Casada com a po**a do perigo - MORR0

Don do morro dos macacos A lua brilhava alto no rio de janeiro naquela noite de verão, uma superlua, mais conhecida como lua vermelha, seria um cenário perfeito para os amantes andarem de mãos dadas pelas ruas se não fosse o simples motivo que as ruas também estavam vermelhas só que manchadas de sangue. A mais de 75 dias a guerra estava instaurada entre as duas maiores facções, de crime organizado do Rio de janeiro, a guerra que começou nas comunidades havia ganhado as ruas, manchando o nosso lindo cartão postal. Eu olhava o mapa da cidade com toda a atenção, me lembro de quando eu e alguns amigos fundamos a facção CD a primeira organização do crime de todo o Brasil, éramos só nós, sem inimigos, aquilo era uma verdadeira calmaria, existia briga? Existia, existia guerra existia, mas tudo era resolvido em um único embate, apanhava quem tinha de apanhar morria quem tinha que morrer e acabou, naquela época polícia tinha honra, não invadia casa de trabalhador muito menos esculhambar a favela, Não tinha gente usando drogas na rua, tudo era dechavado. Drogas lixo como crack era proibido a entrada no nosso paraíso, aquilo transformava as pessoas em zumbis, como em São Paulo, Algumas áreas de São Paulo haviam virado o paraíso dos noiado, e dos cracudos. O Crack é a cocaína solidificada em cristais. O nome deriva do ruído peculiar que se produz quando o cloridrato de cocaína é aquecido. Resumindo o Crack e o que sobra do refino da cocaína = Lixo Mas aos poucos essa maldita droga chegou ao Rio e junto a eles a ATA ( ATA - uma facção criminosa de São Paulo) Eles ficaram nos lugares onde nós não tínhamos controle, mas começaram a crescer. Aos poucos a nova droga foi ganhando espaço e em menos de 2 anos tínhamos uma legião de zumbi ganhava as ruas do RJ Tivemos que fazer mesmo, usar o lixo do refino da coca Mas isso foi só o início das brigas reais por território começou, não só por território, carregamentos de armas ou drogas via terrestre, eles começaram a roubar a nossa carga que vinha via terrestre. Me causando prejuízo de milhões. Então entramos em guerra, o problema e que essa p***a já demorou tempo demais pessoas inocentes estão morrendo feito moscas Ontem uma mãe com um bebê no colo foi atingida enquanto corria no meio da multidão. O bebê caiu com a mãe e ficou lá chorando em meio ao sangue, foi retirado de lá horas depois por policiais. Essa imagem viralizou, foi capa de vários jornais no mundo todo. O mundo ficou horrorizado com a morte da tal mulher E eu? Eu estou totalmente destroçado, sem chão, meu mundo está totalmente destruído, aquela mulher,aquele bebê era minha esposa e filha. Passei dois dias sem beber e sem comer, não deixava de me sentir culpado pela morte dela, podre por dentro, estava um caco de homem, precisava que a guerra acabasse a qualquer custo. Márcia não era só o amor da minha vida, era ela a cola que mantinha inteiro, nós conhecemos em uma noite de tiroteio a uns anos atrás, em uma troca de tiros com a polícia atingiram minha perna de raspão e ao pular de uma lage para outra, desequilibrei e cai em cima das telhas do quarto dela. A menina estava dormindo e encolheu na cama agitada. Aqueles olhos cor de jabuticaba me olharam com medo, e eu me apaixonei como nunca antes. Foram meses tentando convencê-la a namorar comigo. Ficamos juntos por dez anos, e ela me deu dois filhos, Artur e Helena. Aquela mulher me me deixou sozinho no mundo e eu estava afundado na minha dor L A meu braço direito, meu gerente, estava sentado na minha frente, estávamos acordados a várias horas. Meu velho pai estava em uma outra poltrona com minha filha Helena dormindo em seu no colo. -A tem que invadir patrão, se vingar f**a morte da Márcia, eles queriam isso aí te destabilizar. - Tião batia com a pistola na coxa -Eu só quero acabar com essa guerra, quantas crianças mais vão ficar sem as mães. Meu velho pai que normalmente não abre a boca disse: -Se você só parar de atacar daqui a pouco a outra guerra meu filho, você precisa de aliados,não de inimigos declarados. -Coe vó - Tião vira pro meu pai - A gente tem que chegar arregaçando e matar geral família e sagrado. -Márcia não era o alvo, e sim os vapo que estavam descendo de moto. Foi um acidente, trágico mas um acidente. Precisamos de uma aliança forte, e vocês terão um império, vá por mim. -É como vou fazer isso? -Pergundo. O outro lado, o Marquinho deve estar querendo acabar a guerra tanto quanto você Não tem um ser vivo nesse Rio de Janeiro, que esteja feliz com essa situação, já tivemos mais de 700 mortes, o que vocês querem mais? Algo tem que ser feito para acabar com esse m******e. E sua filha é a chave disso. Tião e eu rimos zombando do velho - Minha filha? Pai, Helena só tem seis meses, como ela iria ajudar? -Simples, um acordo que os antigos faziam para unir nações, o casamento. -O Vô ficou gagá, velho, a menina só tem seis meses. E o filho deles tem 10 anos? -O menino tem três anos, é falante e inteligente, eu mesmo o vi, meu filho, você terá paz para reconstruir tudo o que perdeu com a ajuda -Minha filha não é mercadoria? -Mas é uma bela moeda de troca para uma aliança. -Isso é uma loucura - Tião resmunga - Você acha que estamos em que época? Aqui não tem rei e rainha para ter casamento arranjado -Mas temos um príncipe e uma princesa do tráfico porque não há um casamento arranjado !? -Essa p***a vai dar merda!? - Tião resmunga. -Ou pode dar muito certo, filho, pelo que eu fiquei sabendo o outro lado está tão abatido quanto nós, porque medir forças se podemos nos unir e tirar proveito disso? Eu olho para minha pequena Helena dormindo no colo do avô. -Marca um encontro com o Marquinho e seja o que Deus quiser.