Capitulo 5

1695 Words
Mia Observo todos sentados em seus lugares, vou até o aparelho, conecto meu celular na televisão, olho para os três e ligo a TV, logo começam a aparecer as primeiras imagens e depois o vídeo do Nico beijando a vagabunda. Olho novamente para os três e reparo que meu pai se mantém em silêncio e minha mãe fica pálida. — Espero que esteja gostando do vídeo, amore mio. — eu falo com desprezo. Nico me olha e diz: — Mia, não é nada disso que parece ser. — o cachorro tenta inverter a situação. — Não mesmo Nico? Tem certeza que não é você que está fodendo uma vagabunda? — pergunto com ironia. — Claro que não, Mia. É outro homem! — O filho da p**a tenta me fazer de trouxa, sou distraída pela minha mãe que me chama a atenção. — Mia, por favor! Desliga essa televisão. — minha mãe fala. — Ora, vocês não estão vendo que o querido genro de vocês dois está transando com uma p**a? — eu respondo, já ficando nervosa. — Mia, eu te amo muito — ele fala, vindo até mim e querendo me tocar. Dou um passo para trás e digo: — Nunca mais você toca em mim, Nico. — Explodo e olho para o meu pai, esperando ele falar algo, mas não diz nada. — O que o senhor acha, meu pai? — eu pergunto em tom mais brando, não deixando chegarem perto de mim. Meu pai não responde e minha mãe diz: — Mia, eu já te disse, desliga esse vídeo agora — ela me fala, brava. — Eu disse que não. — Agora sou eu a levantar a voz, fazendo todos ficarem surpresos com o meu tom. Olho para Nico e só respondo: — Sabe, Nico, no início eu pensava que te amava, a gente cresceu juntos e namoramos. — tento acalmar a minha respiração. — Mas a gente se ama, Mia — Nico me fala. — Não vem até a mim, Nico, se não eu não serei capaz de responder pelos meus atos. — eu quase grito, olho para o meu pai e digo: — o senhor Paul está quieto, ouvindo tudo e não falando nada, me diga a sua opinião. — pergunto e desligo quando o vídeo termina. — Eu não tenho que falar nada, Mia — meu pai só fala isso. Acho que fiquei doida, não é possível. — Como assim, não tem nada a falar, meu pai — eu comento, já nervosa. — Ora Mia, isso acontece, minha filha. — meu pai me fala num tom tranquilo. — Não acontece comigo, meu pai. Muito me admira o senhor achar normal isso — respondo incrédula e continuo: — Então o senhor quer dizer que acha normal eu casar com esse verme? — Mia, não fala assim do seu noivo — minha mãe me fala, olho para ela e digo: — Noivo? Que noivo? — eu pergunto com ironia. — Eu aqui, seu noivo. — Nico tenta de novo chegar perto de mim e falo em tom bem cortante: — Não somos mais noivos, Nico! — falo, olhando firme para ele. — Mas Mia, você quer terminar seu noivado de anos por uma simples pulada de cerca? — minha mãe me pergunta. Acho que a louca aqui não sou eu e sim eles, meus pais. — Com certeza. Eu termino — respondo e tiro o anel de noivado do dedo. — Mia Lancaster, pode parar com esse showzinho — meu pai me fala e dou risada. — Espera aí. Showzinho? O senhor acha isso um showzinho? Eu pego o filho da p**a do meu noivo com outra mulher e o senhor ainda diz showzinho! Ah, me poupe meu pai — respondo com raiva. — Mia, pare de ser imatura. Isso é normal, amore mio. — agora Nico me fala que é normal ser traída. — Você acha traição normal? — eu olho para ele sem acreditar. — É apenas um vídeo, Mia nada de mais. — ele me fala. — Nico, não é apenas um simples vídeo. É o vídeo de sexo de você com outra mulher! — Eu sei que você me ama, Mia. — Nico me fala. — Sabe, Nico, eu nunca te amei mesmo, já falei isso. Como eu disse, está tudo terminado entre a gente. — com isso me preparo para sair da sala e ouço a voz do meu pai: — Mia, eu ordeno você a voltar com o seu noivo. — Acho que vocês não entenderam, eu sou maior de idade e vacinada. — Eu falei que você vai voltar com seu noivo, Mia! — ele diz em tom bravo. — Não vou e quero ver alguém aqui me fazer voltar para esse traste. — Me obedeça, Mia. — meu pai fala. — Nunca! Aquela Mia que vocês faziam de gato e sapato morreu. — com isso eu saio e deixo todos ali perplexos com a minha atitude e vou em direção do meu quarto. Chegando lá pego minha garrafinha de água e bebo para repor as energias, reparo que não estou mais sozinha. Meu pai está ali e me diz: — Olha aqui, Mia, eu já aturei muito