Capítulo 4

3329 Words
Pov. Bia - Chegamos. Agora solta minha mão.- eu digo tentando soltar- - Você é tão chata. - Eu sei. - ele solta minha mão- E.... Obrigado. - O que você disse? - Olha. Não me faça repetir. Eu só quero entra na minha casa e dormir. Boa noite. -eu me viro mas o mesmo segura o meu braço- - Espera. - ele diz e me vira de frente para ele- - Fala. - Obrigado- ele diz e me abraça- - Ei. Me solta.-eu digo tentando empurra-lo- - Por favor. Deixa eu te abraçar. Amanhã a gente vai fingir que nada aconteceu. Eu solto um longo suspiro e retribuo o abraço. - Eu tenho uma pergunta a te fazer. - Que ser humano normal pensa em fazer uma pergunta a essa hora? - ele pergunta- - Eu. - respondo séria - Mas é sério. Por que você me odeia? - Eu? - ele diz- Bem... - Desde que eu entrei naquele colégio, você nunca gostou de mim. E eu até hoje não sei o por que? - Eu saio do abraço- E quando eu estou na sua casa você é completamente diferente. Você é bipolar? - eu pergunto e isso o faz rir- - Por que você quer saber? -ele pergunta- - Eu estou sofrendo com isso desde o 9° ano então digamos que é algo que não dê para se ignorar. -digo sarcástica- - Já está tarde. Você não tinha que ir dormir? - ele pergunta desconfortável- Por que essa pergunta agora? - Por que essa é uma parte da minha noite que eu não vou esquecer. - eu digo séria e o mesmo abaixa a cabeça- - Ei. Amanhã a gente se fala. -Por que você não me responde?- eu pergunto- - Tá. -Ele diz- Mas amanhã a gente se fala, aí eu digo. - Por que tão chato? - eu reviro os olhos.- Sabe. Se eu te fiz alguma coisa, que eu não saiba, eu peço desculpas. Eu realmente gosto muito do seus irmãos. E ficar sob o mesmo teto que você sem saber o motivo disso, é desconfortável. - Você é realmente insistente. Mas do que eu me lembrava pelo menos. Agora. Tchau. - Eu estou te avisando. Eu não vou esquecer esta parte. Tchau. - Espera.- ele segura meu braço de novo- -Se decide, ou eu vou ou eu fico. Fala. - Desculpa. Mas... eu tenho que te perguntar isso. Você é BV? - Você ficou maluco? Que tipo de pergunta é essa? - Só me responda. - ele diz' - Não. E por que você quer saber?- eu digo- - Por curiosidade e por isso.- ele me puxa contra si e sela nossos lábios- Eu tento empurrá-lo e consigo. - O que você pensa que está fazendo? Ficou doido? E eu pesando que você estava melhorando... E me viro e entro correndo em casa. Aquilo foi estranho e assustador. Eu não esperava. Esse menino ou é muito estranho ou só quer brincar com os meus sentimentos, e eu não quero isso. Que raiva. Agora eu estou confusa. [...] No dia seguinte eu acordo mais cedo que o normal. Não conseguia dormir direito. Sei que pode parecer besteira, mas eu não estava preparada. Foi de surpresa. E eu pensando que o Sr. Galinha ia mudar. Como eu sou burra, parece que tirar boas em matérias como matemática ou história não ajuda ninguém na vida social. Eu me arrumo e vou em direção a cozinha onde meu pai e minha mãe conversam animadamente. Eu chego e me sento à mesa. - Bom dia minha filha. Acordou cedo - diz minha mãe diz- Ela era empresária, mas depois de um golpe na empresa onde meus pais trabalhavam eles foram demitidos e agora ela é comerciante. Ela vende cosméticos da Jequiti e meu pai ainda trabalha em uma empresa só que em uma cargo muito baixo. Os dois tem estudo, mas o emprego é o que falta. - Bom dia mãe, pai. - eu digo ríspida- - Bom dia. Para que tanta frieza, hein? - meu pai diz lendo o jornal- - Eu tô indo para o colégio. - Cedo? - minha mãe fala- - Eu estou indo a pé. Tchau. Eu pego meu material e saio. Pode até parecer que eu trato meus pais m*l, mas eu tenho muita mágoa do passado de quando eles trabalhavam. Perdi a conta de quantas vezes eu tive que voltar sozinha para casa, por que eles me esqueciam. Eu guardo rancor desta época, mesmo assim eu trabalho para ajudar em casa e guardo dinheiro para a faculdade. Vou caminhando até a escola que é muito longe de casa, como estava cedo e eu estava a passos lentos eu consegui chegar na escola ainda antes do sinal bater, na verdade BEM antes. Enquanto esperava me sentei ao pé de uma árvore, coloquei meus fones de ouvido e comecei a ler. Até alguém sentar ao meu lado era Mia uma das minhas melhores amigas. - Fala aí amiga. Fiquei te esperando ontem. Você pede a ajuda das pessoas e depois não retorna as ligações. - Hum?