, mas tenta não transparecer isso a ela.
— Amanda, olhe, vá tomar um banho, leia um bom livro, se precisar de alguém para conversar, sabe que pode contar sempre comigo... Pense com carinho no que eu lhe falei, só quero lhe ajudar e não deixarei de forma nenhuma meu pai executar a dívida... Eu... Vou indo... Diz ele beijando a mão dela...
— Obrigada Rômulo e desculpe eu não ser a melhor das companhias ... E o transtorno de fazer você entrar em conflito com o seu pai... Diz ela.
Rômulo sorri e entra em seu Del Rey.
Amanda entra em casa, triste, era angustiante entra naquela sala e se depara com o local onde seus pais perderam a vida, principalmente os últimos momentos que teve com sua mãe, Bernardett era apesar de materialista e entusiasta da filha casar com alguém rico, a única pessoa que lhe entendia, que era mais flexível a ela.
Nesse momento, Rômulo ia cruzando o portão de saída da casa de Amanda quando, para na frente do mesmo estava Ícaro.
Rômulo para o carro, desce dele, caminha na direção de Ícaro.
Ambos estavam finalmente frente a-frente.
— Então você é o interesse romântico da Amanda... Eu já sei sobre vocẽ, ela me falou tudo... Diz Rômulo.
— E você é o sujeito aproveitador do momento que quer tirar proveito da dor que Amanda está sentindo para se aproximar dela não é? Mas vim te dizer que isso não vai ficar assim! Diz ìcaro.
— Isso não vai ficar assim? O que vai fazer? Me bater? Me ameaçar? Olha, vou te dizer, nem vou reagir, não sou um selvagem desses que gosta de brigar e trocar socos, mas sendo sincero? Sim, eu gosto de Amanda, mas não estou tirando proveito, estou tentando ajudar ela! Você não faz ideia dos maus lençois que o pai dela a deixou! Não fosse por mim... Não, esquece... Diz Rômulo.
— Não fosse por você o quê? Me fala! Insiste.
— ìcaro, Eu não vou brigar por Amanda com você, porque ela vale cada soco que eu levaria de você, mas eu ... Bem, Eu sempre fui um canalha mulherengo irresponsável, dessa vez quero ser diferente, fazer diferente! Quero conquistar o amor dela de maneira justa, você tem a vantagem de ela gostar de você! Mas eu não pretendo deixar ela ficar com você de mãos beijadas... Diz Rômulo.
— Amanda nunca ficaria com você! Diz ìcaro.
Romulo olha para ele com certo desprezo...
— Isso veremos! Diz Rômulo entrando no carro.
Ícaro sai da frente e Rômulo segue adiante.
Ambos sentem um sentimento de rivalidade grande um pelo outro, até parece que não era a primeira vez que disputavam o amor de Amanda, o sentimento do confronto era de um Dejavu... Algo que não era a primeira vez que acontecia...