Um amor do passado outra vez

Dessa vez vai ser diferente

Muito longe dali Henrique, tenta relaxar na poltrona que ocupa na primeira classe em um voo de Nova York para Seattle, em pensar que de lá ainda vai ter uma longa viagem de carro até Forks e de lá até o bando floresta n***a, onde era esperado que ele assumisse o trono e se torna-se o rei Alfa e governasse todos os lobisomens.

Henrique tinha completado nessa vida dezoito anos, e já estava esperando pela jogada dela, e era nisso que ele estava pensando agora.

Séculos atrás ele chamou atenção da deusa da lua, que lhe agraciou com um lobo mais poderoso que já existiu, e criou um laço inquebrável entre ele e sua filha Stefany, e esse laço evoluiu para o mais forte amor.

Mesmo agora séculos depois e vidas mais tarde ele ainda se lembrava do cheiro dela, da sensação de tê-la em seus braços, e também se lembrava da primeira vez que ele a perdeu, a dor foi tão insuportável que ele enlouqueceu.

Mas o seu amoroso pai o havia amaldiçoado, por escolher o caminho da luz, e ele foi condenado a renascer lembrando de tudo da sua vida anterior, mesmo quando era um bebê de colo Henrique se lembrava da dor de ter perdido o grande amor da sua vida.

E ela assim como ele renascia, mas não se lembrava dele, ou do amor dos dois, porém o laço que os unia os puxava um para o outro e eles acabavam se amando outra vez.

Porém uma coisa não mudava, ela sempre escolhia se sacrificar, para salvar a vida daqueles que nem valor davam a ela, ela sempre escolhia morrer ao invés de confiar nele, ao invés de ficar por ele.

E foi aí que ele se revoltou, ele não queria amá-la mais, pois para ela era fácil ir embora e deixar ele sofrendo e governando sozinho aqueles por quem ela morreu.

Então três vidas atrás ele se recusou a reconhecer o vínculo, ele a rejeitou assim que a viu, e foi com um pequeno alívio que ele a viu sofrer pelo menos um décimo do sofrimento que ela vinha causando a ele. Mas isso também não mudou o resultado final, e ele teve de assistir ela tomar as mesmas decisões.

Foi então que ela começou a trapacear, duas vidas atrás Stefany renascerá como sua mãe, então ele não pode fugir dela, e foi extremamente doloroso ver a mulher que lhe deu a luz tomar as mesmas decisões, que sempre levavam a morte.

Uma vida atrás ela renascerá como seu melhor amigo, e nem precisa dizer que o final foi o mesmo.

Agora ali estava ele imaginando como a Deusa da Lua ia trapacear dessa vez.

Henrique não tinha mãe ela morreu no parto, ele não tinha amigos, tinha se recusado a escolher até mesmo um Beta isso ficou a cargo do seu pai, e se ela fosse sua companheira ele a rejeitaria não embarcaria nessa jornada com ela outra vez.

Mas ele sabia que a Deusa daria um jeito de colocar os dois juntos outra vez, só não sabia como.

Ele passou os últimos anos estudando fora, o que o irritava extremamente ter que se lembrar da tortura que é ser jovem e ter que aturar a escola, de novo e de novo.

No começo era até divertido já que todas as experiências que tivera na vida anterior o tornava o melhor aluno, o melhor jogador, o melhor monitor, em tudo que ele se prontificava a fazer ele era o melhor.

Mas agora passar por essa fase em que os hormônios estão à flor da pele, o irritava. Ainda seria obrigado a frequentar um ano na escola do bando, pois segundo seu pai ele precisava se familiarizar com os jovens do bando , mas na verdade seu pai nessa que nessa vida era um homem bondoso e justo, nada parecido com seu verdadeiro pai, aquele ser asqueroso que o condenou a tal vida, pensava que talvez isso tornasse Henrique mais humano, mero engano dele, Henrique estava decidido a passar essa vida sem dar chances para que a deusa o envolvesse com Stefany, seja lá qual forma ela tomar dessa vez, Henrique está decidido a fazer seu próprio destino.

A aeromoça que passou o voo inteiro lançando olhares provocadores a Henrique mesmo sendo óbvio que ela devia ter o dobro da sua idade, desperta Henrique dos seus pensando quando toca de leve seu braço e diz:

“Já aterrissamos”, Henrique olha para a mulher com enfado, e mais uma vez se pergunta por que ele simplesmente não se recusou a ser o rei também, afinal o resultado final seria o mesmo, do que importava ser o ser mais poderoso se a única pessoa que devia confiar nele não o fazia.

Se livrando da mulher que ainda mantinha sua mão pousada em seu braço com um rosnado, sorrindo como a humana se assustou e depois ficou com aquela expressão de quem estava duvidando de si mesma, pois para ela não seria possível ele rosnar. Ele se prepara para se encontrar com seu futuro Beta, seu pai o havia escolhido, e ele também não era dali, e pelo que seu pai contou, ele vinha acompanhado de um irmão gêmeo e uma irmã mais nova pois eram tudo o que tinham, já que seus pais haviam falecido em um ataque misterioso de vampiros. Mas segundo seu pai o jovem era excepcional, e com um lobo poderoso o que fazia seu pai acreditar que seria fácil eles sentirem uma ligação de alfa e beta.

Mas o que realmente estava incomodando Henrique era que Thor seu lobo estava se comportando como uma fera enjaulada e se recusava a lhe dizer o que tinha de errado, não que sua relação com Thor estivesse sendo fácil nas últimas três vidas, pois seu lobo não concordava com sua determinação de se manter longe de Stefany, por isso Henrique desconfiava que mesmo que ele sentisse a aproximação dela, ele não comunicaria isso de bom grado a Henrique, mas assim que a visse ele sentiria o laço e a rejeitaria, pensa ele ignorando o rosnado de Thor .