Damon
Amor.
Esse é um conceito que não entendo. Eu vejo pessoas se apaixonando e desapaixonando o tempo todo.
Como quem troca de roupas.
Isso é amor?
O amor não seria indelével?
Caso ele existisse, óbvio. Aposto que as pessoas com um pouco de inteligência já sabem o mesmo que eu...
Enfim!
Desisti da ideia de amor.
Sou um homem adulto tenho 31 anos.
Já me apaixonei uma vez e foi trágico.
Cabelos dourados como uma deusa do amor e do sexo.
Melissa, deus, eu amo o nome.
Ela foi minha secretária por 6 meses há quase 5 anos.
Eu estava tão louco, era um sentimento novo para mim, mas eu gostei.
Ela perdeu a virgindade comigo.
Lembro de seu corpo nu, seu pescoço alongado e como ela foi de virgem à rainha do boquete em poucos dias.
E eu a fiz gozar várias vezes, ela gritava meu nome.
Posso ouvir o gemido dela se eu fechar bem os olhos.
Transamos em todos os lugares, no carro, no escritório, no elevador, ela era molhada e receptiva e eu adorava enchê-la com meu sêmen, ela dizia que se cuidava e que uma gravidez não era possível.
Desde que Eva enganou Adão, homens caem por mulheres. Comigo não foi diferente.
Posso lembrar perfeitamente dela sentada na lanchonete da 79 Park Avenue me esperando, depois de mandar uma mensagem de texto me chamando com urgência.
— Melissa o que há de errado? Você está bem, gostosa? — Ela olha para cima, e eu posso ver as lágrimas que começam a se formar em seus olhos.
— Estou grávida, Damon.— Soltei a mão dela, como se me queimasse — Damon?
— Livre-se disso. — me senti enganado, usado, a secretária que deu o golpe da barriga no patrão.
— O que ... o quê?— Eu não consigo olhar para ela, posso ouvir a mágoa em sua voz, e seu rosto deve mostrar a mesma emoção.
— Melissa, não há futuro pra essa criança...
— Damon ... eu ... eu não posso Damon. — Eu fico olhando para ela com horror. Não pode? — Damon, eu te amo, nós podemos fazer isso funcionar. Eu te amo.
— Melissa, não podemos. Se você me ama, vai tirar férias e tirar essa coisa, eu cuido de você depois...
— Eu não vou fazer um aborto, e não posso acreditar que você está sugerindo isso.
— Vou te dar uma boa quantia, você vai num bom lugar. E na volta eu penso em formas melhores de prevenção.
— Ok.
Foi a última vez que a vi.
Ela deixou Seattle com duzentos mil dólares na conta, e nunca mais voltou. Provavelmente está feliz por aí.
E aí Fran veio, minha amiga, me ajudou nesse período e ao mesmo tempo transamos como dois atores pornôs, porém não havia quaisquer sentimentos.
Não foi difícil cairmos em b**m e swing, éramos livres, ricos e adultos.
Numa tarde em que eu visitava minha mãe tudo mudou, quando antes de começar a comer, derrubei ketchup na camisa e ao subir para o meu quarto, a encontrei sentada em minha cama.
Melissa Roberts.