Preciso do seu sacrifício

1463 Words
Rocco DeLuca Dirigi durante um bom tempo e voltei para o esconderijo, sabendo que a noite seria longa. Minha doce tentação estava à minha espera. Caterina estava sob a minha proteção agora, e eu precisava garantir que ela estivesse segura. Eu prometi não tocá-la e estava arriscando muito por ela, mas não podia colocar essa pressão sob a sua cabeça. Cheguei em casa tarde da noite, depois de um dia cansativo e cheio de problemas. A casa estava em silêncio, a única iluminação vinha das luzes suaves dos abajures, lançando um brilho quente sobre os móveis elegantes. Encontrei Isabella esperando na entrada da sala, ela ergueu o olhar para mim e parecia ansiosa. — O que está fazendo acordada? Aconteceu algo com Caterina? — Eu perguntei, preocupado. —Não senhor DeLuca. Ela está descansando. Está exausta, mas está segura. — Isabella respondeu, — Estava esperando o senhor para o caso de querer jantar. Assenti, aliviado. — Obrigado, Isabella. Você é uma verdadeira bênção. — Eu sorri para a senhora, vendo ela corar. — Vou jantar. Preciso apenas de um banho, você pode servir que eu desço em vinte minutos Ela assentiu e saiu para a cozinha. Subi para o meu quarto, passei pelo corredor com um passo pesado entre a porta de Caterina e o meu quarto. Suspirei na porta antes de praticamente voar para o meu quarto. Eu entrei no banheiro já me despindo no caminho. O banho quente foi um alívio, ajudando a dissipar o cansaço e o estresse acumulado. A água escorria pelo meu corpo, levando embora todo o cheiro de cigarro, maconha e pólvora. Após o banho, me vesti com roupas confortáveis e desci para a sala de jantar. Isabella havia preparado uma refeição simples, mas bem feita, e a mesa estava posta com cuidado. Sentei-me e comecei a comer, tentando aproveitar o momento de tranquilidade. O jantar foi silencioso, como em todos os meus dias, ao menos quando Vittorio não estava aqui. Enrico ia ser uma p***a de uma pedra no meu sapato. Agora eu tinha que arrumar uma noiva para ele. Onde diabos eu conseguiria uma noiva para ele? Isabella entrou na sala para verificar como estava o jantar e eu a olhei com gratidão até que me lembrei. — Está ótimo, Isabella. Muito obrigado — eu falei, apreciando o esforço dela, — Vá descansar e diga a Inácio que quero falar com ele. Ela sorriu e fez um gesto de agradecimento antes de se retirar para permitir que eu comesse em paz. Pouco tempo depois, Inácio entrou na sala, — Pediu para me chamar, senhor DeLuca? Há algum problema de segurança? Inácio havia se tornado meu chefe de segurança há cinco anos, desde a morte de nosso pai, ou como chamamos “Capo della sicurezza”. Eu estava tentando reparar os danos de meu pai, mas não pude fazer muito. Talvez agora, fosse possível. Eu o encarei por um momento, ponderando sobre minhas próximas palavras. Essa conversa não seria nada fácil. — Sim, Inácio. — Fiz um gesto para que ele se sentasse. — Se sente. Tenho algo importante para discutir com você. Ele se acomodou na cadeira, a tensão visível em seus ombros. — O que posso fazer por você, senhor? — Tenho uma proposta para você. Estou pensando em expandir a nossa família. Quero saber se você teria interesse em fazer parte dela. Como você sabe, estou passando por um momento complicado e preciso de sua ajuda. — Falei observando-o atentamente. Inácio olhou para mim com curiosidade e desconfiança. — Senhor, eu aprecio sua oferta, mas não sei se entendi completamente o que está oferecendo. Ele parecia atento, seus olhos fixos em mim, como se estivesse esperando pela continuação. — Eu estava pensando em expandir nossa família, no sentido de associar pessoas de confiança que possam nos ajudar. Você tem mostrado lealdade e competência, e gostaria de saber se teria interesse em se tornar uma parte mais integral da minha família, no sentido de nossos negócios e, possivelmente, até mesmo pessoalmente. Inácio ergueu uma sobrancelha, claramente surpreso e desconfiado pela proposta direta. Ele hesitou um momento antes de responder, claramente ponderando suas palavras. — Senhor DeLuca, eu... — Ele começou, antes de parar para encontrar uma resposta adequada. — Não sei exatamente o que isso implica, mas sim, eu tenho interesse. Eu acenei em compreensão, apreciando sua