- eu tiro meus fones- Oi Mia. Desculpa - Que animação...- ela fala sarcástica- Eu volto de viagem e sou recebida assim? Que coisa h******l. - Desculpa. Como foi a viagem e cadê a Lucy? - A viagem foi ótima. Fiz compras, compras e compras. Conheci gente nova. - E com "gente nova" você quer dizer que pegou geral, né? - eu digo rindo- - Ei. Me respeita eu sou uma moça de família. - Ata. Cadê a Lucy? - Ela vai faltar de novo. Aquela menina tem mais v*****e de ficar em casa do que eu de ir ao shopping. - Sei... Pelo menos ela paga o aluguel em dia. - Nossa é para humilhar? O que aconteceu? Você está meio aérea hoje. - Você não tem noção. Primeiro arranjei um emprego. - Sério?! Que bom. - Espera eu não terminei. Eu estou trabalhando na cada da família Hatanm. - Calma aí. A família do Lucas? - Exato. Continuando. Eu tenho que cuidar de 4 crianças e aturar o Lucas. A mais velha das crianças vai ter um encontro e foi por isso que pedi sua ajuda. Também ela pediu conselhos sobre garotos e me pediu para pedi-los ao seu irmão mais velho, o Lucas. Eu perguntei e em troca terei que ajudá- lo nas provas. - Nossa... - Ainda não terminou. - Não?! - Ontem a noite tive que ficar mais tempo na cada dos Hatanm ajudando todos os filhos no dever de casa, menos o bebê. Por esse motivo saí da casa tarde da noite, quase fui acediada e caso o Lucas não chegasse algo ainda pior iria acontecer. - Ele te salvou? - Sim. Fingindo ser meu namorado. Continuando. Depois daquilo ele me acompanhou até em casa. Foi aí que eu o perguntei o por quê dele me incomodar tanto. Nós entramos em uma conversa estranha e ele me beijou. - COMO ASSIM?!- Ela disse perplexa- - Não grita! Foi só um selinho.- eu disse abaixando a cabeça- só um selinho- eu repito várias vezes na minha cabeça. - Mas esquecendo este assunto como foi a viagem? - Você tá doida? Pode me contando tudo. -Eu acabei de te contar. - Você acha mesmo que vou me contentar só com isso. Eu quero detalhes.- ela diz - - Detalhes de quê? - eu pergunto- - Do beijo. - Ela diz como se fosse simples- - Detalhes de um selinho?! Ele encostou os lábios nos meus e depois eu o empurrei e saí correndo. Pronto. - eu digo rápido e abaixo a cabeça- - V-você saiu correndo?- ela diz rindo- Bianca Cooper por que você saiu correndo? - Ei. Eu posso até não ser BV, mas esse foi o meu segundo beijo da vida. Sabe eu não fico beijando qualquer um por aí. - eu digo me referindo a ela- - Ei. Chata. Mas e ele o que fez? - Eu que vou saber? Você não ouviu a parte do " Sair correndo"? - Bia não sei se você é burra ou inocente. - E-eu não sou burra. Eu fui pega de surpresa. E-eu não esperava. Também para de me julgar- eu digo me levantando - - Onde você vai? - Para longe de você.- eu digo andando de costas e olhando para ela- - Tá. Só cuidado com o... Ela não termina a frase e eu me choco contra alguém e caio no chão. - Ai. - eu digo- - Desculpas.- Lucas fala- - Eu avisei. - disse Mia me ajudando a levantar- - Você está bem? - Lucas diz se aproximando- - N - não se aproxime.- digo dando um passo para trás- - Nossa. Então comece a olhar por onde anda.- ele diz e se vira para o mesmo grupinho de sempre. - - i****a. - eu sussurro e me viro para ir embora- Eu entro no colégio. - Você também é impossível, né?- Mia diz andando ao meu lado no corredor- - Eu? Para de me irrita. Tchau. Pelo que eu saiba sua sala ainda é diferente a minha. - eu vou até minha sala - - Orgulhosa... - Chata... A gente se vê no intervalo. - eu dou um tchauzinho para ela- [...] A aula parecia não ter fim. E na hora do intervalo Mia não parava de me incomodar. Acho que em dias assim é melhor ficar em casa, mas como sou bolsista e não estou doente não iria dar muito certo. As aulas terminam e eu saio o mais rápido possível. Assim conseguiria evitar a Mia e o Lucas. Eu não sou de fugir dos meus problemas, mas..... na verdade eu sempre fujo dos meus problemas. Chego em casa saio novamente para chegar ao trabalho, sem nem ao menos almoçar. Tô sem fome e sem v*****e de ir trabalha, sem contar com esse mau pressentimento. {...