Eu tomava uma xícara de café vejo muitos que nuca vi antes arrumando o salão eu levanto e bato contra alguém.
Era homem de barba e cabelos pretos alisado para trás e usava roupas pretas e um anel bem chamativo em seu dedo:
— Olhe para onde and.... — Ele falou mas se parou me encarando — Evangeline...
Eu levanto limpando o vestido azul claro que por sorte só manchou um pouco de café:
— Não é possível, você morreu — Ele fala.
— Pai — Ouço alguém chamar.
Um rapaz de cabelos pretos e aparece, ele me olha e sorri;
— Oi sou Ulisses, oque uma rosa linda como você faz aqui — Disse me olhando
— Eu me chamo...
— Angeline — Ouvi Enrique me chamar.
— Sim — Respondo.
Enrique se aproxima e segura minha mão e aperto forte ainda um pouco nervosa:
— Vejo que conheceu meu pai e meu irmão — Ele fala segurando minha mão sem expressar qualquer incômodo.
— Ou não sabia que a rosa tinha dono — Ulisses fala.
Eu fico calada e Enrique continua repreendendo o irmão com o olhar:
— Essa é Angeline é uma hospede...De honra aqui — Ele fala.
— Angeline? Muito estranho se parecer tanto com...
— Evangeline — Falo o cortando — É eu sei...Ouço isso muito..
— De qualquer forma prazer em conhecer — Dravus aperta minha mão.
Ele para de repente segurando minha mão com força, sinto as unhas cravarem em minha palma e de repente o sangue pinga no chão e grito baixo:
— Pai — Enrique grita com ele me abraçando de forma protetora.
Dravus lambe os dedos e pareceu me olhar com desejo, eu me afastava e fico atrás de Enrique:
— Ela não é um lanche — Ele fala.
— Hum, o gosto é...Delicioso — Ele fala lambendo os lábios — Fico impressionado que não tenha a mordido ainda...
— Vamos conversar depois — Enrique fala me levando para cozinha.
— Victória — Ele chama.
Ela aparece com panos e alguns tipo de pomadas em potes prendendo o cabelo para trás:
— Como você...? — Pergunto.
Ela pisca e Enrique limpa e passa pomada em minha mão calado e ele suspira me olhando:
— Desculpe meu pai, ele cisma em querer provar sangue antes de festas — Ele fala.
— Tudo bem......Ai — Falo sentindo minha mão arder.
—Desculpe — Ele sopra minha mão aliviando a dor.
— Deus, vocês formam um lindo casal — Ulisses fala.
Por reflexo eu pego o copo perto de mim e jogo na direção dele, assim como várias coisas próximas:
— Ei, calma relaxe eu não vou te atacar, não sou como meu pai — Falou desviando da maioria.
Eu joguei um prato nele e ele segurou antes mesmo de chegar ao seu rosto e Enrique me segura:
— Calma ele não vai te atacar..
— Eu não bebo sangue de pessoas eu prefiro animais da floresta — Ele fala chegando perto pondo o prato no balcão — Podia ter parado ela mais cedo..
— Queria que ela se sentisse à vontade por saber se defender — Enrique o olha.
— Quase me acertando!?
— ....Sim..
— Que belo irmão eu tenho tá vendo — Ulisses me olha.
Eu fico tensa e logo me acalmo vendo eles conversando, Enrique me solta e volto a me sentar terminando de enfaixando a mão:
— Você tem um braço forte, lindinha..
— Não me chama de lindinha...Sou Angeline..
— Okay desculpe, enfim Enrique sobre o baile acho que devia preparar o salão norte em vez do sul... — Ulisses falava.
— Não vou por no salão norte porque você quer que fique perto dos quartos para você se divertir com sabe-se lá quem..
— Nossa, você pensa isso de mim?
— Não penso, tenho certeza — Enrique cruza os braços.
As vozes dos dois começam a ficar como zumbidos e olhava diretamente meu reflexo em uma das portas de vidro do armário:
Ilusão on
Eu estava na entrada do castelo tudo estava sombrio e sem sinal de vida, ando para fora e ouço barulho parecia música.
"Um violino.."
Eu sigo entrando no labirinto de grama que ficava atrás do castelo e chego a uma clareira escondida, vejo Enrique sentado ao lado de um mausoléu tocando um violino docemente.
Uma lágrima se permitiu sair de seu rosto ele estava triste e pude sentir dor em cada nota, eu me aproximei mesmo sabendo que era um sonho:
— Evangeline minha amada porque? — Ele suspirou largando o violino.
Ilusão off
Acordo sentindo ser balançada por alguém e por reflexo eu dou um tapa no susto e quando percebo que bati em Enrique, coloco as mãos na boca e me afasto:
— Enrique...eu...Meu Deus — As palavras travaram na minha garganta.
— Você está se sentindo bem, ficou cinco minutos parada como uma árvore — Ulisses fala.
Minha energia de repente volta a tona e vou até Enrique pedindo mil desculpas possíveis:
— Enrique me desculpe por ter te batido...Você me assustou...Depois de ouvir o violino eu...Me perdoa — Falo.
Enrique me segura:
— Fica calma tudo bem, você....Espere um pouco que violino? — Ele me perguntou surpreso.
Eu me afasto um pouco, sabia que se falasse ele ia com certeza esperar que eu ao menos um pouco seja ligada à Evangeline, o pior é que tenho minhas dúvidas, agora não sei se eu e ela somos ligadas mas eu não queria um monte de perguntas em cima de mim:
— Angeline, me responda — Enrique falou.
"Droga eu não posso mentir ele vai perceber preciso pensar em algo depressa."
Enrique estava me olhando e suspiro:
— Eu acho que sonhei acordada, só isso — Falo disfarçando.
Antes de Enrique falar qualquer coisa fui ao meu quarto e entro fechando a porta:
— Ainda não respondeu a pergunta — ouço.
Me viro gritando pelo susto e vejo Enrique de braços cruzados me olhando:
— Sabia que existe uma porta...
— Você viu alguma coisa?
— Não, por favor me deixa sozinha — peço.
— Mas é claro, ontem você disse que não foi culpa minha — Falou começando a entender.
"Droga"
— Por favor me deixe sozinha — Peço novamente.
— Você viu algo sobre Evangeline — Ele pergunta.
Eu me viro tentando sair e sinto ele segurar meus braços e me virar para ele e ele me olha nos olhos:
— Me conta logo — Ele pede.
Eu me perco em seus olhos e mordo o lábio inferior:
— Se eu contar você me deixa sozinha? — Pergunto.
Ele afirma e eu começo a descrever tudo desde o primeiro sonho neste castelo, ele me olha pasmo e assim que termino ele fica mudo;
— Desculpe.
Ele me olha e soca a cômoda me assustando saindo do quarto batendo a porta:
"Oh, Droga"
Penso sentindo dor no peito.
"Oque eu fiz."