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Ménage$ 2

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Blurb

Emily vê sua vida virando de cabeça para baixo após a tragédia ocorrida no final do primeiro livro. Agora, sendo humilha em um presídio de segurança máxima, sem notícias do marido que foi baleado, e sem paradeiro da sua filha que, até o último momento visto, estava nas mãos da polícia, ela se vê sendo obrigada a ser forte, por ela, e pela família que acabou de construir. Mas o peso na consciência e o julgamento alheio a deixa sem forças para lutar. E agora? Será que a "bonequinha de porcelana" , "patroa de Paraisópolis" irá aguentar passar por todas essas dificuldades sem o seu "ogro preferido?". Leia Ménage$ 2 e descubra.

* ATENÇÃO *

Obra devidamente registrada. Conformei a lei, é ilegal repassar o livro sem a autorização do autor. Não contribuo com o compartilhamento em PDF e não aceito adaptação dessa obra. Plágio é crime.

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Capítulo 1
Emily Olho atordoada para o outro lado da rua e vejo um carro preto blindado sair rápido e uma viatura da polícia perseguir atrás. Delegado: PRECISAMOS DELE VIVO, CHAMEM UMA AMBULÂNCIA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL - Gritou no meio da confusão Eu continuava tentando me soltar do policial mas não adiantava de nada. XXX1: Ele não tá respirando - Disse outro policial. Delegado: Merda! Parem de filmar. Os repórteres abaixaram as câmeras, alguns se dirigiram até os carros para irem embora com medo, já outros estavam ali fingindo que nada aconteceu. Delegado: Puxem as câmeras de segurança dessa avenida inteira e me tragam a placa daquele carro. O policial que estava me segurando me jogou igual um saco de lixo no porta mala da blitz. Eu já estava ficando sem ar aqui dentro. Eles dirigiam igual loucos e davam risadas do meu choro. Policial1: Quero ver como que essa daí vai comandar Paraisópolis junto do marido nojento dela agora. Meu Deus! Desde quando eu, Emily Santory, comando Paraisópolis? Esses policiais são loucos, eles inventam qualquer situação que você não tenha feito, para poder te incriminar. Policial2: Se foderam bonito. Para mim, vai ser uma benção se aquele filho da p**a for para o inferno, o desgraçado já mandou matar um parente meu. Policial3: Aquele já é acostumado a ter o controle de uma boa parte de São Paulo, vamos ver se ele é o machão agora, com o pé na cova e faltando centímetros para ficar atrás das grades. Não dou ouvidos para nada que eles falam, só consigo chorar pensando na Lara e no Farinha. *** 1 hora depois... Seguro a placa com o artigo enquanto eles tiravam as fotos, isso é tão humilhante. Policial1: Sairiam melhor se você estivesse sorrindo - Zombou. Emily: Seu tosco, eu não tenho motivos para sorrir. Policial1: Desacato a autoridade - Fala e em seguida bate no meu rosto. Policial2: Deixa isso com eles, melhor não sujar tuas mãos - Sussurra. Policial3: Vem, tem gente te esperando - Me puxa pelo braço e me leva até uma sala. Meu estômago embrulha quando eu vejo o tanto de gente r**m que tem aqui. Melissa, Rute, Sr. Osvaldo e uma agente que estava na recepção do réveillon. Agente: Por favor, pode colocá-la nessa cadeira - Aponta. O policial me leva até a cadeira, encaro Melissa e Rute que estão com um sorriso estampado no rosto, e o velho também. Melissa: Eu não aguentava mais esperar por esse dia, não sabe quantas noites eu passei em claro pensando no que o desgraçado do seu marido me fez passar naquele maldito réveillon! Emily: Eu não tenho nada haver com o que ele te fez - Falo e abaixo minha cabeça. Melissa: Ah, não tem não? Você é muito inocente - Ri - Aqui não tem nenhum i*****l, para de querer bancar a santa. Você matou o meu homem e vai pagar caro por isso, eu