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1865 Words
LARISSA NARRANDO   Lá estava eu mais uma vez saindo da minha zona de conforto para ir até a abençoada boca de fumo onde se encontra a peste do meu único irmão, peguei minha bebê rosa pink adesivada com o meu nome na frente e parti para a boca. Cheguei lá tinha vários nóias baforando aquela p***a de lança perfume, se ele tivesse deixado eu comandar esse pedaço de merda, esses trombadinhas não estariam aqui! Larissa: VOCÊS NÃO TEM CASA NÃO? – Pergunto gritando e eles se espantam. Perigo: Vish, a braba chegou! – Fala fazendo uma careta. Nóia 1: Lugar de patricinha é no shopping ou na escola, e não na boca de fumo. Eu vou mostrar para esses viciadinhos de uma figa com quem eles estão lidando. Dou um passo rápido e pego a arma da cintura do perigo e ele logo vem me agarrando por trás Larissa: Patricinha faz isso aqui, faz? Perigo: Para com isso Lala. Larissa: Não me chama de Lala! – Falo autoritária e miro a arma para a cabeça do noiadinho. Nóia 1: Tá louca novinha? Larissa: Novinha é o c*****o, me respeita nessa p***a que tu não me conhece na p***a do bagulho – Derrubo o lança dele no chão. Nóia 2: Cê tá chapando mina? Juntamos mó grana no farol para comprar esse lança, sua mandada. Larissa: Ah, é? f**a se você e o seu projeto de dinheiro! Sinto Perigo me agarrando mais forte e dou uma cotovelada na barriga dele, mas mesmo assim ele não me solta. Larissa: ME SOLTA PERIGO, TÁ PARECENDO CARRAPATO EM CIMA DE MIM! ME LARGA c****e! – Falo me debatendo, mas foi em vão. Imperador: Que merda é que tá acontecendo aqui? Não tenho um minuto de paz nesse c*****o, de novo os teus shows Larissa, já te falei que tu não é a Xuxa. Noia 1: Não passa de uma paquita essa novinha aí mano, fica atrapalhando a nossa onda aqui véi. Imperador: Eu te chamei na conversa mermão? FIca na tua aí baixinho, lava tua boca para falar da minha irmã, exijo respeito na  p***a desse bagulho. Larissa: A minha moral fica aonde hein? Imperador: Ah Larissa você também não dá um minuto de paz para mim, né? Vamos para casa e lá a gente conversa, mas já aviso que tô zero paciência para as suas frescuras, devolve a arma para o Perigo que é outro i****a, parece que tá aprendendo ainda. Perigo: Qual foi Imperador? Imperador: Qual foi o que? Deixou a mina te tomar a arma, ramelão do c*****o, serve nem para empatar a p***a de uma briga, tudo depende de mim, Larissa com uma arma na não é capaz de botar toda a Mangueira a baixo, p**a que pariu. Perigo: Eu tentei ajudar pô, segurei ela mas tu mesmo sabe como essa daí é. Larissa: Essa daí não, eu tenho nome e é Larissa, entendeu? LA RI SSA – Falo pausadamente. Perigo: Beleza Larissa, beleza! Não tá mais aqui quem falou – Estende as mãos em sinal de rendição. Imperador: Entra agora Larissa. Bufo entrando com ele até a salinha, eu fecho a porta e ele bate com força na mesa deixando cair alguns papéis. Imperador: Veio dar mais um dos teus shows? Quando tu vai colocar na tua cabeça que NUNCA tu vai comandar essa favela, cê se ligou Larissa? NUNCA! Não te criei para isso, teu lugar é na escola, Larissa: MAS EU NÃO QUERO ESTUDAR, QUERO PODER TE AJUDAR AQUI! EU JÁ TENHO 19 ANOS, ME DEIXA FAZER O QUE EU QUISER DA MINHA VIDA CARAMBA. Imperador: É EXATAMENTE POR ISSO, p***a. TU JÁ TEM 19 ANOS E AINDA NÃO CRIOU JUÍZO, QUANDO QUE TU VAI ENTENDER QUE ESSA MERDA AQUI NÃO É PARA VOCÊ? Larissa: VOCÊ PROMETEU QUE QUANDO EU COMPLETASSE 18 ANOS EU PODERIA FAZER O QUE EU QUISER. Imperador: PROMETI PORQUE NÃO PENSEI QUE TU FOSSE QUERER UMA MERDA DESSA PARA TUA VIDA, NÃO VÊ QUE EU NÃO POSSO SER UMA PESSOA NORMAL? NÃO VÊ QUE TODO SANTO DIA EU ME ARRISCO NESSA MERDA PARA NÃO DEIXAR FALTAR NADA PARA A GENTE? NÃO VÊ QUE TUDO QUE EU FAÇO É POR VOCÊ E PARA VOCÊ? Larissa: Mas eu não pedi nada disso – Falo com a voz falha – Você também não vê que eu tenho vontade própria? Não dá para fazer só o que você quer – Finalizo começando a chorar. Imperador: Larissa... – Disse vindo me abraçar – p***a, é tudo para o teu bem minha pequena. Me acolho em seus braços fortes e largos, que eram extremamente confortáveis, fazendo do abraço o meu ponto de paz. Choro em seu ombro enquanto sinto suas mãos passando pelo meu cabelo, seu perfume era suave e me acalmava, aos poucos fui diminuindo a respiração, eu só queria que ele entendesse que eu também quero viver, sentir a adrenalina, quero ajudar ele. De repente a porta é aberta e eu esbravejo quando vejo quem é. Cacheada: Que p***a é essa mesmo? Tira as mãos do meu homem. Imperador: Era o só que me faltava agora. – Fala se desfazendo do nosso abraço. Larissa: Oh ratinha oxigenada, quem é você na fila do pão amada? O irmão é meu e eu abraço ele na hora que eu quiser. – Falei olhando pra ela com os braços cruzados. Cacheada: Vai deixar ela falar assim comigo amor? Larissa: Amor? – Dou uma gargalhada - Garota você é ridícula, tu sabe disso né? Não