56. Lobo Narrando Cheguei na farmácia, estacionei e olhei pra Stefani, que ainda parecia meio perdida. — Isso aqui é tudo que precisa ou tem algo mais? — Perguntei, tentando ser direto. Ela deu uma hesitada, como se não quisesse admitir que precisava de mais. — Ah, não precisa, não. Eu vou ver lá pra comprar amanhã no cartão de alguém. — Respondeu, olhando pro chão, meio sem jeito. Nem respondi, só peguei os papéis que ela tinha deixado e saí do carro. “Vamo lá”, pensei e entrei na farmcia. Fui direto pro balcão e pedi os remédios, xarope, e até um nebulizador novo que tinha certeza que ia ser útil. O atendente me olhou com uma cara de quem queria perguntar algo, mas eu só mandei um “me dá isso e rápido”, como se o tempo estivesse correndo contra mim. Eu tava completamente perdido a