resposta honesta. — Entendo sua cautela. Não pretendo pressionar ninguém a fazer algo com o qual não esteja confortável. No entanto, há uma questão específica sobre a qual preciso de mais informações. — Pausei, observando a reação dele. Os ombros estavam tensos e ele respirava pesadamente. — Vou ser direto com você, Inácio. — Eu o encarei enquanto seus ombros tremiam. — Tenho um problema que preciso resolver. Parte desse problema envolve encontrar uma noiva para uma pessoa específica. Eu sei que isso pode parecer estranho, mas, neste momento, isso é importante para mim. A tensão na sala aumentou. Inácio hesitou, olhando para o chão, antes de levantar os olhos para me encarar novamente. — Entendo. E você está pensando em qual noiva? — Queria perguntar sobre sua filha mais velha, Elena. Quantos anos ela tem? — Eu perguntei. Inácio pareceu imediatamente tenso ao ouvir o nome da filha, sua expressão se fechando ligeiramente. A hesitação foi quase palpável enquanto ele ponderava como responder. — Porque está perguntando sobre ela? — Apenas responda, Inácio. — Elena... Ela… Ela fará 18 anos em cinco meses, senhor DeLuca— Ele respondeu com cautela, claramente preocupado com a direção da conversa. — Mas qual o seu interesse em Elena? Ela é muito jovem, senhor. Ele estava visivelmente em pânico mas eu tentei acalmá-lo. — Não se preocupe, Inácio. — eu falei suavemente, tentando aliviar a tensão. — Não é nada imediato, mas sim para considerar um acordo futuro. Estou buscando formas de atender a uma demanda complicada e, se possível, encontrar uma solução que beneficie a todos nós. Inácio relaxou um pouco, aliviado por não estar sendo pressionado sobre a filha. A preocupação em seu rosto começou a se dissipar. — Então o que planeja fazer? Eu assenti — Ela ainda é virgem, certo? — eu perguntei, vendo os músculos de Inácio se contraírem e um leve rosnado escapar da garganta dele. — Sim, mas o que isso tem haver? — Ele falou levemente irritado. — Enrico Casanova exige que a noiva seja virgem. Elena é a mulher mais próxima da família que eu tenho. — eu respondi para ele tomando um gole de suco. — Não me olhe assim, Inacio. Eu sempre soube que você é filho de meu pai. Ele congelou na cadeira e começou a tremer levemente. — Eu sempre soube que sua mãe e meu pai tiveram um envolvimento, após minha mãe falecer no parto, Inácio. — eu falei ajeitando os talheres no prato vazio. — Só um cego não perceberia que você é meu irmão. Temos o que? Dois anos de diferença? Era real. Nós éramos fisicamente parecidos. Eu tinha acabado de completar os meus 38 anos e Inácio tinha 36, mas ele se casou muito cedo com uma jovem russa Yelena Popov e teve duas filhas, Elena e Nicola, ambas tinham entre 16 e 18 anos. Eles sempre viveram em nossa propriedade trabalhando para o meu pai e embora ninguém nunca tenha falado sobre isso, todos sabem o verdadeiro motivo. — Eu... Eu não sabia que você tinha conhecimento disso, Rocco. — Ele finalmente conseguiu falar com um sussurro tenso. — Isso muda muita coisa. Eu nunca imaginei que nosso vínculo pudesse afetar os negócios dessa forma. — Sei que meu pai… Nosso pai foi negligente com você, mas eu preciso pedir isso, Fratello. — ele arregalou os olhos para mim e engoliu o nó na garganta. Eu nunca havia o chamado de irmão. Mas poderia me acostumar com isso. Ele parecia estar tentando se recompor, sua mente processando a nova realidade de que éramos meio-irmãos. — Se você realmente acredita que isso é necessário para resolver a situação com Enrico, então vou considerar sua proposta. No entanto, preciso garantir que a segurança e o bem-estar de minha filha sejam a prioridade máxima. — Você tem minha palavra, Inácio. — Eu garanti, me levantando da mesa para demonstrar a seriedade da minha promessa. — Elena será tratada com respeito, e eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que ela não seja prejudicada em nada. Inácio assentiu lentamente, ainda visivelmente perturbado, — Eu vou discutir isso com minha esposa e, depois, entrarei em contato com você. Preciso garantir que esta decisão seja tomada com o máximo de consideração e cuidado. Eu me aproximei dele e coloquei uma mão em seu ombro em um gesto de apoio. — Agradeço por isso.
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