Capítulo 1
Dia do ocorrido.
• Miranda •
Miranda: Mãe, a gente já tá indo, viu. - gritei da porta da sala.
Natália: Indo aonde, raparigas? - apareceu na porta da cozinha, secando as mãos no pano de prato.
Nathally: Comer lanche. - sorriu falsa.
Minha mãe nos olhos semi cerando os olhos, e fez sinal pra gente sair de casa.
Eu e Nath saímos de lá rindo por motivo algum, que nem duas doidas. Estávamos indo encontrar o bofe da Nath, o Kaique, mas conhecido como K1.
Ele é um vapor gostosinho daqui do morro, ficante da Nath. Eles só ficam, mas se amam demais, tá na cara, pô.
Eu só tô indo lá pra segurar vela mesmo, e pra ficar de olho se alguém que trabalha pro meu pai aparecer.
Meu pai não pode nem sonhar que ela tá ficando com o K1, mata o Kaique, e deixa a Nath trancada em casa pelo resto da vida dela.
Meu pai tem um ciúmes enorme de mim e das minhas irmãs. Ele já matou um carinha ai que tirou minha virgindade. Fiquei mó tristinha né? Bofe era mó gostoso, e foi um desperdício enorme meu pai ter matado aquele gato.
Nath entrou no beco que o Kaique já estava esperando ela. Me sentei ali na entrada do beco e fiquei vendo se algum vapor do meu pai aparecia.
Olhei pra trás vendo os dois se pegando na maior melação. Fiz careta voltando ao meu posto, e quando vi um vapor do meu pai se aproximando, dei um grito meio alto, que fez o Kaique sair correndo do beco, e eu ir até a Nath.
O vapor entrou no beco nos olhando estranho, e eu sorri falsa pra ele.
- Tão fazendo o que aqui?
Miranda: Nada ué, só conversando.
Ele ficou me encarando, enquanto eu continuava sorrindo toda falsa pra ele. O mesmo saiu do beco, e a Nath suspirou se apoiando na parede daquele beco estreito.
Nathally: Se ele tivesse visto eu tava fudida. - riu fraco, passando a mão na testa.
Miranda: Te livrei mais uma vez, gata. - empurrei ela de leve. - De noite no baile tu vai ficar de vela enquanto eu pego o Binho.
Nathally: Eu ainda acho que tu vai acabar se fudendo, tá pagando de talarica legal da Melissa. - suspirou.
Miranda: É só algumas sentadas e já era. Até parece que ela não trai ele. - revirei os olhos.
Nathally: O cara tem idade pra ser seu pai, Miranda! E ainda tem uma filha da tua idade!
Miranda: Mas acontece que ele não é meu pai, amoru. - sorri falsa pra ela, que revirou os olhos.
Me encostei na parede de frente pra ela, que ficou me encarando serinha, enquanto eu fazia careta. Ela começou a rir que nem uma cabrita, e eu ri junto.
Eu só escutei o estouro do tiro, e assim que vi a Nathally sangrando, dei um gritão do c*****o.
Fui até ela vendo aonde o tiro tinha pegado, e foi bem na barriga. O sangue já escorria por sua barriga descoberta, e sujava seu shorts todo.
Nathally: Eu....
Miranda: Nathally...ai meu Deus. - gritei quando ela fechou os olhos.
Senti que ela tinha parado de respirar, e me desesperei demais. Não tinha levado o celular, e já era nove da noite.
Sai correndo daquele beco vendo que eu estava toda suja de sangue. Eu já chorava horrores enquanto corria até minha casa.
Assim que entrei, fui direto pra área da piscina, aonde minha família estava.
Minha mãe foi a primeira a me ver, e assim que viu o sangue na minha roupa, correu até mim.
Natália: O que aconteceu, Miranda? Cadê a tua irmã?
Eu não conseguia falar nada, abria minha boca mas nada saia.
Grego: Responde, Miranda! - se agachou na minha frente.
Miranda: A...a Nathally....mataram a Nathally!