2ª TEMPORADA

3946 Words
MORTE E CHUVA SEVERINA Era uma noite de sexta bastante chuvosa no sertão brasileiro, mais precisamente em Jaguaribe, Ceará. Enquanto muitos festejavam a tromba d'água que descia sem cessar depois de meses sob o sol ardente e escaldante, um homem embriagado, chamado Eric, recém-saído de um bar sujo, desses de final de rua, buscava um local seco para dormir em meio à forte chuva e os gritos de alegria que tomavam as ruas da cidade. Infelizmente, ou felizmente, Eric estava tão embriagado pela cachaça (uma bebida transparente como água, porém forte, com cheiro característica, tipicamente brasileira), que não percebeu que tinha entrado no cemitério da cidade onde morava, a fim de encontrar abrigo. E o único lugar disponível foi em um antigo mausoléu, todo aos pedaços. Enquanto se ajeitava entre as velhas pedras, tentando ficar o mais afastado possível daquela chuva torrencial, Eric acabou quebrando uma lápide e caindo dentro de um túmulo m*l feito. A terra úmida desmoronou, e o pobre homem embriagado acabou adentrando em um antigo caixão. Com bastante dificuldade, Eric saiu do túmulo e tentou sair correndo. Mas entrou em um enorme estado de pânico, gritando ensandecidamente, quando olhou para trás e viu o próprio corpo sem vida, estrebuchado dentro da cova. Isso sem contar no tanto de almas penadas acordadas com os berros incessantes, que olhavam para ele com ar de reprovação. E enquanto Eric gritava sem que ninguém de carne e osso pudesse escutar, em algum lugar daquele sertão nordestino onde acontecia o milagre da chuva, as televisões dos coronéis que tinham TV a cabo, estavam sintonizadas no Circo Psicótico, onde o Palhaço Taquicardia começava a contar suas tenebrosas histórias de terror. Dessa vez ele traz histórias arrepiantes, que fazem a embriaguez desaparecer de seu corpo num piscar de olhos, por causa do excesso de adrenalina, gerada através dos olhos e ouvidos de quem as assiste. E enquanto muitos estão de olhos focados no programa, a alma de Eric grita até agora no cemitério, com todas as suas forças, por não aceitar que agora era mais um de seus moradores. PAIXÃO DISCENTE Seus suspiros estavam cada vez maiores, todos os dias em que ia à escola. Mas também não era para menos: Tyler estava apaixonado por sua professora Astrid e seu sonho era se casar com ela. Isto porque além de mais velha, Astrid tinha ares de que sabia de tudo o que ele precisava aprender, sobre a vida. Porém devido à sua idade, onze anos, Tyler não sabia o que era uma gravidez e, apesar de perceber a barriga de sua professora Astrid crescendo, na sua inocência de pré-adolescente, “ela estava apenas engordando e a gordura se acumulava em um único lugar”. Um dia, porém, escutando uma conversa dos meninos maiores, descobriu de modo chocante, o porquê de sua professora estar assim e um ódio mortal tomou conta de seu ser, pelo fato de que Astrid não iria esperar Tyler crescer, para ambos se casarem. Isto porque a mesma já era casada e a gravidez era o resultado de quando duas pessoas que se amam se unem e transbordam esse amor. Foi então que um dia, o garoto trouxe veneno de rato para a escola e, aproveitando-se de um descuido de sua professora, colocou o veneno todo dentro de uma pequena garrafa que ela sempre trazia com chá gelado de romã, para beber entre um intervalo e outro. Quando Astrid começou a passar m*l por causa do veneno de rato em sua bebida, Tyler aproveitou que ninguém estava prestando atenção nele, saiu da sala, trancou a porta à chave e foi embora da escola, enquanto os demais colegas, desesperados e sem ter o que fazer, assistem a professora grávida de oito meses, com a boca espumando, morrendo na frente dos próprios alunos por motivos de envenenamento. LINHA 855 Mike era um jovem nova-iorquino suburbano comum, como todos os outros