Capítulo 7

1289 Words
—Você está querendo brigar comigo, delegada? —Porque você tem medo, advogado? Eu dou risada, essa mulher só pode está delirando se ela acha que eu vou perder meu tempo brincando de clube da luta com ela, mesmo porque ela não aguenta nem um golpe meu. Eu me aproximo mais alguns passos ficando ao lado da Bruna. —Meu amor coloca logo essa mulher pra fora, ela está só querendo confusão. Olha —ela mostra o braço vermelho —ela quase quebrou meu braço, eu quero processá-la por agressão. —Você segurou meu braço primeiro, o problema é que você não aguentou. Então, eu acho que se você abrir um processo, advogado sua namorada vai se ferrar. —Ela fala com deboche. —Você vai sair com as próprias pernas ou prefere ser colocada pra fora? —Perguntei sem paciência. Essa mulher já está me tirando do sério. —Você acha mesmo que é só ir colocando os outros para fora assim? Senhor advogado eu paguei a minha entrada, eu não provoquei nenhuma confusão e foi sua namorada quem segurou meu braço primeiro, eu apenas me defendi. Eu não vou sair e o dono também não vai me tirar daqui por um pedido seu. Eu dou uma gargalhada quando ela fala de forma arrogante, ela acha mesmo que pode me desafiar? Não, não pode. Eu faço sinal para os seguranças e eles se preparam para agir, mas antes que eu dê a ordem o telefone dela toca. —Oi. Estou ouvindo! Ela bufa enquanto ouve a pessoa do outro lado, parece que não gostou muito do que ouviu. —Certo, estou indo. Assim que ela desliga o telefone, a amiga se aproxima também com um telefone na mão. —Esther, tenho que ir! O comandante ligou e disse que temos um chamado do presídio, parece que iniciaram uma rebelião. —Eu também vou, nossa folga pelo jeito acabou —Ela suspira, parece que não gostou muito de ser chamada na folga. —Vamos lá. —Ela fala e vira para olhar pra mim —Eu sinto muito, mas tenho que deixar nossa brincadeira para outra hora, advogado. —Que pena, eu ia adorar vê o que ela faria se os seguranças fossem pra cima dela. —O Lance fala divertido. —Ela iria sair, até parece que ela iria enfrentar os seguranças! —Agora é a Bruna quem fala, ela está mesmo com raiva. —Ela parece ser boa, afinal é uma delegada, ou melhor delegata, porque ela é uma tremenda gata. Eu acho engraçado o título que o Lance deu a ela e combina mesmo. O resto da noite correu tudo bem, a Bruna ficou chateada quando eu não aceitei abrir o processo contra a delegada, mas realmente a Bruna segurou o braço dela primeiro e nenhum juiz vai aceitar isso como agressão intencional. Quando voltei pra casa eu liguei a tv no canal de notícias e estavam falando justamente da rebelião no presídio. A equipe da delegada foi chamada justamente porque a rebelião começou na área onde ficam os criminosos que respondem por crimes internacionais. Eu tenho que admitir ela até que é boa, nas cenas que mostra ela em ação deu pra perceber que ela não tem medo do perigo. Nos dias que seguiram eu não tive novos problemas com as ações da delegada a corregedoria está fazendo um ótimo trabalho impedindo ela de incomodar meus clientes. —Finalmente você resolveu vir aqui! —O Yuri reclamou assim que entrei pela porta. —Achei que você tinha esquecido o meu endereço. —Eu não fiz por m*l, Yuri. Você sabe que estou atolado de serviço, o empreendimento está tomando muito meu tempo, além é claro de todos o resto. —Eu já avisei para você contratar mais uma pessoa, você trabalha demais e sem necessidade. —Eu gosto de fazer tudo, você sabe que eu curto muito meu trabalho. —Ele suspirou desanimado com minha resposta. Eu olho para os lados —Onde está a Ana? —Ela está visitando a família dela. —Ele fala com uma certa irritação. —O que aconteceu? —Nada demais, só a Ana com a implicância boba dela com a Loren. —Implicância boba? —Pergunto rindo. Eu também já reparei que a Loren tem uma queda pelo Yuri. —Até você? Não começa, Max. A Loren é uma amiga querida e de longos anos, a Ana não tem que ter ciúmes, muito menos tem que fechar a cara quando a Loren decide vir nos visitar. Você sabe que a Loren sempre veio aqui, ela nos considera muito. Eu não respondo mais. Eu sei que a Loren e o Yuri são amigos há anos, também sei que ela é uma pessoa muito legal e que já salvou a vida do Yuri em um momento complicado, ela também era amiga do meu pai e gostava muito dele, mas ela gosta sim do Yuri, é visível no olhar dela pra ele, só o Yuri não vê isso. A Loren é uma empresária do ramo do petróleo, ela tem uma refinaria e transporta combustível para vários países, ela é a única mulher entre os 20 ceos mais poderosos de Seattle e claro que ela faz parte da Elite. —Mas vamos deixar a pirracenta da Ana de lado e vamos falar de negócios. O Dominik vem para nossa reunião? —Sim, ele deve está chegando já. Ele está muito empolgado com o trabalho, faz tempo que voltou das missões no Iraque e segundo ele, está cansado do serviço chato do escritório. O Yuri dá uma risada, o Dominik é filho de um ex motorista do Yuri, o Louis, que se aposentou há cinco anos, nós crescemos juntos aqui na mansão e até fizemos faculdade juntos, mas o Dominik não quis seguir a advocacia, ele decidiu seguir carreira no exército. Ele aceitou trabalhar com a gente para resolver um caso que está irritando o Yuri há anos. —Bom dia! —Ele entra todo animado. —Bom dia! Nossa, como você mudou esses anos no exército, nem parece aquele garoto magrelo que saiu daqui sete anos atrás. —Não exagera, senhor Yuri. Eu era só um pouco mais fraco. —Um pouco? Seus braços triplicaram o tamanho. —O Yuri ri —Como está o Louis? —Muito bem, aquele ali agora só pensa em viajar e minha mãe adora. —Fico muito feliz em ouvir isso. Diz para seus pais que estou esperando uma visita. Eles gostaram do meu presente? —Quem não gostaria? Senhor Yuri, o senhor deu uma viagem para Dubai de presente para os coroas, eles amaram. O Yuri sorri quando ouve a empolgação do Domínio. O Yuri é uma pessoa maravilhosa, mesmo tendo tanto dinheiro e poder, ele é muito humilde e tem um coração gigante, ele trata todos os funcionários como família e sempre envia presentes e ajuda quando eles precisam, até mesmo depois que se aposentam como é o caso do Louis, por isso ele tem a fidelidade de todos. Eu tenho um orgulho enorme dele. —Você está mesmo disposto a entrar nisso? —O Yuri perguntou, mas só por burocracia, ele sabe que o Dominik está disposto sim. —Claro que sim! Eu não aguento mais ficar trancado naquele escritório. Eu já me acostumei com a ação do campo de batalha, aquela sala me sufoca. Nós três rimos, o Dominik está mesmo ansioso para virar um investigador de polícia. Nós entramos para o escritório e o Yuri e eu passamos a informação de todo o trabalho que o Dominik irá fazer, ele será nossos olhos e ouvidos dentro da delegacia de crimes internacionais, agora o Yuri finalmente terá as respostas que precisa. Continua…
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