} Como sempre eu chego a casa dos Hatanm e cumprimento todos os empregados. Depois subo para o quarto do Arthur. Eu abro a porta e não o encontro. Desesperada eu procuro por Alfred. - Cadê o Arthur, Alfred? - eu pergunto ao senhor mais velho que estava arrumando a mesa para o almoço- Desculpa incomodar. Mas o Arthur não está no quarto. - O pequeno está no quarto do irmão mais velho. Ele o pegou hoje. - No quarto do irmão? - Sim, senhorita. - ele responde- - Obrigado. Eu subo as escadas e tomo coragem de ir até o quarto do Lucas. Estranhamente a porta estava aberta e Arthur estava sentado sobre a cama brincando com alguns carrinhos - Ainda bem, você está aqui. - eu digo ainda na porta- Eu não posso entra. Deixa eu ver.... - eu bato na porta e peço licença e ninguém responde- Desculpe, mas eu vou entrar. Eu entro no quarto e me aproximo da cama onde o pequeno brinca e fico em pé de frente para o mesmo. - Eu preciso te levar para comer. Vamos lá em baixo e depois você volta para brincar com seu irmão. - Antes de pegá-lo no colo eu ouço o barulho da porta batendo. Eu me viro assustada e me deparo com Lucas em frente a porta olhando para mim. -Por que você fechou a porta? - Se eu não te atraísse até aqui eu não iria conseguir falar. - Eu não tenho o que falar com você. - digo ríspida- - Mas eu tenho algo para falar com você. - ele se senta na cama ao lado do irmão- -Eu estou saindo depois leve seu irmão para almoçar.- eu digo me virando- Eu ando até a porta e tento abrí-la, mas está trancada. - Não adianta. - Lucas diz em um tom sério- Ela está trancada. - Cadê a chave? - eu pergunto- - Não sei. Vai me deixar falar? - ele pergunta - Eu quero sair, Lucas.- digo brava- Que saco. - Eu preciso falar.- Ele diz se deitando ao lado do irmão que brincava- Mas você não quer ouvir. - Eu ainda não virei psicóloga. - eu digo sarcástica- Eu ainda não tô acreditando que você usou seu irmão como isca. - Eu demorei para pensar em um motivo para você vir aqui. - Ele diz deitado com as mãos atrás da cabeça- - Me deixa sair. Seus irmãos já vão chegar e... - E vão chamar por você? Eu sei. Sei disso tudo, mas só te dou a chave se você me ouvir. - Será que daqui até o quintal é muito alto?- eu digo baixo analisando a janela. - - Não sei. Por que você não tenta?- Lucas diz do meu lado- - Como você chegou aqui? - eu dou um pulo- - Andando, ainda não aprendi a voar. - Muito engraçado você. Se eu ouvir o que você tem para falar você me deixa sair ? - Provavelmente- ele diz- - Então tá. Eu digo e me sento no chão perto da janela. - Pode começar. - eu digo e ele se senta na cama ficando de frente para mim. - - Por onde eu começo...?- ele diz- - Pelo começo, só talvez, sem pressa, ninguém está te apressando. Tudo no seu tempo. - digo com sarcasmo na voz- - Bem... eu vivo implicando com você por quê... eu gosto de você. - O que? Você me trata m*l por que você gosta de mim? Isso é meio retardado, né - Você não me reconhece mesmo, né? - Como assim? - pergunto fixando mais confusa ainda- - Eu sou o Lucas que você estudou desde o maternal. - ele diz- - O Lucas? O meu melhor amigo? A tá duvido. Ele era um menino legal e carinhoso. E você é um idiota.- eu digo - Como você ficou sabendo do meu amigo de infância? - Porque eu sou ele. - Prova. Eu duvido. Ele se levanta da cama e pega uma foto e me entrega. (Mídia: para quem não está conseguindo ver, é a imagem de um menino e uma garotinha sorrindo. Foi o que eu encontrei, só lamento) - Como você consegui isso?- eu digo séria olhando a imagem- - Essa é a minha. Você ficou com a outra cópia. - ele diz e puxa a foto da minha mão- Agora acredita? Neste momento alguém bate na porta e a minha atenção é tirada. - Luca você viu a Bia? - a Mel pergunta do a outro lado da porta. - Eu tenho correr para avisá-la que estou aqui, mas meu braço é agarrado e meu corpo se choca contra a parede. E Lucas cobre minha boca com a mão. - Não Mel. Eu não a vi. - ele diz tampando minha boca. - Eu tentava me soltar, mas eu tentava mas ele me pensava contra a parede. - Certeza? Eu não etou a encontando. Tchau. - ela diz e depois não se escuta a voz da menor.