os jovens da grande maçã, e andava sempre apressado com seu mundo particular. Mas quando passava todos os dias pela mesma garota, uma oriental de longos cabelos pretos e lisos, olhava para ela no meio daquela multidão e se apaixonava perdidamente, como se a estivesse vendo pela primeira vez. Aquela sensação se repetiu por semanas, até ele resolver criar coragem e resolver parar para falar com ela. "Não achei que esse dia chegaria", pensava Mike confiante de que dali daquele primeiro contato, poderia finalmente conhecer a mulher de seus futuros filhos. Porém quando Mike foi tentar tocá-la, ela caiu assustada, olhando para os lados, como se não estivesse vendo ninguém. Ele tentou se fazer presente, acalmá-la por ele tentar abordá-la e até mesmo pedir desculpas. Mas ela se desesperava ainda mais. Assustado, mais ainda com aquilo que presenciara, pelo fato de ser invisível naquela multidão, Mike entrou em desespero quando sua mente vagou até semanas atrás e o mesmo se lembrou do dia em que, olhando para a jovem, tropeçou e caiu nos trilhos do terminal 855, segundos antes de ser esmagado pelo trem do metrô, como uma pasta viscosa de ser humano. Enlouquecido pela verdade que agora viera à tona, o jovem saiu correndo de dentro do metrô. Mas quando estava para chegar do lado de fora, um clarão surgiu e ele voltou para o mesmo lugar onde tinha encontrado com a jovem oriental: o terminal 855. Mike repetiu sua fuga, várias vezes, mas sem sucesso. Ele correu o máximo que pode, até aceitar o fato de que estava preso para sempre dentro daquelas paredes, tendo como única companhia os estranhos que transitavam pelo metrô do Brooklyn diariamente, além do eterno número 855. FIO DE NAVALHA A antiga barbearia Sweeney estava fechada há mais de dez anos, porque depois que j**k Todd, o último dono, faleceu, nenhum dos filhos despertou o desejo de ser barbeiro para poder se interessar pela profissão do pai e dar continuidade ao ofício que os alimentou e os levou até a universidade. E se os filhos já não se interessavam pela profissão quando Todd era vivo, depois que o pai foi assassinado dentro da barbearia após um assalto, é que não se interessaram mesmo, pois usaram o trauma como desculpa, para nunca mais botarem os pés lá. Eles resolveram então vender tudo o que podiam e dividir o dinheiro entre eles, como forma de herança, já que apesar dos bons empregos que possuíam devido às suas faculdades, o velho j**k Todd não havia deixado muitas posses. Porém quando a barbearia foi reaberta com novo nome e novos donos, coisas estranhas começaram a acontecer: objetos dos clientes sumiam e quando os barbeiros iam fazer a barba de algum cliente, uma força invisível empurrava a mão deles e eles acabavam ferindo o rosto dos clientes com a navalha. Numa noite de sexta-feira, estavam quase fechando a barbearia, quando as portas baixaram abruptamente. Do nada, um dos barbeiros pegou a navalha e cortou o pescoço do colega de trabalho, vindo a cortar o próprio pescoço em seguida. Em frente ao espelho, no reflexo, a alma do antigo barbeiro e dono j**k Todd, podia ser vista segurando a mão dele e abrindo-lhe o pescoço com a navalha, calma e tranquilamente, enquanto exibia um insano sorriso em seu rosto. O CAÍDO Ikariel era um ser formado apenas de luz e não tinha vontade de ter nenhum outro tipo de forma, até um dia desejar descer à Terra dos homens e conhece-los de perto. O desejo do pequeno anjo foi atendido e logo que pode, desceu ao plano terreno, na forma de um amável e sorridente garoto de treze anos. No começo, tudo no plano material era lindo, porque quando os humanos se apresentam, eles sempre querem passar uma boa impressão deles mesmos. Mas depois de um tempo, Ikariel foi conhecendo todos os defeitos do caráter da maior parte da humanidade de perto e logo desejou