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Tudo por você

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"Marcela sempre acreditou que o amor verdadeiro era simples e puro – até descobrir a dura realidade de um coração partido. Aos 12 anos, apaixonada por Marcelo, ela vê seu mundo ruir ao flagrá-lo nos braços de sua irmã mais velha. Silenciosa e magoada, Marcela decide partir, deixando para trás as expectativas infantis e buscando um novo começo. Entre segredos e arrependimentos, todos ao seu redor precisarão lidar com as consequências de suas escolhas. Será que o tempo e a distância serão suficientes para curar as feridas invisíveis do amor não correspondido?"

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Capítulo 01: Amor Não Correspondido
Marcela, uma garota de 12 anos, nutria um amor profundo e inocente por Marcelo, um rapaz de 18 anos, amigo da família. Para ela, Marcelo era o príncipe encantado, seu primeiro e único amor. No entanto, Marcelo sempre a tratava como uma criança querida, uma irmãzinha mais nova. Ele sorria gentilmente quando Marcela o olhava com os olhos brilhando de paixão, mas nunca imaginava a intensidade dos sentimentos dela. O grande dia chegou: o aniversário de Marcela. Ela estava radiante, com um vestido simples, mas bonito. Enquanto os convidados conversavam e riam no jardim, Marcela procurava uma oportunidade de ficar a sós com Marcelo. Seu coração batia forte. Era hoje que ela iria se declarar. Assim que encontrou Marcelo afastado dos demais, com coragem e um pouco de nervosismo, ela se aproximou e o chamou: – Marcelo... Marcelo! – Sua voz saiu suave, carregada de esperança. Marcelo sorriu para ela, surpreso com a intensidade no olhar da menina. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Marcela confessou: – Eu amo você. Desde sempre. Você é tudo pra mim. O rapaz a olhou por um momento, sem saber o que dizer. Ele sorriu, um sorriso gentil, mas desajeitado. – Marcela... você é incrível. Mas... – começou ele, escolhendo com cuidado suas palavras. – Eu sempre te vi como uma irmãzinha. Ela sentiu o coração apertar com a rejeição implícita, mas Marcelo tentou suavizar: – Olha, vou te encontrar depois para te dar um presente especial, ok? Marcela, com um brilho renovado de esperança, virou as costas sorrindo: – Estarei esperando! --- O Momento da Descoberta Marcela aguardava ansiosamente pelo momento em que Marcelo traria seu presente. Minutos se passaram, depois uma hora. Preocupada, ela começou a procurá-lo pela casa. Primeiro, deu uma volta pelo jardim, mas não encontrou sinais dele. Voltando para dentro, ela avistou seus pais conversando com alguns convidados e aproveitou para perguntar: – Vocês viram o Marcelo? – Ah, ele subiu para o andar de cima – respondeu um dos convidados casualmente. Marcela sentiu um frio na barriga. Algo estava errado. Sem pensar duas vezes, subiu correndo as escadas em direção aos quartos. Ao chegar no corredor silencioso, ouviu risos abafados vindo de um dos quartos. Curiosa e com o coração apertado, ela se aproximou da porta entreaberta e espiou para dentro. O que viu a deixou paralisada: Marcelo estava ali, nos braços de sua irmã mais velha. Eles se beijavam e riam, completamente alheios ao mundo lá fora. O que para Marcelo era apenas um momento de amor juvenil, para Marcela foi como um golpe no coração. Sem conseguir controlar as lágrimas, ela saiu correndo, com os passos ecoando pelo corredor vazio. Ninguém percebeu sua fuga desesperada. Ela cruzou o jardim e se escondeu em sua casinha na árvore – seu refúgio secreto desde a infância. --- Sozinha com a Dor Na solidão da casinha da árvore, Marcela chorava silenciosamente. O mundo parecia desmoronar ao seu redor. O amor que ela tanto idealizara não apenas a rejeitara, mas também escolhera sua irmã. Sentia-se traída, magoada e perdida. Ela ficou ali até o anoitecer, enquanto a festa continuava ao longe, como se nada tivesse acontecido. Seus pais e convidados riam e dançavam, alheios ao sofrimento silencioso da menina. Nenhuma palavra poderia descrever o vazio que crescia dentro dela naquele momento. Quando a noite caiu e o som da festa começou a diminuir, Marcela permaneceu na casinha da árvore. Era como se o tempo houvesse parado. O dia, que deveria ter sido feliz e cheio de