suas criancices. — meu pai me diz. — Criancice? Poupe-me meu pai, eu nunca quis esse casamento. — Pois você não tem o que querer. Agora é melhor você descer e pedir desculpas ao seu noivo e também a sua mãe. — O senhor está brincando, não é? — eu pergunto chocada. — Claro que não, Mia. Você vai descer e pedir desculpas. — ele me fala tranquilamente. É r**m que eu ia fazer isso. — Não vou e o senhor não manda em mim — eu respondo. — Ah, eu mando sim, mocinha. Vou falar com o Nico para apressar o casamento de vocês. Dou risada com a ideia e digo. — Meu pai, eu já te disse que não tem mais casamento. — Enquanto você morar na minha casa, eu mando em você! — meu pai vem até mim, apontando o dedo. O enfrento e digo: — Não precisa se preocupar, eu não vou mais morar nessa casa, como o senhor disse. — Quero saber, como você vai se sustentar? — Não precisa se preocupar comigo, meu pai — eu respondo com ironia. — Preocupado? Claro que não, Mia. Quero ver você se sustentar sem receber nenhuma mesada, virá logo correndo para casa. — Fique tranquilo, eu não preciso do seu lindo dinheiro, estou indo embora. — Com isso eu estou para sair e ele me chama novamente. — Então vai, Mia. Eu verei você voltar e pedir perdão para mim e para o seu noivo. — Nunca vou pedir — eu respondo e solto de uma vez: — Para seu governo, vocês são um bando de homens machistas e isso eu não quero para minha vida, e o senhor não me controla mais. — m*l acabo de falar e recebo um tapa na cara, tão forte que senti o gosto do meu próprio sangue, que escorre. — Nunca mais o senhor encosta a sua mão em mim para me bater. — eu falo limpando o sangue da minha boca. — Mia, olha o que você me fez fazer! Você deveria ter me ouvido e voltar com seu noivo. — Nunca mais eu ponho meus pés nessa casa. — eu digo agora com raiva e continuo a responder: — Pode ficar com esse seu queridinho. Eu saio sem olhar para trás. Desço a escada, passo novamente no escritório para pegar o celular e volto para a sala de estar. Minha mãe está ali sentada com o traste, vem em minha direção e diz: — Eu sei que ouviu seu pai, amore mio. Eu te perdoo. — diz o pilantra. — Acho que você enlouqueceu, Nico. Eu não quero mais nada com você — respondo, colocando um ponto final nessa história e vejo minha mãe vindo em minha direção. Ao olhar no meu rosto ela fica surpresa. — Não acredito que seu pai fez isso! — ela me diz em choque. — Pois pode acreditar! Esse machucado aqui é a primeira e a última vez que me foi feito — digo com firmeza e continuo: — Vim só me despedir da senhora. — Minha filha, como assim veio se despedir? Você vai embora dessa casa? — Sim, seu marido me expulsou daqui, por que eu não quis voltar para esse lixo. — comento apontando o dedo para Nico. — Minha filha reconsidere, fica em casa. — ela me pede como se nada tivesse acontecido. — Você acha que eu vou ficar nessa casa só para fazer a vontade de vocês? — era brincadeira, só pode. — Minha filha, seu pai com certeza se arrependeu de ter dado esse tapa. Logo você se casa. Olho para ela com espanto e penso que eu nem deveria me surpreender, pois ela tratava o Nico como se fosse seu filho. — Acho que não ouvi isso. Eu vou sair daqui por que vocês todos me dão nojo. — respondo e saio de casa. Vou direto para o meu carro e entro nele, saindo da mansão Lancaster. Enquanto eu dirigia pensava: que família era aquela? Eu não merecia. Ligo o rádio bem alto para tentar não notar a dor que estava sentindo e nem as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Nesse momento eu me faço uma promessa: nunca mais vou deixar alguém me fazer de b***a, ou eu não me chamo Mia Lancaster. Paro em um hotel e sei que estou um pouco desalinhada, entro e faço um p*******o dos dias em que ficarei lá, subo direto para o quarto e ao chegar lá me encosto à porta e desabo a chorar ao perceber que meus pais não me amavam. Fico lá ainda um bom tempo, depois levanto, vou direto para a cama e durmo sem pensar no amanhã. Acordo e, ao abrir os olhos, fico um tempo aturdida por não estar na minha cama. Tudo que pensei ser um sonho era a mais crua realidade. Levanto da cama com um único objetivo, San Antonio. Logo estarei lá, adeus Nova York.                  
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