A desconfiança de Leonardo

1214 Words
Celeste cai no chão agonizando com a mão no peito, sem fazer ideia de como Leonardo havia obtido aquela informação, o susto foi tamanho que desencadeou em Celeste um m*l súbito, o coração falhou, e a única coisa que Celeste viu e ouviu, foi a voz de Leonardo ficando fraca e tudo a sua volta escurecendo. Mas não seria aquele o fim de Celeste, não! Ela poderia perfeitamente se encaixar como uma vítima na história, mas o seu passado, a sua trajetória até ali, Celeste se perdeu no caminho, se perdeu completamente no caminho que escolheu seguir até ali. Leonardo coloca sua mãe dentro do carro às pressas, e leva ela direto para o médico do povoado, depois de receber os primeiros socorros, ela é levada para um hospital na capital. Alheia a tudo isso, Isabelle e Ana, haviam ido até a casa de Ulisses, o irmão de Ana que havia voltado depois de muitos anos para o povoado, Ulisses havia dado muitos conselhos para Isabelle, incentivando ela a recomeçar os plantios em sua fazenda, a fazer as pazes com sua mãe, fazer o exame de DNA com Leonardo, Muitos os conselhos, afinal Ulisses era um rapaz vivido, da cidade grande, conhecedor da esperteza e das malandragens de pessoas como Celeste, Aliás, devido ao seu trabalho na empresa, de negociar os grãos de colheita com os produtores, e ele havia já negociado com Celeste, ele sabia muito bem que Celeste era bastante hábil com as palavras. Ana : Olá irmão! Viemos te fazer companhia! Ulisses : Ana! Eu conheço você muito bem! Você não veio para me fazer companhia! veio para buscar os presentes que eu trouxe da capital, não é mesmo ? Isabelle sorri, havia sido exatamente este o motivo de Ana estar ali. Ana: Seu ingrato! A mamãe mandou trazer sua janta também! Toma! Ulisses : Obrigado! Maninha! Isabelle ficava observando o comportamento de Ana e de Ulisses, e ficava se perguntando se ela e Leonardo soubessem de toda a verdade e fossem criados como irmãos, se seria daquele jeito a convivência entre eles, decidida a fazer o exame de DNA, Isabelle temia uma coisa, caso o DNA mostrasse que os dois são irmãos… Será que aquele amor que ela sentia por ele ainda iria continuar? Aquela vontade de sentir novamente seus corpos colados, de sentir o toque dele na sua pele, estes pensamentos, deixavam sua consciência pesada, e era bastante difícil de lidar. Ana : Isabelle! Isabelle! Acorda! Isabelle: O quê ? Eu estava no mundo da lua! me desculpem! Ulisses: Isabelle, fique tranquila, vai dar tudo certo! Escute, amanhã eu vou na Fazenda dos Rivaroli, e pretendo ir na sua casa logo em seguida falar com sua mãe, o que acha de ir comigo ? Assim resolvemos sobre o DNA com o Leonardo, e de lá vamos falar com sua mãe! Vamos dobrar ela sobre produzir os melhores grãos da região novamente, tal como era na época do seu pai! O que acha? Isabelle : Sei não Ulisses! A mamãe é muito teimosa quanto a isso! Ulisses: Isabelle, posso te fazer uma pergunta, claro de maneira respeitosa, não quero ofender nem você, nem a memória de seu pai! Mas sua mãe… Nunca quis refazer a vida dela ? Conhecer alguém … refazer seus sonhos… Isabelle: Imagina! Não ofende nada! Mamãe ainda é uma mulher muito bonita! Os anos parece que mantiveram a dona Mariana conservada no formol! Mas ela não se abre com ninguém! Ulisses: Uma pena! Eu lembro, quando saí daqui, eu era só um menino em busca de meus sonhos, mas lembro que sua mãe era uma mulher muito bonita! Ana: Eu hein! conversa estranha! quero saber dos meus presentes! Algum tempo depois, Isabelle e Ulisses mantiveram tudo combinado de ir na fazenda Rivaroli no dia seguinte, ainda não sabiam o que havia acontecido com Celeste. Isabelle : Boa noite Ulisses! Amanhã espero por você ! Ana: Boa noite irmãozinho! Até amanhã ! E obrigada pelos presentes! Ulisses : Agora eu sou irmãozinho né! Bom saber… As garotas saem da casa de Ulisses, ele fica observando até elas passarem além da igreja, depois ele fecha a porta, senta-se na cadeira da sala enquanto mexe no celular… Ulisses: Deus! Eu fui embora daqui naquele tempo, apenas um garoto, Dona Mariana! Naquela época eu era só um moleque! agora eu sou um homem! Com todo respeito sr Inácio! Mas sua esposa era a mulher mais linda que já vi! E se ainda tiver 30 % daquela beleza, continua sendo a mulher mais linda pra mim! A caminho de casa, Ana e Isabele passam na frente da igreja… Ana : Isabelle! Eu tenho uma coisa para falar com o padre! Vai na frente! Isabelle: Ana! Não! Não vou deixar vocẽ fazer nenhuma loucura novamente! Já pensou o que acontece se todos souberem o que fez com ele ? Isso é errado! Isabelle diz se referindo ao relato de que Ana havia lhe contado sobre a invasão ao banho do padre, e o que havia rolado com eles aquele dia. Ana : Isabelle! Desde aquele dia eu não falei com ele! É mais forte que eu! Deixa eu ir falar com meu padre! Deixa vai! Isabelle: Ana! você não tem juízo! Menina! se apaixonar pelo padre! Enquanto isso, no hospital da capital, Celeste havia sido medicada, e submetida a uma cirurgia no coração, Leonardo havia passado o dia inteiro esperando por notícias de sua mãe, que ainda estava sob efeitos de medicação. Leonardo tinha plena convicção, Celeste não era inocente nessa história, e seu plano de fazer o exame de DNA se consolidava mais e mais. Leonardo : Deus! O que mais minha mãe fez ? Todos estes anos, me afastou de Isabelle! Denegrindo a imagem de uma pessoa inocente! E por quê ? Inveja? Ciúme ? Por que ela odeia tanto a dona Mariana! Que perseguição doentia! De repente Ramiro chega no hospital da capital… Ramiro: Dona Celeste! Como está a dona Celeste! O que aconteceu com ela! Leonardo: Calma Ramiro! Minha mãe está bem! Ela teve um infarto! mas está fora de perigo! Obrigado por sua preocupação… Ramiro: Obrigado uma ova! Você voltou para a fazenda só para fazer da vida de sua mãe um inferno! Você e aquele povo! Aquelas duas! Leonardo : Ramiro, isso é um hospital, acho melhor você falar baixo, e não esqueça que o seu patrão sou eu! Eu vou desconsiderar você está alterado, sei da consideração que tem por minha mãe! Ramiro : Escuta! Se acontecer alguma coisa com sua mãe, eu acabo com você moleque! Diz Ramiro pegando no colarinho de Leonardo. O Rivaroli empurra Ramiro e lhe dá um soco, o derrubando no chão e logo os seguranças do hospital entram e agarram Ramiro… Leonardo: Eu falei! Eu te falei! Eu sou o seu patrão! você está demitido! Não vou tolerar que você venha dar showzinho e falte com respeito a minha mãe ! Ramiro: Você não pode me demitir! Ninguém pode me demitir! seu moleque! Os seguranças levam Ramiro para fora do hospital, Leonardo fica curioso, sem saber com que respaldo Ramiro levantava a voz contra ele daquela forma, Leonardo tinha a intuição de que haviam muito mais coisas ocultas sobre Celeste, e ele estava ansioso por saber de tudo isso.
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