Capítulo 6

2344 Words
Pov. Lucas Depois de colocar Mel e o Arthur para dormir eu falo para Erick e Camila irem dormir. Os dois, já cansados da excursão, vão para se seus respectivos quartos sem reclamar. O que era estranho, principalmente a Camila. Com tudo mais calmo eu posso ir ao hospital. Agora eu estou me sentindo culpado. "Que d***a. Já deve ser umas 10 da noite. Que hospital tem horário de visita às 10 da noite, só para familiares e olhe lá - Pensei- Talvez se eu disser que sou... a Bianca vai me matar... mas só assim eu consigo entrar. Entro na recepção e pergunto onde fica o quarto de Bianca Cooper. - Você é parente? Qual é o seu nome? - ela pergunta- - Eu? Não, não. Eu sou o namorado dela. Me nome é Lucas - eu digo sorrindo- - Ata, bem, se é assim eu acho que posso abrir uma exceção, já que os pais dela foram embora. - a moça diz sorrindo- ela está no quarto 102, no 2° andar. Mas às meia noite você vai ter que sair. Vem eu te acompanho. - Obrigado. Ela me leva até o elevador. E depois me campanha até o quarto. - Senhorita Bia...- a moça diz- - Eu já pedi para não me chamar assim... eu vou te chamar de senhora de agora em diante. - eu ouço a voz da Bia- - Não. Bia - a recepcionista diz com uma entoação sarcástica- Você tem visita. - As visitas acabam às 6 da tarde, não? - ela pergunta- - Mas é uma pessoa... especial... - Pessoa especial? Quem é?- Bianca pergunta- - Seu namorado. - M-meu o que?!- ela quase grita- - Pode entrar. - a moça abre o passagem da porta e eu entro- - Oi Bianca. - eu digo sorrindo - - Cínico- ela gesticula com a boca- - Eu tenho que voltar para a recepção. Com licença. - ela sai do quarto e fecha a porta. - - O que você veio fazer aqui? - Ela pergunta - - Eu fiquei preocupado com a minha namorada, n******e? - eu digo me sentando ao pé da maca dela e analiso a roupa que ela estava usando. Era uma espécie de camisola de hospital, era mais preocupante do que engraçado- - Namorada, o caramba! Desse jeito as pessoas vão começar a acreditar nisso. - Mas é verdade...- eu digo de cabeça baixa- - O que?!- ela pergunta se ajeitando na maca- - No dia seguinte a gente finge que nada conheceu...- eu digo- - Você é impossível.- balançando a cabeça negativamente- - Como você está? - eu pergunto olhando a bolsa de soro ao lado da cama- - Bem. Eu tenho que ficar aqui por um tempinho, mas até que é legal. Eu posso passear pelo hospital, mas tenho que levar esse negócio injetado na minha veia para todo canto. - ela diz se referindo ao soro- Como estão as crianças? - Eu também estou muito bem obrigado por perguntar. - eu digo - - Para de ser infantil. - Eles estão bem. Por incrível que pareça já foram dormir. - Até a Camila?- ela pergunta boquiaberta- - Até a Camila. O Alfred adiou a folga dele e está lá na casa. - Entendi. Você quer andar pelo hospital? Eu não aguento mais ficar deitada aqui. - Nós podemos? - eu pergunto- - Sim. É muito chato ficar internada. - ela se levanta- - Então tá. Pov. Bia Nós estávamos andando pelo corredor em silêncio. - Eh... Por que exatamente você veio aqui? - eu pergunto- - Eu estava preocupado. Você do nada desmaio e veio parar no hospital. - Hum...- eu digo- Silêncio novamente. - Antes que eu me esqueça. Toma o seu celular- ele diz e tira o celular do bolso- - Finalmente. - E tem mais uma coisa. O colar. - ele estende o colar com o pingente de 3 corações- - É esse? - eu pego o colar- - Eu disse que era verdade- ele responde fazendo bico- - Ei! Você não é uma pessoa exatamente confiável. Eu tento colocar o colar mas é difícil. - Deixa eu colocar. - ele pega o colar da minha mão- - Não pre... Você vai colocar o colar mesmo que eu tente impedir, certo? - eu digo- - Com certeza. Agora põe seu cabelo para frente - Chato- eu resmungo o obedecendo- Ele prende o fecho. - Pronto.