* Sara *
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Me preparei como sempre, coloquei os melhores cremes, os melhores perfumes, as melhores maquiagens, e ainda por cima, Italo me deixou uma caixa enorme no quarto para eu colocar as roupas que o cliente gosta. Me sinto podre sendo assim, imagina se meu pai estivesse vivo a vergonha que ele teria de mim, sendo uma prostituta. Penso que se minha mãe descobrisse também ficaria com vergonha de mim, mas eu faço tudo isso para garantir o tratamento dela, tudo isso é por ela, e para manter ela bem e viva.
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Saio do meu devaneio quando toca o alarme do relógio, avisando que a hora chegou. Saio às pressas do meu quarto indo em direção ao quarto do hóspede. Abri a porta do quarto e a luz estava baixa, uma cor em tom de azul, tinha uma música de fundo, ele estava em pé em frente a mesa, lá tinha um barde com gelo e ele estava servindo um copo de uísque.
Seu cheiro era bom, aliás, ficou grudado em mim, seu perfume invadiu todo o ambiente.
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- Aceita um uísque? - ouço a sua voz rouca e grosa e sinto um arrepio em todo o meu corpo.
- Na, não, eu não bebo! - falo gaguejando.
Ele se vira e nesse momento eu vejo a imensidão do mar azul em seus olhos, fiquei em choque ao ver ele, que não consiga falar nada, apenas olhar para ele.
- Você é jovem! - ele fala com a voz rouca e grossa, e volto a sentir aquele arrepio profundo.
Fico extasiada com a sua beleza que nem o respondo. Ele se aproxima de mim, põem meus cabelos para traz do lóbulo da orelha e com o seu olhar, eu já não sinto mais minhas pernas com o seu toque.
- Ei? - ele me chama e eu vou a si.
- Ah, oi! - Desculpe! - falo sem jeito.
- Tudo bem! - Eu sei que eu causo isso nas mulheres! - ele fala soltando meu rosto.
Idiota! - grito em meu pensamento.
Inspiro profundamente e saio do meu devaneio que ele é um príncipe encantado.
- Então! - O que quer que eu faça? - volto ao meu normal e faço o meu trabalho, sem me envolver com esse i****a.
- O que você quiser! - Aliás, pode fazer tudo o que você nunca fez com ninguém, hoje, eu quero que você use e abuse de mim! - ele fala se atirando encima da cama.
Fala sério? Nenhum homem me falou isso um dia - penso.
Abro um sorriso safado e sei que essa será uma noite que esse i****a jamais esquecerá.
- Tudo bem! - falo gatinhando até ele encima da cama.
Continua…