não estou sozinha nessa, todo mundo aqui tá movendo céus e Terra para você apodrecer na cadeia. Todos haviam se juntando contra mim e o Farinha, tá explicado tantas invasões, esses miseráveis compraram a polícia de São Paulo inteiro. Rute: Inclusive eu - Diz firme. Emily: Eu juro que eu não tenho nada haver com a morte da Rafaela, não teve um dedo meu, não foi obra minha, eu não iria conseguir fazer uma coisa daquela nem com o pior ser humano do mundo, muito pelo contrário, eu tentei ajudar a garota e livrei ela de uma surra enorme, mas ela se envolveu com os bandidos e se deu m*l, eu ajudei e dei conselho, talvez se ela estivesse me escutado, ela estaria viva. Rute me olhou curiosa mas não perguntou nada, apenas continuou a falar. Rute: Pelo visto vocês não sabiam que o o meu tio é promotor, e estar a par de toda a situação, me ajudando atrás de justiça, é claro. Emily: Olha Rute, não sei se isso te conforta ou te assusta, mas dentro da comunidade ninguém segue a lei de promotor, ninguém lá dentro tem medo das autoridades, então não fala muito porque boca fechada não entra mosca, e mais uma vez, Rafaela se perdeu sozinha, eu não fiz nada com ela. Rute: Mas seu "maridinho" de meia tigela fez, e como ele está na beira da morte quem vai pagar é você. Emily: Eu não posso pagar por algo que eu não fiz. Agente, isso tá errado - Olho pra ela desesperada. Osvaldo: Por mim, você nem pagaria nenhuma pena e sim morreria hoje mesmo, pena que precisamos de você viva. Nunca gostei de você mas também nunca imaginei que tivesse tanto ódio aí dentro capaz de matar o meu filho, que morreu te amando, foi naquela favela tentar te trazer de volta, mesmo estando com a Melissa ele sempre sentia sua falta. Olho para Melissa que nesse momento está com a maior cara de cu. Emily: Se ele me amava daquele jeito, imagina se não gostasse de mim - Falo baixo - O Breno nunca foi quem o senhor pensa, pode acreditar. Osvaldo: Independente do que ele era, não merecia um fim como aquele, Breno tinha um nome a zelar, e você é uma qualquer, acabou com a vida dele por nada. Emily: Não foi bem assim, eu não matei o Breno porque eu tive vontade - Falo fungando. Agente: Então como foi? Nos conte - Diz pegando papel e caneta. Já estão se aproveitando demais, não precisa entender muito de direito para perceber que tudo isso tá errado, me levanto da cadeira prestes a sair da sala. Emily: Eu não dou mais uma palavra sem o meu advogado. Eles se olham e o pai de Breno quebra o clima de silêncio. Osvaldo: Apliquem um sedativo, o mais forte que tiver e tranquem ela. Emily: O QUÊ? - Pergunto gritando - Pelo amor de Deus, esse velho comprou todos vocês? É isso? Agora vocês fazem tudo que ele mandar? Inacreditável! - Falo indignada olhando para a agente e os policiais que me trouxeram. Osvaldo: O mundo é de quem tem dinheiro, cara Emily. Te espero na audiência. Emily: Audiência? Eu não tô entendendo mais merda nenhuma, alguém vai me explicar alguma coisa? - Permanecem calados - Ninguém? Agora ele tem mais autoridade do que o delegado ou qualquer outra pessoa que passou anos em uma faculdade para está trabalhando aqui? O policial me puxa bruscamente e mete a agulha com tudo no meu braço. Policial1: Deixa de ser abusada, garota! Emily: É apenas a verdade, seus vermes. Ele sai me arrastando pela delegacia e me leva até um canto pequeno e cheio de grades. Me joga em uma das celas escuras e vai embora. Pelo o visto, não vou poder ligar para um advogado, droga! Espero que o Terror mande um aqui urgentemente. Choramingo no canto da cela, é um lugar minúsculo demais, acho que não deve caber nem duas pessoas aqui. Não demora muito para toda a minha vista escurecer e eu apagar. *** Publicado dia 1 de Setembro de 2021, ás 11:05.

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