Ele se ergue, mas seus braços permanecem ao meu redor, firmes como amarras invisíveis. Seus malditos lábios se curvam em um sorriso preguiçoso, como se estivesse no controle absoluto da situação. ─ E não fique ofendida. Gazela é como chamamos, carinhosamente, nossas mulheres... ─ Ele faz uma pausa, os olhos fixos nos meus. ─ Quando nos olham com esses olhos tão expressivos, demonstrando o quanto estão afins de nós. Ou, como no seu caso, assustados. Suas palavras me atravessam, mas é "nossas mulheres" que faz meu sangue ferver. Meu corpo reage antes que eu perceba. Ergo o braço, pronta para acertar sua cara arrogante. Ele, no entanto, é rápido demais. Segura minha mão no ar e ri, um som baixo e provocador. ─ Adoro essa brincadeira de gato e rato. ─ Sua voz é grave, carregada de divertime