vem pagando de fiel não que tu tá muito longe disso, já não tem mais pregas no cu e quer bancar a fiel – Falo saindo de lá cheia de ódio e bato a porta. Imperador: LARISSA, ESPERA c*****o – Fala vindo atrás de mim – Vem, vamos para casa agora – Diz pegando no meu braço. Larissa: Me larga Lorenzo – Me solto dele – Eu vou embora para casa. Imperador; Entra nesse carro agora – Disse destravando o carro dele e abrindo a porta para mim. Larissa: Vou na minha moto, não sou obrigada a nada! – Monto na minha Kawasaki e vejo ele entrando no carro. Cacheada: É SÉRIO QUE VOCÊ VAI ME DEIXAR AQUI IMPERADOR? – Grita. Larissa: SE FODEU SUA MARMITA DE BANDIDO! Meu irmão passa por ela quase atropelando e eu dou partida para casa sendo seguida por ele. Paro a moto na garagem e entro bufando até o quarto, fecho a porta o impedindo de entrar. Imperador: ABRE ESSA PORTA AGORA – Fala batendo. Larissa: ME DEIXA EM PAZ LORENZO, VAI COMER ALGUMA DAS SUAS PUTIANES E ME DEIXA TRANQUILA. Imperador: QUEM NÃO ME DEIXA EM PAZ É VOCÊ, TU QUE NÃO ME DEIXA EM PAZ! ABRE ESSA PORTA AGORA OU EU DERRUBO ELA A BAIXO. Larissa: DUVIDO MUITO, DERRUBA ENTÃO SE TU FOR HOMEM, QUERO VER! – Digo e em seguida dou uma risada forçada. Mal completo a risada e escuto a porta sendo arrombada, e não é que ele foi homem mesmo, até porque essa era a terceira vez esse mês que isso acontecia. Larissa: Qual foi maninho vai apelar mesmo? Imperador: Sem deboche Larissa, odeio esse seu deboche, e odeio mais ainda quando você tranca essa porta. Larissa: Engraçado você né? Odeia tudo que eu faço vai ver odeia até a minha existência também né? Já que você afirmou segundos atrás que eu não te deixo em paz. – Falei virando as costas para ele que puxou o meu braço logo em seguida. Imperador: Não dê as costas para mim. Larissa: Entenda uma coisa, eu faço o que eu quiser, você pode ser o IMPERADOR lá fora, mais aqui dentro você é somente o Lorenzo Vasconcelos. Imperador: Você não pode agir como se fosse dona do próprio nariz, eu mando em você por direito, então eu decido o que você deve fazer ou não! – Fala me apertando. Larissa: Você tá me machucando, seu animal! – Digo tentando me soltar de suas mãos. Imperador: Pouco me importa, sabe o quanto suas palavras também me machucam? Não é nem o terço de um aperto no braço. Larissa: Ah, quer dizer que minhas palavras te machucam? Sério? Imperador: Eu falei sem deboche Larissa, que merda! Larissa: Sai do meu quarto por favor Lorenzo, e não esquece de mandar um dos seus lacaios vim aqui colocar uma porta nova no meu quarto. Meu irmão rosna e larga o meu braço, dá as costas para mim e sai do quarto pisando e chutando o que restou da porta que ele acabou de derrubar. Passo as mãos pelo meus cabelos lisos e faço um coque frouxo, bufo cansada e me jogo na cama, olho para o teto e fecho os olhos sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto... As vezes eu penso que ele nunca vai entender o meu lado, só o dele. Acho que o resto da minha vida eu vou passar por baixo de suas asas, sendo protegida por ele e vegetando por ele também, porque eu dificilmente posso sair para algum lugar, principalmente festas, tenho sempre que estar acompanhada por ele. Resolvi tomar um banho para ver se aliviava mais todo esse estresse, tenho que trocar de roupa dentro do banheiro por culpa daquele i****a! Apesar de morar só nos dois em casa eu não podia confiar vai que né, estava deitada na cama quando o Perigo chegou. Perigo: Fala Lala, vim arrumar sua porta. – Ele disse sorrindo e entrando.  O Perigo é sempre tão sorridente, ele é bem leve, adoro a companhia dele, só ele mesmo para aguentar os meus surtos sem me julgar. Larissa: Oi Pê, coloca uma porta de ferro aí para ver se aquele rinoceronte dá conta de derrubar, ôh homem véi nojento viu. – Ele dá uma gargalhada negando com a cabeça. Perigo: A qualquer hora dessas vocês colocam essa casa a baixo. – Ele disse colocando as ferramentas no chão. Larissa: Vou pegar uma coca e uns biscoito para a gente. – Falei me levantando da cama e indo em direção a porta, mas acabei tropeçando no pedaço de madeira , só não caí porque o Perigo me segurou. Por questão de segundos, eu me agarro em seus braços e sinto nossos copos colarem, sinto sua respiração perto do meu pescoço, não entendi o motivo mas senti um leve arrepio na espinha, a gente se encarou por alguns segundos e então percebi o quanto ele era gato, e sua boca estava muito convidativa, e então eu pensei, por que não? Perigo: Vai dar merda Lala. Larissa: Como se eu me importasse né? – Falei iniciando o beijo que era calmo, sua boca era macia, sua língua percorria pela minha boca, e a minha única vontade era de não parar, suas mãos me segurava firmme fazendo sentir segura, tava tudo maravilhoso... Imperador: Mas que droga é essa Larissa?                           ***                            
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