Episódio 1
— Eu te dei tudo, te dei meu amor uma família, o que te faltou para me trair assim?
— Faltou a minha família que você matou.
05 de setembro de 2019,
— Meus pais nunca foram um exemplo de família ou qualquer outro tipo de coisa, mas ainda sim eram os meus pais, mesmo com o vício em entorpecentes nunca me deixaram sem comer, mesmo ficando dias sozinha em casa sempre tinha o básico do básico, desde nova aprendi a me virar e mesmo ainda sendo uma criança, quando minha mãe estava sóbria ela me ensinava a cozinha e manter a casa organizada, ela sempre dizia que queria me dar um lindo futuro e que eu era o sonho dela, mas ai um dia ela caiu ness mundo louco e não conseguiu sair mais apenas se afundar dia pos dia. — Nem ela nem meu pai chegaram a imaginar que um dia o vício deles lhe custariam a própria vida, a dívida com os caras da boca foram se tornando grandes demais, ao ponto de levarem a primeira surra como aviso lembro que ficaram semanas sem consegui levantar do colchão, não éramos vistos juntos e acho que por isso ninguém veio atrás de mim, ou me matou junto com eles. — Quando estavam recuperados passou dois messes para a segunda surra acontecer, essa bem mais grave com costelas quebradas e cabeça raspada, lembro que quando a minha mãe estava sem nenhum efeito dos entorpecentes ela chorou muito em meu colo, nunca tinha visto ela assim pois seus longos fios negros era o seu charme, mesmo magra por conta das porcarias que ela usava o seu cabelo ainda lhe deixava bonita. — A terceira surra foi em forma de uma tortura, minha mãe teve 4 dentes arrancados e meu pai teve todos e mais algumas unhas, eles sofreram, mas aguentaram, pois, ainda tinha vestígios nas veias e queriam cada vez mais, porém foi o último aviso o filho do chefe na época estava sendo treinado para assumir o comando e como lealdade ao pai ele deveria eliminar quem estava devendo muito na boca, era 15 pessoas entre eles os meus pais, eu tinha chegado da escola minha mãe tinha feito almoço mas já dava indícios de abstinência e eu sabia que não iria demorar que ela saísse para conseguir o que tanto queria, comemos mas antes dela sair bateram na porta, ela apenas pediu que eu me escondesse e assim eu fiz, e ali na sala ela e meu pai foram amarrados e levados para o galpão que fica no topo do morro e na entrada da mata, assim que saíram eu corri até lá mas sempre de longe para que não fosse vista, mas eu vi ele apertando o gatilho duas vezes em direção aqueles que me deram a vida. não pude enterrar e nem me despedir, mas eu jurei me vingar e apertar o gatilho duas vezes contra quem tirou a minha unica família. — Eu tinha apenas 15 anos quando tudo isso aconteceu, voltei para casa e liguei para uma tia a única que eu tinha irmã da minha mãe, ela tinha uma vida boa e me levou para morar com ela, estudei em ótimas escolas e fiz alguns cursinhos, éramos apenas eu e ela, mas ai ela descobriu um cancer de estomago em estado avançado, não teve muito ao que fazer mas eu permaneci ao seu lado até o último dia, como sua unica parente em vida eu fiquei com os seus bens, apartamentos carros e uma grande quantia em dinheiro eu já havia feito meus dezoito anos, e então resolvi por meu plano em prática comprei a casa que era dos meus pais na comunidade, ia em bailes e nos pagodes mas nada muito que chamasse a atenção ou levantasse alguma suspeita, em uma dessas saídas o chefe me chamou para subir ao camarote com ele, seu pai o antigo dono do morro estava presente e me cumprimentou como se realmente estivesse me vendo pela primeira vez, e isso era ótimo a minha falsa inocência conquistou todos eles, o antigo dono sua esposa, o seu filho atual dono do morro, o sub e o gerente, todos diziam que o chefe tinha tirado a sorte grande por ter me encontrado, e então eu passei a ser a garota perfeita tendo ele em minhas mãos para que eu mesma o destruísse.
— Eu iria até o fim.