* Caleb *
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Desses anos que a Estela faleceu, eu nunca mais tive ninguém, eu apenas ia em boates e ficava com uma ou duas mulheres, mas nunca falei meu nome e nem gostaria de vê-las. E assim foi mais uma noite, eu acabei ficando conhecido por ir em uma boate no centro da cidade, ali tinha um amigo meu da época da escola, chamado Italo, ele é ganancioso e louco por dinheiro e não posso negar que as suas garotas são boas e lindas, sempre sai satisfeito dali. Porém nesse dia, eu apenas queria relaxar, e tentar esquecer um pouco o mundo lá fora e deixar apenas o que estava acontecendo dentro daquele quarto, com aquela mulher.
Decidi me entregar e deixar que ela levasse a noite, e assim foi feito.
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No momento em vi aquela mulher diante de mim, tão jovem, me fez lembrar do tempo em que eu e a Estela nos conhecemos e mais uma vez eu estava me prendendo ao passado. Tomei um gole de uísque e decidi esvaziar meu coração e minha mente e apenas deixar a noite fluir.
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A noite foi intensa e ela era linda, assim que me viu ficou tão tensa que eu nem sabia o que fazer, porém, deixei ela a vontade para fazer o que quisesse. Por ser nova de mais aparentemente, achei que não faria muita coisa, mas me surpreendi, aquela mulher me fez sentir coisas que nunca havia sentido antes, e como se eu e ela nos conhecêssemos a anos e fôssemos íntimos um do outro, tão íntimos que eu acabei dormindo com ela, sim, eu nunca faço isso. Depois que acabamos eu fui tomar um banho e ela ficou na cama.
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Assim que voltei ela já estava dormindo, e então algo dentro de mim me levou até a cama e eu acabei dormindo, eu olhei sua pele, seus cabelos longos pretos a pele dela era morena e os cabelos pretos, ela era linda, parecia uma boneca.
Ela dormia feito uma pedra e eu não quis acorda lá, acabei cochilando junto.
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Acordo com o meu telefone tocando. Pego ele ainda com os olhos fechados e atendo.
- Caleb onde você está? - era a voz do Guto.
- Oi Guto, estou em casa! - O que aconteceu? - pergunto.
- Já são 9:30 da manhã e estamos esperando você para começar a palestra, onde você tá … - não deixei ele terminar e desliguei o telefone.
Levantei rapidamente e quando olhei ela não estava mais ali, retirei uma boa quantia de dinheiro de dentro da minha carteira coloquei encima da mesa do lado da cama, coloquei minhas roupas e sai sem que ninguém me visse.
Entrei em meu carro e segui para a faculdade onde eu tenho uma palestra hoje.
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- Bom dia senhor Santana! - a coordenadora da escola vem em minha direção.
- Bom dia Dona Claudia! - falo
- Então, vamos até a sala de aula, os alunos estão ansiosos pela sua palestra! - ela fala indo em direção a sala.
Cláudia me apresenta aos alunos, e logo após eu entro. Passo meus olhos por todos, e quando olho na classe está sentada a mesma mulher de ontem, isso só pode ser coisa da minha cabeça.
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- Bom dia a todos! - falo.
Começo a minha palestra expondo pontos precisos na tecnologia, porém, o tempo todo meus olhos estão vidrados nela, como pode uma mulher dessas estar comigo na noite passada e hoje estar aqui. Não consigo parar de olhar para ela, ela parece bem nervosa e logo sai às pressas.
Ela fica alguns minutos ausente e logo após volta mais branca que papel.
Finalizo minha palestra com maestria e logo após todos os alunos saem e só ficam duas e umas delas e ela.
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- Senhorita! - Pode nos deixar a sós! - peço a moça que está sentada ao lado dela.
Ela me olha assustada e sem entender nada, mas eu sei que é ela, eu sei que é ela a mulher de ontem, eu sei.
Assim que a moça sai eu tranco a porta e caminho em direção a ela.
- Sinto que te conheço de algum lugar! - falo chegando perto dela.
Vejo o quanto ela esta incomodada com isso e o quanto esta pálida.
Ela levanta rapidamente e pega suas coisas.
- Você não conhece, deve ser coisa da sua cabeça! - ela sai rapidamente.
Porém sou mais rápido e forte que ela e a puxo em seus braços e ela cai em meus braços.
Sinto seu suor, seu oxigênio saindo das narinas, sinto aquele cheiro doce que não sai da minha cabeça.
Olho em seus olhos e ela está prendida em meu olhar.
Abro um sorriso sarcástico.
- Tem certeza que não lembra de mim? - pergunto.
- Você está me confundindo com alguém senhor Santana! - ela fala nervosa saindo dos meus braços.
Prenso ela contra a porta, e olho seu pescoço, lá está a marca das minhas mãos, fecho meus olhos e lembro daquela cena de ontem a noite.
Abro meus olhos e ela continua a me olhar assustada. Sua respiração é rápida.
- Tudo bem! - Eu devo ter me confundido! - falo a soltando.
…