voltar. Porém, quando estava prestes a se tornar luz de novo, fora impedido por homens que desejavam ser iguais a ele: imortais e com poderes, a fim de dominar o mundo. Esses homens o prenderam, amarraram, arrancaram suas asas, torturaram-no, fizeram marcas em seu corpo com ferro em brasa e dominaram à força sua mente, para no final deixá-lo largado como lixo ou coisa pior. Revoltado com a humanidade em geral, Ikariel reuniu o resto de suas forças, erguendo-se do meio da lama. E de seu martírio, se tornou um anjo vingador, vindo a m***r, empalar e esquartejar brutalmente, todos os que lhe fizeram m*l e quem mais estivesse com eles. Corpos, vísceras, cabeças e membros foram espalhados pelo mundo, num rio de sangue quase sem fim. Ao final de sua vingança, ele foi impedido de voltar ao Céu. Ikariel então desceu direto para o inferno gargalhando ensandecido, como uma criança insana que sabe que vai ganhar de natal, o presente que sempre pediu ao pai. O VELHO DO SACO VAI AO MÉDICO Época de Carnaval em New Orleans, última noite antes da Quarta-feira de Cinzas. O plantão do hospital Avala, estava lotado de pessoas acidentadas de A a Z. Muitos ali, por causa da bebida, dos colares e das mulheres de s***s de fora, se meteram em brigas ou em acidentes automobilísticos. Mas os médicos de plantão estavam conseguindo dar conta do recado e mesmo com tanta gente dando entrada no plantão da madrugada, os pacientes aos poucos, iam sendo liberados. Só estavam faltando três pacientes para finalizar o plantão, quando ele chegou: curvado, ar cadavérico, idoso e carregando um saco enorme nas costas. O senhor, que aparentava já ter passado dos oitenta, arria o saco ao lado de uma cadeira, senta-se e espera sua vez. Ele é atendido por uma médica, que o analisa, vê que está tudo bem de saúde e o libera, dizendo que na idade dele, ele não deveria carregar um saco tão pesado. O velhinho sai da urgência, com seu passo fúnebre, pega o saco que havia trazido e o coloca nas costas. Só que sem querer, deixa que algo caísse do saco e todos na sala de espera ficam chocados: era uma cabeça humana já em estado de putrefação. PELO BURACO DA FECHADURA Denis tinha parado num hotel na beira da estrada. Estava viajando para a Louisiana desde que os primeiros raios de sol apontaram na manhã e apesar do cansaço, obteve a chave do seu quarto com a recepcionista, que estava lendo uma revista de moda e nem se deu ao trabalho de olhar para ele. Ao pegar a chave, ela alertou a ele sobre uma porta sem número no meio do corredor, que foi trancada e usada para guardar coisas do hotel. Ela foi categórica ao alertá-lo para que não olhasse para dentro do quarto, muito menos ir lá, pois a mesma já teve a fechadura trocada três vezes e as chaves simplesmente somem sem nenhuma explicação e ninguém consegue mais encontrar. Naquela noite Denis dormiu bastante. Porém no dia seguinte logo cedo e apenas por curiosidade, ele resolveu espiar a maçaneta da porta e viu a TV do quarto, ligada. Mas o que o deixou assustado da cabeça aos pés, foi ver uma mulher degolada, sentada na cama, como se estivesse assistindo a televisão. Em pânico, foi contar a recepcionista. Ela, naturalmente, disse que aquele era o fantasma de uma mulher que tinha sido degolada pelo marido ali, naquele quarto e todos no hotel já estavam acostumados, pois todos ali, inclusive ela, já estavam mortos. Assustado quando viu a recepcionista desaparecer na sua frente, Denis colocou a mão no peito, correu para fora do hotel, entrou em seu carro às pressas, ligou o mesmo e foi embora, sem nem olhar para trás, branco de medo, principalmente quando percebeu que não conseguia pegar na chave, pois teve um ataque cardíaco na recepção e agora tinha se somado aos fantasmas. O AMIGO DA MORTE Um grito quase santo ecoa pelo cemitério St. Louis, em Nova Orleans. A