- ele diz e eu me viro sorrindo- - Obrigado- digo antes de perceber a nossa proximidade- - De nada. A cena sempre se repete. Ele aproxima o rosto do meu e eu recuo um pouco. Ele aproxima o seu rosto do meu novamente como se estivesse me analisando, mas desvia encostando a testa no meu ombro. - Até seu rosto está pálido... - ele solta um longo suspiro e sua voz dele sai abafada- Desculpa. Eu não deveria ter te provocado ao ponto de você parar de comer e vir parar no hospital. - ele diz ainda com a cabeça no meu ombro. - Você me perdoa? - Você está envergonhado? Por que não olha nos meus olhos enquanto eu falo? - eu pergunto- - Você está perguntando ou me repreendendo? - ele pergunta- - Te perguntando. - eu digo- - Eu estou envergonhado e não consigo olhar seu rosto, satisfeita? - ele disse ainda com a cabeça apoiada no meu ombro- - Talvez... - eu digo sorrindo- - Chata. Agora vamos voltar eu tenho que ir embora. - Tá mas... - Vem - ele diz me puxando pela mão- - Ei! Para de me puxar.- eu o repreendo- Ele vai me puxando de volta até o quarto de hospital. Eu me deitei na maca. - Você vai ter que ir embora mesmo? - eu pergunto- Meus pais vieram e foram embora rápido de mais e o Alfred foi embora um pouco depois... É chato ficar aqui sozinha...- eu abaixo a cabeça- -Para com isso. Amanhã é sábado. Eu posso vir te fazer companhia. - ele afaga minha cabeça- E mais uma vez desculpa. - Para de pedir desculpas. - eu me levanto e vou em sua direção- Eu mesmo estando brava com você eu tenho que te agradecer. Então...- eu o abraço- Obrigada Lucas. Ele ficou sem reação por um tempo mas logo retribuiu o abraço. - E também... eu senti sua falta e muita- eu digo deixando uma lágrima escorrer no meu rosto- - Falta? De qual Lucas? O criança ou eu agora? - ele pergunta- - Dos dois. Mesmo os dois sendo chatos, eu senti sua falta. - Eu também. Bem... agora eu tenho que ir para casa. Amanhã eu venho te visitar aí a gente anda pelo jardim do hospital, fechado? - Fechado. - eu digo voltando para minha maca - Tchau. - Tchau Bianca. - Me chama de Bia. Bianca é muito longo e formal - eu digo- - Tá. Então Tchau Bia. - Tchau Lucas. {...} No dia seguinte acordo ansiosa. É muito chato ficar sozinha neste quarto de hospital e além disso ter que ficar com soro sendo injetado na sua veia. Hoje as enfermeiras me disseram que talvez amanhã ou hoje mesmo eu irei receber alta e poder voltar para casa. Também não posso me dar o luxo de faltar a escola, para bolsistas iguais a mim isso é meio complicado. - Oi, Bia. - disse a enfermeira entrando com uma bandeja com comida- - Bom dia. Alguém chegou? - eu pergunto- - Você quer saber se o seu namorado já veio te visitar? - ela diz sorrindo- - N-não. Eu quer saber se meus pais vieram ou pelo menos ligaram.- eu digo- - Sinto muito, minha querida. Mas eles ainda não ligaram. - ela disse triste- - Não tem problema. -eu digo tentando reconforta a enfermeira que pareceu ter pena de mim- - Bem, coma o seu café da manhã. O nutricionista quer conversar com você. - Mas pra que? O médico geral já não fez a consulta? - eu digo - -Mas é o nutricionista é quem pode te dar alta. - ela diz colocando a bandeja no meu colo. - - Obrigado. Ela se retira. Eu quero sair daqui. É muito chato, mesmo as enfermeiras e os médicos eram super legais, mas eu quero voltar pra casa e para escola. Me xingem, mas sim eu sinto saudades da escola, mesmo hoje sendo sábado. Lá eu me distraio e às vezes me divirto e outras sinto raiva, adivinha de quem é a culpa por eu sentir raiva.... exato Lucas Hatanm Eu como o desagradável café da manhã do hospital. Que chegar a ser pior que o almoço. É apenas uma maçã, um pacote de cinco biscoitinhos e uma geléia de maçã. Não é a pior coisa do mundo, mas é desagradável. Depois do café da manhã as enfermeira me leva até um banheiro. Eu tomo meu banho e troco de "roupa", simplesmente coloco outra camisola de hospital e escovo os dentes. E depois eu volto para aquele maldito quarto. Sem nada para fazer eu pego o meu celular e começo a mexer para ver o que Lucas fez com ele neste meio tempo. Ele encheu a memória do meu celular com fotos dele? Esse garoto fica mais estranho a cada minuto. Eu deixo meu celular de lado e ligo a televisão. Nada para assistir. - Ahh. NÃO Dá PRA FAZER NADA NESTA PORCARIA HOSPITAL- eu praticamente grito enquanto afundo meu rosto no travesseiro- - Nossa. Cansou rápido de mais. - uma voz feminina conhecida disse- - Hum?