Capítulo 8

1048 Words
Pedro Henrique Charles de Winterlys observa encantado a entrada do palácio dos Wilkinsons, enquanto seus pais debatiam a respeito daquela visita tão importante para o menino de traços fortes e a inigualável pele n***a dos Winterlys: — Todos sabem que os Wilkinsons estão a beira da pobreza... – começa Anna observando a vista — E estão levando Duthaich junto. Belomy precisa de aliados ricos... — Ainda mais agora que Thomas declarou guerra para reivindicar o trono já que o Rei Belomy não gerou o herdeiro. – Complementa o Duque de Winterlys — Ele precisa de nós para impedir que Thomas tome o trono. Se entrarmos na guerra por ele, os outros reinos também o farão. — E nós precisamos dele para colocar o nosso filho no trono – finaliza Anna sorrindo para o marido — Aposto que ele declarará o nosso filho seu herdeiro... — Eu já prefiro esperar para ver o que o nosso Rei quer conversar conosco – fala o Duque , sério. A porta da carruagem então se abre e eles são recepcionados pelos lacaios do Rei Belomy. — Bem vindos a Wilkinson – fala um dos servos fazendo reverência aos duques e Pedro. O menino continua admirado com a beleza do lugar, muito diferente do Castelo frio e rochoso em que vive com os seus pais, apesar da abundante riqueza do ducado. A caminhada continua pelo palácio até serem conduzidos a sala do trono , onde o Rei Belomy os espera. — Altezas, O Rei Belomy I. — anuncia o lacaio. Os Duques fazem uma reverência em direção ao Rei que balança a cabeça em direção a eles. — É uma honra visitar esse belíssimo palácio mais uma vez, Majestade - elogia o Duque sorrindo em direção ao Rei — Então como podemos servir ao senhor? Belomy se levanta do trono e caminha em direção aos Duques ao mesmo tempo, em que diz: — Thomas Loxerforth declarou guerra, tal qual você imaginou, Duque de Winterlys. Ele reivindica o trono. Suas tropas em breve estarão em nossas fronteiras. Chamei-os aqui porque preciso saber se minha família poderá contar mais uma vez com os nobres soldados de Winterlys. — Majestade, seria uma honra para nós, mas Loxerforth não declarou a minha família - diz o Duque — Logo, entrar em uma guerra ao qual não fomos convocados seria um tanto... imprudente. — Entendo o seu posicionamento, milorde, mas saiba que um ataque de Loxerforth a minha coroa será apenas o começo... Ele também vai atacá-lo e você estará sozinho... Esse é o momento para atacarmos todos juntos. Domhnall já está ao meu lado, preciso saber do seu posicionamento. — Não é que eu não deseje estar ao seu lado em mais uma batalha, mas qual a garantia? O que ganho entrando em uma guerra que nem ao menos foi declarada ao meu povo? - questiona Duque demonstrando claramente suas intenções. — Vocês sabem que foi sempre de meu interesse formar uma aliança entre nossas famílias. Talvez seja por esse motivo que Deus me concedeu uma filha para que assim possa realizar um casamento entre a princesa Catarina e o filho de vocês, o Conde Pedro de Winterlys - propõe o Rei encarando o menino.— Chamem Lady Margaret e peça que traga a princesa. O servo sai deixando os quatro na sala a espera da princesa e sua Dama. Após alguns minutos as duas surgem, a menina passa a mão no vestido verde ao mesmo tempo, em que ajeita seu cabelo loiro e então para na frente do menino realizando uma reverência. Pedro observa a princesa e como seus traços contrastavam com os dela. Raramente vira uma menina tão delicada e, ao mesmo tempo, tão desarrumada. — A princesa está bonita - elogia a Duquesa encarando a menina com certo desprezo — Apesar de parecer que acabou de acordar... Lady Margaret, tirou a princesa da cama? — Não , Alteza, a princesa já está acordada há algum tempo. Ela estava passeando pelo jardim quando foi chamada - mente Margaret. — Passeando pelo jardim, ou rolando no jardim? - questiona Anna. — Como sabem minha filha é o bem mais precioso hoje no mercado matrimonial , quando anunciarmos sua mão, tenho certeza que muitos se apresentarão para mim sem ao menos precisar barganhar - fala o Rei — Porém, estou querendo que o matrimônio fique entre nossas famílias para mostrar o quanto a nossa união é forte. — Pois bem , Majestade. Saiba que ficamos honrados com a proposta - começa o Duque — Porém, temos uma condição. — Temos? - questiona Anna encarando o marido. — Sim, temos, minha senhora - reforça o Duque. — Meu filho também é um forte candidato no mercado matrimonial e herdará um dos maiores reinos dentro de Duthaich, ele precisa de uma garantia de que não perderá seu direito de governar. — Claro que não perderá, esqueceu do que fiz para você? - questiona o Rei — Se hoje você é um Duque foi porque apoiei e endossei junto ao Conselho , apesar de Anna ser a herdeira direta. — E sou muito grato , Majestade - responde o Duque — Bem como minha esposa. Porém, desejo que meu filho não só governe Winterlys, mas que também seja visto como Rei de Duthaich. — Enlouqueceu? - questiona o Rei bravo.— Como se atreve a pedir tal coisa? Minha filha será a soberana, a única soberana. — Você deseja meu exército? Minha cavalaria? Meus soldados?- questiona o Duque — Meu filho é a sua última esperança, mesmo que você tente dizer que não. Então, se quiser tudo isso, declarará meu filho também como Rei de Duthaich governando em pé de igualdade com a princesa Catarina. Quando o Rei propuser ao meu filho isso, aí sim, falaremos de casamento. Antes disso, não poderá haver uma aliança. E você, Majestade, enfrentará Thomas Loxerforth sozinho. O Ducado de Winterlys preferirá esperar que Thomas se vire contra nós , se é que algum dia o fará. — Você então está se recusando a entrar em guerra pela coroa?- questiona O Rei. — Não , Majestade. Estou dizendo que entrarei na guerra , caso o senhor faça essa proposta de casamento. Só cabe ao senhor decidir; entrará em guerra com o meu apoio, ou sozinho?

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