faca atravessa sem piedade o coração de Hank, um dos velhos coveiros e talvez o único que ainda mora dentro do cemitério. Uma morte tenebrosa, para quem tanto ajudou a enterrar as carcaças daqueles cujas almas foram colhidas na hora certa, como frutas frescas da estação. Sobre o corpo sem vida do enterrador de corpos, um grupo de bruxos entoa ritos sinistros, tentando invocar o demônio a quem servem e prestam culto, visando posteridade e vida luxuosa. Porém, ao invés do demônio, várias sombras começam a se mover por entre os túmulos, deixando os bruxos felizes com o que estavam vendo, pois eles achavam que se tratavam de enviados de Satã para servi-los e atender todos os desejos de seus corações impregnados de escuridão. Eis então que vários ceifadores de almas, juntamente com Azrael, o próprio anjo da morte, aparecem para os bruxos e começam um verdadeiro show de dor, sofrimento e carnificina, arrancando a pele com suas mãos esqueléticas e esquartejando cada servo do m*l um a um, calma e tranquilamente, fazendo os gritos de cada um ecoarem pelos túmulos do cemitério St. Louis, para que o mundo inteiro saiba que ninguém mata um amigo da morte. Após isso e com a mesma tranquilidade que chegaram, os ceifadores abrem uma enorme cratera sobrenatural no meio de cemitério e se divertem arremessando as almas dos bruxos dentro do inferno, para a horda de demônios famélicos por almas corrompidas que apareceram a eles. FOME DE RIQUEZA Susan não ia com a cara de Evelyn, sua nova colega de quarto. Moravam na mesma república desde que chegaram à Universidade Tulane, mas não conseguia conviver com Evelyn, pelo simples fato de que a classe social de sua colega estava vários níveis acima da dela. Um dia, numa noite quente de verão, Susan tinha saído com alguns amigos, para comemorarem a última semana de aulas, antes da formatura. Todos estavam ansiosos pela festa, menos Evelyn, que olhava para o resto do mundo com desdém, como se tudo fosse à escória e somente ela fosse a nata. Tendo saído para a festa, Susan brigou com o namorado e voltou cedo. Eis que ao entrar no quarto, se depara com sua colega Evelyn, devorando um bebê ainda vivo. A criança se contorcia e os nervos de suas carnes quentes ainda tremiam enquanto Evelyn, sua amiga rica lhe arrancava pedaços de suas carnes com os dentes, cujas presas estavam enormes. O quarto também estava diferente. Vários símbolos satânicos estavam desenhados no chão com sangue, várias cédulas e moedas estavam depositadas em cada ponta de um enorme pentagrama onde estava a criança oferecida em sacrifício sendo devorada. E a pouca iluminação dava o tom macabro daquele ambiente. Assustada, Susan tentou dar meia volta e fugir dali. Mas Evelyn a imobilizou quebrou-lhe o pescoço, lhe rasgou as roupas com suas enormes garras, abriu seu ventre deixando suas vísceras expostas e já olhava para o cadáver de Susan ainda se debatendo, lambendo os lábios com uma expressão de enorme gula. A XEROX Darcy era uma pessoa sem opinião própria: tudo o que pensava ou falava, vinha da mente de terceiros. A jovem tinha sido criada em frente à TV, recebendo ordens de não sair dali, para não ter que dar trabalho a seus pais, que eram muito ocupados e quase não tinham tempo para lhe dar atenção, pois viviam sempre viajando a negócios. A vida dela desde então, era sempre algo irreal e um simulacro, moldado pela televisão e por todos ao seu redor. Tanto que Darcy sempre perguntava a opinião das pessoas para tudo, por mínimo que fosse o que iria fazer ou achava fazer. Um dia Darcy tomou veneno, por recomendação de um amigo que tinha inveja da boa vida que ela levava, mesmo sendo dependente da opinião alheia e morreu sentada em frente à TV, pois nunca soube o que é ter discernimento sobre oque era certo ou errado e não sabia mais o que era ser ela