- digo olhando para a porta - Mia! - eu digo vendo minhas melhores amigas entrarem- - Oiii- disse Lucy atrás dela- - Você também?! - eu digo e elas vem me abraçar- - Pensou mesmo que nós íamos te deixar sozinha? Aqui? Neste hospital? - Mia diz sarcástica- Eu até viria ontem, mas tive uma seção de fotos. Mia está se tornando uma modelo. Sabe ser filha do empresário da moda e ter uma mãe fotógrafa/modelo teve suas vantagens. - Me abandonou por fotos?!- eu finjo estar ofendida- Bela amiga você, hein. - Eu não tive escolha... - Calma eu tô brincando. Eu seu o quanto ser modelo significa para você. - A minha desculpa por não ter vindo é quase a mesma. Minha mãe quis me apresentar ao consultório médico dela e meu pai quis me mostrar a empresa de jogos. - diz Lucy- Já os pais de Lucy trabalham em áreas diferentes. A mãe dela é médica e o pai dela cria jogos de variados tipos para o público infanto-juvenil. - Parece que vocês já tem um futuro traçado.... E eu aqui sem saber o que fazer. Estou entre Pedagogia ou administração ou ser empresária. Por que é tão difícil... - digo choramingando- - Você vai se decidir. E caso não se decida escolha as três.- disse Lucy- - Três? - eu digo olhando Lucy - Sim. É verdade que uma pessoa que se forma em mais de uma especialidade tem muito mais chances- disse Mia pensativa- - É uma idéia a se pensar. Mudando de assunto. Hoje eu tenho que ver o nutricionista. E talvez, só talvez, eu receba alta hoje ou amanhã, dependendo do que ele falar- eu digo animada- - Bem, mudando de assunto mais uma vez.... a enfermeira disse que você estava esperando seu namorado- de disse Mia sorrindo divertida- - Verdade - iniciou Lucy- Nem fala que tá namorando para as amigas hein. - Parem as duas. Não é o que vocês estão pensando. - eu me defendo- - Então é o que? - Mia diz sentando ao me lado na cama- - É que... ah eu não sei explicar. É que o Lucas para poder me visitar, depois do horário de visitas do hospital, disse que era o meu namorado, foi isso.- eu digo rápido- - Mais devagar...- disse Mia- Eu não entendi nada- - Eu entendi. O Lucas para poder te visita tarde teve que dizer que era seu namorado - diz Lucy - - Com o você conseguiu entender- perguntou Mia- - Eu sou filha de uma programador de um jogos. Ele testa os jogos em casa e fica falando mais rápido que o flash e quem tem que se acostumar com isso, sou eu. -ela disse simplista- - E pela segunda vez o nosso... Correção. O SEU cavalheiro da capa reluzente te salva e finge ser seu namorado. - disse Mia me provocando- - Vou falar para enfermeira expulsar vocês duas. Eu estou falando sério. - eu digo ameaçando-as - Neste momento a porta do quarto se abre e um homem bonito e alto entra. - Qual de vocês é Bianca Cooper?- ele pergunta e eu percebo que é o nutricionista- - E-eu.- eu digo- - Eu não sou mas neste momento gostaria de ser...-sussurrou Mia no meu lado- - O que foi? Vocês parecem assustadas - o Doutor diz sorrindo- Aliás meu nome é Doutor Carlos - Eu não sabia que um doutor poderia ser tão lindo- disse Mia alto para quem quisesse ouvir e eu dou uma cotovelada nela - Ai! - Nossa acabei de decidir o que eu vou cursar, acho que a profissão da minha mãe seria legal, não? - Lucy disse e eu também lhe dou uma cotovelada- - Desculpe essas duas... - eu digo- - Ah vai dizer que ele não é bonito- disse Mia me desafiando- - Não é isso. É que vocês estão falando como duas assanhadas. Desculpa Doutor.- eu me levanto- - Não tem problema. - ele diz sorrindo- - O Senhor irá me atender aqui mesmo? - Vem pro consultório- ele diz e eu o sigo- - Bem... Bia. Eu e a Mia temos que ir certo? - Lucy diz cutucando a Mia- - Eu vou ficar mais um pouquinho, amiga- disse Mia hipnotizada pelo Doutor- - Nós vamos agora. Tchau, Bia.- diz Lucy puxando a Mia- - Tchau. - eu digo acenando para as duas- °°°•°°°
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