- - Você ia tentar mesmo fugir? - ele diz - - Eu já ouvi o que você tinha a dizer. - Eu digo e o som da minha voz sai abafado pela mão que cobria minha boca. - - É... - Então eu posso sair. - Eu digo e ele tira a mão da minha boca- -Não. - ele responde ainda me prensando contra a parede- - P-por que? - eu gaguejo ao perceber a proximidade de nossos corpos. - Sai de perto de mim! Eu vou gritar. - eu o ameaço- - Aé? Grita. Vamos ver o que vão achar desta situação. "Por que será que ela estava trancada no quarto dele? ". Seria estranho, não? - Ele sussurra para me provocar- - P-para de me provocar. E-eu tenho coisas a fazer. Eu tenho que sair. Por favor...- eu peço- - Acho que não. - É por isso que eu não acredito que você é o meu amigo de infância. Ele era carinhoso. E não um s*******o igual a você. - Não? Você não acredita que eu sou o garotinho que tirou o se BV?- ele diz divertido- - O que ?!- eu sinto meu rosto esquentar então abaixo a cabeça- - O que foi? Ficou envergonhada? - ele pergunta levantando meu rosto- Acredita? - Não. Ele era fofinho e dava v*****e de abraçar e de você eu só quero distância. - Eu tento empurrá - lo, mas ele segura mês braços e os prende conta a parede. - - Distância? Olha que engraçado. Eu quero quebra a distância, nas você é muito chata e não permite. E assim como o garotinho fofinho que tirou seu BV, eu vou tirar o seu BVL. - Pera. O que?!- antes que eu percebesse ele colou nossos lábios. Ele pediu passagem com a língua, e eu resisti mas depois acabei cedendo. As mãos dele foram até minha cintura e ele me puxou mais contra si. Bem na hora meu celular toca. Ambos nos assustamos e ele se afasta. Eu pego o mesmo que estava meu bolso. - Alô...- eu inicio, mas Lucas o puxa da minha mão. - Alô. Oi Amélia. A Bia n******e falar. Tchau. - ele desliga a ligação- - Mas por que você fez isso. - E agora? Acredita? - ele olha nos meus olhos- - M-me deixa sair. - eu digo- - Não. - Para com isso. Eu...- o Arthur que estava sentado na cama começa a brincar com uma chave- Eu pego a chave e abro a porta. Depois de aberta eu saio correndo. No andar de baixo eu encontro as crianças almoçando. (N/A: Agora eu estou imaginando a Bia correndo igual a uma louca...) - Bia?- Camila diz se levantando- - Bia! - Mel corre em minha direção e me abraça. - Você está choiando? - ele inclina a cabeça para o lado e me encara. - Não, pequena. Hoje eu não vou poder ficar, tá? Eu tenho que sair. Camila você pode dar a papinha para o Arthur e todos façam os deveres de casa, certo? - Tá... - Camila diz desconfiada- - Tchau. - Eu saio daquela casa e sigo em direção a minha. Pov. Lucas Depois de tudo ela saiu correndo. - Quem diria que eu seria traído pelo meu próprio irmão. - digo olhando de relance para Arthur que voltou a brincar com os carrinhos- Em compensação ganhei um presente. Ela deixou o celular. Eu pego o aparelho e começo a mexer. - Vamos ver... fotos? - Ei! - Eu ouço alguém me chamando da porta- O que aconteceu com a Bia? - Camila? Boa tarde para você também. - Não me enrola menino. - ela diz cruzando os braços- - Tá. Tá. O que que tem a Bianca? - Eu pergunto ainda mexendo no celular dela- - Ela acabou de sair correndo desta casa como se visse uma assombração e não ficou de babá. O que é estranho, por quê ela diferente de você, tem responsabilidades. - Sei... e o que eu tenho a ver com isso? - Eu acho que você tem envolvimento nesta história. - ela me olha f**o- - Eu só contei a verdade para ela. - digo simplesmente- - Que verdade?- ela pergunta- - Isso pergunta a ela. - digo sem dar importância- - Grosso. Eu vou ligar para ela. - ela diz da porta- - Tenta. - eu digo - Ela pega o telefone e começa a ligação. Segundos depois o celular que estava na minha mão começa a tocar. - Alô?- eu digo sarcástico- - O que o celular dela está fazendo aqui? Me devolve o celular dela. - Me obrigue maninha- eu ando até a porta e a fecho- Aliás como provavelmente a Bianca te pediu para alimentar o Arthur, não se preocupe eu já dei a papinha. - Você não tem jeito.... - Você não é a única que acha isso. - eu digo- °°°•°°°
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