Princesa Catarina

Capítulo 3

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O corpo foi envolvido em um caixão de chumbo e então colocado dentro de um caixão de madeira, forrado com folhas aromáticas. Em cima do caixão, foi colocada uma efígie de madeira com o rosto da rainha e trajando suas roupas. A intenção é que Briana parecesse viva foi alcançada com sucesso.

 Logo depois, o corpo de Briana foi removido para a capela, onde todos os membros de sua câmara, damas e cavalheiros, despiram-se de seus ricos pertences, vestindo trajes de luto e ajoelhando-se sobre sua falecida rainha, durante a missa e sermão que se seguiram.Belomy foi o último a sair de perto do corpo de sua amada esposa.

— Eu te amo, Briana e serei para sempre seu. Nada e nem ninguém me fará quebrar as promessas que fiz a você. - finaliza com um beijo na testa gélida de sua amada esposa.

Seu corpo foi enterrado sob o altar de pedra no santuário da Capela Real do palácio com o coração do Rei.

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O magnífico batismo foi realizado na igreja Observant. O local estava a certa distância do Palácio e também havia sido onde Belomy I fora batizado.

A localização em si, foi uma estratégia para evitar a grande aglomeração dos súditos do Rei, já que a maioria da população havia marcado presença no funeral da Rainha.

Uma grande fonte de prata foi colocada no grande palco octogonal na igreja. A fonte foi forrada com linho macio para garantir que o metal não prejudicasse o bebê Real, e o palco estava coberto com tecidos em vermelho e azul.

Nas portas da ala oeste, onde a procissão entraria, foram pendurados tecidos de ouro.

Os arautos carregavam seus tabardos. Atendentes e serviçais, carregavam tochas apagadas. Lordes e Ladies vasilhas de ouro com sal, para o exorcismo da criança; bacias grandes de prata dourada, onde os padrinhos poderiam lavar os vestígios de óleo santo com o qual a criança foi ungida, um tecido chrisom, para ser anexado sobre a coroa na cabeça do bebê, após ter sido ungido, e uma vela que seria acesa após o batismo ser concluído.

Catarina foi carregada pela Duquesa de Winterlys, e a longa cauda de seu vestido de cetim branco, por três pariatos e pariatas de sangue nobre. Quatro barões seguraram um dossel sobre ela. Ela foi batizada pelo Cardeal de Duthaich, e os Duques de Winterlysque foram seus padrinhos. O bebê foi três vezes mergulhado na água da fonte. Em seguida, a vela foi acesa. Neste momento, todas as tochas foram acesas; os arautos colocaram seus tabardos (vestes especiais) e trombetas e soaram em homenagem à Catarina Regina de Wilkinson, a Princesa de Duthaich.

A procissão foi escoltada por mais de 500 portadores de tochas. Após concluída, a pequena Catarina retornou aos seus aposentos. Lá, o rei recebeu alegremente sua filha e ofereceu bebida aos convidados. Gradualmente, eles foram indo embora, deixando apenas o pai com sua filha.

— Majestade – chama Ana, Duquesa de Winterlys, emocionada — Saiba que toda a ocasião foi perfeita. Não faltou nada.

—Milady, quem me dera – alega Belomy observando a filha que agora adormece em seu braço — Para mim, faltou tudo.

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O serviçal terminava de amarrar o traje de luto de Belomy que se encarava no espelho, sério. Aquela é a primeira vez em que presidirá uma sessão do Parlamento após a morte de sua esposa. As portas de seu aposento se abrem, atraindo sua atenção em direção a Giuseppe de Câmaro, Barão de Câmaro.

—Majestade – fala Câmaro inclinando a cabeça em direção ao rei.— Os nobres já o aguardam.

—Avise-os que estou pronto – responde Belomycolocando a coroa sobre sua cabeça.

—Mas Majestade – começa o Barão surpreso — Tem certeza de que usará preto durante a audiência?

—O que tem a cor dos meus trajes, LordCâmaro? – questiona Belomy sério.

— Vossa Majestade, perdoe-me pela indiscrição, mas conforme o protocolo real, o senhor poderia usar os trajes de luto durante três meses. E já estamos entrando no sexto mês...

— Barão, peço que entenda uma coisa... – começa Henrique se aproximando do nobre. Ele segura os dois ombros de Giuseppe, firmemente — Levarei esta tradição comigo para sempre, em memória de Briana. O meu coração está partido pela perda do meu grande amor e não há espaço para cores dentro de mim. Se dependesse apenas de mim, jamais regressaria a corte.

— Majestade – chama o barão, surpreso — Se este é o seu desejo, então por que convocou a todos para uma audiência?

— Apesar dos meus sentimentos, preciso lidar com certos assuntos definirão o futuro de Duthaich. – responde Belomy se afastando do nobre.

—Quais assuntos, Majestade? – pergunta Câmaro, curioso.

— Saberá durante a sessão, como todos – responde Belomy, enigmático.

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 Nós estamos cientes de que o matrimônio de Vossa Majestade foi por amor – começa o Duque de Winterlys diante da Câmara dos Lordes sendo observado também por Belomy — Algo único durante todos esses anos da Dinastia Wilkinson. Porém, meu rei, temos de ser práticos. Seu casamento por amor pôs em risco sua soberania, devido a demora em ter uma criança que fosse capaz de sobreviver. Além do fato que a nova criança ainda corre o risco de também não se manter... viva até a plena idade.

— Aonde está querendo chegar, Henrique? – questiona o Rei, curioso.

— Todos nós acreditamos que é necessário que este novo enlace...

— Novo enlace? – questiona Belomy, surpreso com a proposta.

—É claro que o senhor ficou inegavelmente triste e abatido com a morte de sua esposa e lembrará dela pelo resto de sua vida .Porém, és um monarca precisa ser pragmático. O senhor ainda não possui seu herdeiro varão, está apenas contando com a boa saúde de uma... menina. – explica o duque, cauteloso. Ele se aproxima com uma lista nas mãos — Nós separamos alguns nomes de jovens nobres locais que talvez lhe interessem para o segundo matrimônio. Leia com cuidado e que vença a melhor.