lembranças boas, se transformara em uma dor que ela levaria para sempre no coração. --- Marcelo – Confusão e Silêncio Desde que tinha 17 anos, eu estava apaixonado por Luana. Nosso namoro começou em segredo, porque queríamos manter tudo em silêncio até que estivéssemos prontos para contar. Luana era o meu mundo, e nada parecia mais certo do que estar com ela. O problema é que nem tudo permaneceu oculto por muito tempo. Na noite do aniversário de Marcela, tudo mudou. Não sei como, mas ela nos viu. A porta estava entreaberta, e acho que não percebemos sua presença ali. Desde então, Marcela não foi mais a mesma. A menina doce e sorridente, que sempre me tratava com tanto carinho, simplesmente desapareceu. Nos dias que se seguiram, a distância entre nós ficou evidente. Luana tentou conversar com ela. Eu sabia que minha namorada estava preocupada – afinal, Marcela sempre foi muito próxima dela. Um dia, ela me disse, preocupada: — Acho que ela sabe... E está magoada com você. Luana sabia do amor infantil que Marcela nutria por mim. Eu tentei não dar tanta importância a isso no passado, achando que era apenas uma fase. Agora, porém, parecia que essa fase tinha se transformado em mágoa e silêncio. --- O Silêncio de Marcela No dia seguinte, fui até a casa delas, como de costume. A família estava toda reunida na sala de estar. Cumprimentei os pais de Marcela e Luana com um sorriso, tentando manter a normalidade, mas logo percebi que algo estava fora do lugar. Marcela estava diferente – o olhar distante, sem brilho. — Com licença — disse ela, se levantando abruptamente da sala. — Tenho atividade para fazer. Todos ficaram em silêncio por um momento, observando-a sair. Sua mãe franziu o cenho, e seu pai me olhou de lado, claramente preocupado. Marcela costumava ser o coração alegre da casa. Ver aquele sorriso dela desaparecer tão subitamente deixou todo mundo desconcertado. Eu precisava falar com ela. --- Tentativa de Conversa Subi até o quarto dela naquela mesma tarde, decidido a resolver o que quer que estivesse acontecendo. Bati na porta algumas vezes, mas tudo que recebi foi o som abafado da voz dela: — Estou ocupada. Fiquei ali parado por alguns segundos, encarando a porta fechada, sentindo o peso do silêncio que parecia cortar o ar. Eu queria que ela entendesse que eu nunca quis magoá-la. Mas agora, parecia tarde demais. Sem outra opção, saí da casa naquela noite, com um nó apertado no peito. --- O Pedido de Partida Foi no escritório do pai dela, Fábio, que tudo aconteceu. Marcela entrou lá naquela noite e, com a voz firme e decidida, disse: — Eu quero ir embora. Os pais dela ficaram em choque. — Ir embora? Mas por quê? — perguntou Fábio, confuso. — Eu preciso de um lugar diferente. — Foi a única explicação que ela deu. A mãe dela tentou intervir, a preocupação evidente em seu rosto: — Marcela, querida, o que está acontecendo? Isso tem a ver com o que você sentiu depois do seu aniversário? — Eu só quero ver meus avós e meu tio Júlio. — A resposta veio fria e direta. Depois de muitas tentativas e argumentos, finalmente cederam. Foi o próprio Júlio, tio de Marcela, quem interveio por telefone, convencendo Fábio a permitir a viagem. Mesmo com relutância, os pais dela acabaram concordando. Eles pensaram que o tempo distante talvez a ajudasse. Mas foi um choque quando Marcela anunciou: — Estou partindo amanhã de manhã. Já está tudo arrumado. --- As Reações de Cada Um A mãe de Marcela ficou visivelmente abalada, com lágrimas nos olhos. Era difícil para ela aceitar que a filha queria partir assim, quase sem aviso. Fábio, por outro lado, tentava manter a compostura, mas sua expressão endurecida deixava claro que ele não gostava da ideia. Luana ficou em silêncio, olhando para o chão. Eu sabia que ela se sentia culpada. Talvez se tivéssemos sido mais cuidadosos, talvez se eu tivesse lidado melhor com os sentimentos de Marcela... Tudo parecia ser nossa culpa agora. Eu não conseguia acreditar que ela estava realmente indo embora. A ideia de não vê-la mais, de não ter a chance de explicar tudo, me deixava inquieto. Naquela noite, voltei para casa com o coração pesado. Não havia nada mais que eu pudesse fazer. Marcela tinha feito sua escolha, e tudo o que restava era aceitar sua partida.

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