mesma, pois nunca tinha sido. O corpo ficou moribundo por vários dias, até que a podridão repugnante despertou a curiosidade dos vizinhos, que ao sentirem o forte fedor de morte, chamaram a polícia e o corpo de bombeiros. Assim que arrombaram a porta e entraram, encontraram o corpo da mulher em estado avançado de putrefação. Mas como eram três da manhã do feriado de 04 de Julho e a geladeira da jovem estava abarrotada de comida, os legistas e policiais prepararam vários sanduíches e assaram carne. Depois de tudo pronto, sentaram ao redor do corpo cadavérico de Darcy e começaram a assistir a queima de fogos pela TV, sem se incomodar com a podridão do mundo que os cercava. A BABÁ Bruce era um menino criado com todos os luxos que a displicência de seus pais podiam lhe ofertar. Inclusive ele tinha uma babá chamada Celine, que cuidava dele desde que tinha nascido, sendo que seus pais só o colocavam nos braços para posar para fotos das colunas sociais dos grandes tabloides. Bruce atualmente está com nove anos e sempre fora apegado a ela, lhe dando muito mais amor do que aos próprios pais. Um dia, quando o garoto acordou e foi no quarto da babá, a encontrou desmaiada e dura, em cima da cama. Bruce tentou acordá-la, mas Celine estava muito pálida e muito fria. O garoto entrou em desespero e começou a chorar. Seus pais estavam tentando acalmá-lo de todas as formas. Mas o garoto chorava profundamente de tristeza pela babá, por dentro e por fora, demonstrando uma profunda agonia. Sem opções, os pais do menino inventaram que a babá ia ter um belo funeral e que funeral era uma cerimônia festiva, onde serviam doces, bolo e sorteavam-se muitos prêmios. O pequeno Bruce, ao ouvir aquilo tudo, parou de chorar e começou a pular de alegria. O funeral da babá aconteceu e tudo o que os pais prometeram, se cumpriu. Com o tempo, o garoto começou sentir falto das festas de velório, organizado pelos pais. Tanto que para que as mesmas acontecessem, ele começou a assassinar os parentes e inclusive um irmão mais novo, recém-nascido, sempre fingindo profunda tristeza, apenas para que mais e mais funerais pudessem ser comemorados com festa, doces e prêmios. UM ROSTO ATERRADOR Linda e jovem era Selene: uma humilde doceira que tinha uma barraquinha de doces na Bourbon. Os seus clientes só se tornaram fiéis, chegando ao ponto de passar o dia todo comprando seus doces, apenas para encherem os olhos com sua beleza estonteante. Essa beleza era tanta, que chegou ao ponto de seu próprio pai, que era viúvo, querer tomar a própria filha como esposa. Desesperada com tal decisão feita por seu progenitor, a jovem vivia perdendo noites pensando nas palavras do próprio pai, principalmente porque quanto mais o tempo passava, mais seu pai fortalecia essa loca ideia. Um dia, vindo de sua loja, Selene encontrou uma velha máscara esculpida em madeira. O rosto era por demais, grotesco e aterrador. Mas mesmo assim, resolveu levar a máscara para sua casa, pois achou o artefato bastante interessante. Durante a madrugada naquele dia, ela teve uma ideia: se vestiu toda de preto, colocou a máscara e foi até o quarto do seu pai só para ver se a máscara servia como fantasia de Halloween. Lá o acordou e, sem dizer uma única palavra, só de olhar a máscara o homem teve um infarto fulminante e morreu ali mesmo, devido ao forte susto que tivera. Desesperada, Selene tira a máscara, a joga longe e tenta fazer alguma coisa para tentar salvar seu pai. Mas nada que tentasse naquele momento conseguiria. No chão, a máscara grotesca expressava o que seria um sorriso, por ter feito mais uma vítima. A BONECA DE PANO Debora era uma mulher muito pobre, mas tinha alguns parentes muito ricos. Moradora de Camden, Nova Jersey, um dia resolveu ir pedir um terreno a uma prima rica para fazer uma roça, a fim de vender hortaliças