“Quem um dia irá dizer
Que não existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?” (Renato Russo)
Um mês depois da visita ao sítio, que acabou sendo comprado pelos pais de Heitor, Vanessa acordou muito indisposta.
Heitor não perdeu o seu tempo já preocupado com a amada, como companheiro atencioso, mesmo contra a vontade dela, levou-a ao médico.
Foram atendidos por uma doutora que aparentava uns cinquenta anos, com um olhar firme sorriso ela fez várias perguntas para Vanessa, e disse que apenas poderia dar um diagnóstico final depois de alguns exames de sangue.
A equipe colheu o sangue de Vanessa, que precisava esperar pelos resultados, Heitor ficou ao seu lado todo o tempo, até serem chamados novamente ao consultório.
“Parabéns casal, o m*l-estar de Vanessa são os primeiros sinais de uma gravidez, vamos fazer um ultrassom para ver como está esse ser aí dentro.”
Heitor apenas chorava abraçado a Vanessa, diz: “Obrigado minha vida, você acaba de realizar um grande sonho meu!”
“Vamos ser pais, mas como sempre nos cuidamos, menos...”
“No sítio de Violetas.’ Completou Heitor com uma gargalhada.
Eles foram encaminhados para a sala de ultrassom, onde descobriram que a gravidez era de cinco semanas, o que batia com a data da visita ao sítio.
“Vai ser uma menina, e o seu nome será Violeta como as flores.” Afirmou Heitor alisando a barriga ainda reta da sua esposa.
“Vai ser uma menina e como as flores vai levar cor por onde passar, deixando a vida de todos ainda mais alegre, a começar por nossa vida” completou Vanessa.
A médica deu todas as recomendações para que ela começasse o pré-natal.
Quando saíram do hospital, Heitor dirigia calado, indo para um local que Vanessa não sabia, quando pararam na frente do cartório, ela questionou-o: “O que estamos fazendo aqui?”
“Bem você vem me enrolando há muito tempo, para oficializar o nosso casamento, então a um mês deixei os nossos documentos aqui para dar entrada no nosso casamento civil, enquanto foi ao banheiro no hospital, liguei e perguntei se estava tudo pronto. Só faltam as testemunhas e assinarmos.”
“Eu já disse que te amo, se já vou repetir EU TE AMO HEITOR!”
Eles trocaram um beijo doce, entre lágrimas de alegria, quando saíram do carro Vanessa questionou: “Que tal aquele casal ali como as nossas testemunhas?”
Heitor olhou para o lado que a esposa apontava e viu um casal que vendia vasos de violetasele sorri e já foi na direção do casal fazer a proposta, eles aceitaram.
Em menos de vinte minutos, já eram um casal oficial, saindo com a certidão de casamento em mãos, novamente Heitor tomou um rumo que não estava na sua rotina.
Parando o carro ao lado da igreja de Nossa Senhora do Carmo, ele sorriu e disse:
“Padre José vai ficar feliz em saber que iremos nós casarmos!”
“Você realmente quer um casamento na igreja também?”
“Sim, com certeza! Se existir outro meio de prendeu você quero fazer também, vai ser para sempre, vai ser eterno.”
“Até que a morte nós separe, porque se eu ficar viúva vou arrumar outro homem e se você ficar viúvo vai arrumar outra mulher, gente bonita, gostosos e com o nosso fogo não pode ficar sozinho no mundo que fica chato.”
“Vire essa boca para lá. Iremos morrer na velhice.”
Eles entraram na igreja rindo, e foram recebidos pelo padre que os conhecia desde a adolescência, o casamento ficou agendado para o próximo mês, seria uma cerimónia simples, apenas para o pessoal da empresa e os pais de Heitor.
Os pais de Heitor ficaram que era pura alegria ao saber da gravidez e do casamento, a mãe de Heitor ajudou Vanessa em tudo, ela tratava a nora como filha.
A turma da empresa, preparou um churrasco para comemorar o casamento do casal, mesmo eles dizendo que queriam apenas as bênçãos, os seus amigos organizaram tudo.
No dia do casamento, Vanessa não conseguia disfarçar a tristeza por não ter os seus pais ali, o pai de Heitor fez questão de entrar com a nora na igreja, tudo estava lindo, decorado com violetas.
Uma gravidez tranquila, acompanhada de perto por ambos, eles trabalhavam juntos, dividiam gostos e diferenças, a sua empresa no ramo imobiliário crescia num ritmo seguro.
Numa manhã de primavera nasceu à pequena Violeta, a riqueza da família, Heitor e Vanessa não pediam mais nada nas suas vidas, tinham tudo que precisavam amor em casa e prosperidade nos negócios. Parecia até um final feliz de conto de fadas...
Mas essa história não é deles, lembra... ainda estamos no começo da história da nossa guerreira...