nas feiras e a mesma, torcendo o nariz, lhe deu um terreno que tinha sido um antigo cemitério, onde nada do que se plantava, nascia. A pobre mulher, ao chegar ao terreno apenas com uma sacola e um pouco de mel com farinha para se alimentar, logo começou o roçado, pois as chuvas estavam chegando e ela queria garantir uma boa colheita depois do inverno. Escavando a terra, Debora encontrou uma velha boneca com o nome de sua prima rica, escrito nela. Ao pegar o brinquedo, feito de pano e palha, ficou admirando-o por alguns segundos e ao dar uma chacoalhada, escutou o barulho de moedas, vindo de dentro. Ansiosa por alguns trocados, a pobre mulher pegou uma faca que trazia consigo e rasgou a boneca no ventre, com o intuito de retirar as moedas. O que Debora não sabia é que a boneca era um trabalho de vodu que tinham feito para a sua prima, que morreu em frente às colegas da alta sociedade, com o ventre aberto e as vísceras expostas, causando imenso terror para quem a estava vendo ser aberta do nada, enquanto Debora guardava as moedas em seu bolso. SALVO PELA INVEJA ALHEIA Jeremy encontrara Karen num cruzeiro marítimo em Cancun, enquanto curtia suas primeiras férias internacionais. Ela era uma colega de faculdade por quem o jovem ainda é bastante apaixonado. E mesmo após conversarem algumas poucas palavras, dava para Jeremy perceber notoriamente, que Karen estava em lua-de-mel, porque dava para perceber o olhar de felicidade dela, para com seu esposo. Tomado de uma profunda inveja e ainda com o sentimento à flor da pele por aquela jovem que agora tinha trinta e dois anos, Jeremy esperou eles se afastarem por alguns momentos no cruzeiro, para fazerem atividades distintas. Essa oportunidade apareceu quando Karen foi à sauna e o esposo de Karen ficou bebendo e fotografando umas baleias jubarte que apareceram perto do navio. Nesse momento de distração, Jeremy empurrou o jovem esposo de Karen, fazendo-o cair no mar como se tivesse esbarrado nele por acidente. Mas antes de cair, ele conseguiu agarrar-se a uma boia, enquanto os tripulantes resgatavam um grupo de jovens que estavam à deriva, do outro lado. Este jovem que estava na água, foi o único sobrevivente do navio. Pois todos, sem exceção incluindo Jeremy, morreram congelados e com uma terrível expressão de medo em seus rostos ao olhar nos olhos das tripulantes que eram monstros terrificantes que se disfarçavam de gente. FARELOS COMEM Camila sempre fora uma jovem bagunceira: nunca deixava nada arrumado dentro de casa. Seus pais a alertavam para os perigos de deixar algum cômodo sujo, principalmente o banheiro, por causa de uma lenda urbana, que falava sobre um ser bizarro, semelhante a uma pessoa, magra com patas cheias de ventosas e que possuía uma língua maior que o corpo. Esse ser só aparecia em lugares sujos e principalmente banheiros. Mas Camila ria e achava tudo aquilo “história pra botar medo em criança”. Durante as férias de verão, seus pais saíram de viagem e deixaram a casa aos cuidados de Camila por quase um mês. A jovem ficou bastante empolgada e jurou que ia manter a casa sempre limpa e arrumada. Mas logo na primeira semana, tudo estava emporcalhado, sujo e entregue às baratas. Um dia, Camila estava dentro do banheiro se preparando para dormir no sofá assistindo suas séries favoritas, quando viu surgir a estranha criatura. Ela era exatamente do mesmo jeito que seus pais haviam dito. Em estado de profundo terror, Camila tentou gritar, mas a língua do monstro laçou seu pescoço, estrangulando-a. E enquanto Camila se debatia no banheiro, a TV ligada na sala anunciava o final do segundo programa do Circo Psicótico, onde o Palhaço Taquicardia se despedia de seus telespectadores, mandando a todos um abraço forte, desses de apertar o pescoço. xxx
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