a beira do abismo

a beira do abismo

book_age18+
0
FOLLOW
1K
READ
dark
BE
badboy
gxg
enimies to lovers
dystopian
like
intro-logo
Blurb

(thriller psicológico)Ayla é uma jovem humilde, tímida, se mata pelos outros, se sente culpada por um incidente do passado, todos os dias seu único sonho é se suicidar, porém essa culpa que ela carrega no peito trouxe uma responsabilidade para ela que a impede de cometer esse desatino. E em uma dessas idas a beira do abismo ela encontrou Norma, uma mulher de 49 anos, advogada renomada e muito temida no meio jurídico pelos seus colegas, que também tem seus conflitos e tristezas que lhe assolam. O destino das duas se cruzam fazendo Ayla conhecer talvez o pior lado de Norma, ou não. Uma paixão surge. Drama!

chap-preview
Free preview
capítulo 1
- Parece tão alto, não é? - Perguntei para ela, ainda de longe. - Será que dói? - Ela questionou com um timbre mais alto, para que eu pudesse ouvir, pela voz suave, era notório que ela quase nunca falava tão alto-, com braços abertos, sem me olhar. - Vai em frente, só se jogando para saber como é! - respondi aproximando-me lentamente dela, por fim, ficando ao seu lado. olhando o horizonte na beira daquele belo abismo. O céu estava nublado, nuvens bem carregadas, provavelmente mais a noite, choveria bastante - sente o quão perto do céu a gente está. - murmurei para ela. - Mas com essa intenção, o céu não é o lugar para qual eu irei. Sorri da sua sinceridade, meu primeiro sorriso daquele dia sombrio. - É, dizem que quem se mata vai para um lugar bem triste, um lugar de acordo com as nossas vibrações. - murmurei. O mais engraçado daquilo tudo era que uma estranha estava me proporcionando um sorriso sincero e um diálogo estranho. A forte brisa fazia nossos cabelos alvoroçarem, o dia não poderia estar mais perfeito. "ótimo para encontrar uma intensa no meu lugar especial". pensei, mas o estranho era que eu não havia me incomodado com alguém no meu adorado lugar. - Você não deveria me motivar a não pular? - Ela me questionou, sentando nas pedras, após respirar fundo. Dando evidências de que havia desistido de tirar a própria vida. - Deveria, mas eu venho aqui quase todos os dias, com o mesmo objetivo que o seu, e nunca consigo, sou um fracasso até na tentativa de me matar. - Sorri ironicamente, por fim olhando-a. - É por quê uma pessoa tão jovem tentaria se matar? Agora foi a minha vez de voltar a encarar o horizonte e respirar fundo, falar de mim com certeza era algo que eu não costumava fazer. - O tempo nublado é o meu favorito. - Mudei de assunto, ignorando completamente sua pergunta. - Vai, coragem, nunca mais nos veremos, conte-me seus motivos. - Ela falou sorrindo. Observei aqueles dentes tão brancos e alinhados, as novinhas em suas bochechas, o buraquinho no queixo ficavam mais em evidência quando ela sorria, seus lábios levemente carnudos, nariz parecia um escorregador, de tão afilado que era, seus belos olhos da cor de chocolate tinha um brilho tão diferente de todos os que eu já tinha visto... - Se você falar os seus motivos primeiro, eu falo os meus - Joaguei as palavras ao vento, calmamente. - Eu sou uma péssima esposa, não consigo manter a paz no meu casamento, não consegui dar um filho para ele, me sinto fracassada, cansada de tantas cobranças, nem o meu trabalho me deixa mais feliz, a verdade é que todos me odeiam lá, e eu não faço por onde para mudar isso. Sua voz era suave, seus cabelos escuros desalinhados por causa do vento a transformava em uma bela visão, daria uma bela pintura. Ao fundo o céu sombrio, tocando as pedras, as gramas em movimento por causa do vento, tão bela e tão perdida. Seria o cenário perfeito para mais uma obra de Kaemmerer, com certeza. - É um bom motivo - Respondi sem saber outra coisa a dizer. Ela sorriu e me olhou consternada, olhou para o horizonte mais uma vez e olhou pra mim - Você não é prol a vida. E o seu motivo, qual seria? - Bem, estou desempregada, devendo a faculdade que ingressei, nunca consegui ter um amigo sequer, e não sei oque fazer da minha vida. Parece que nada da certo pra mim sabe? - Me limitei em dizer. - Quantos anos você tem? - Ela me questionou com o cenho franzido. - Agora, vinte e um. - Você é tão jovem, e seus motivos não são bons motivos. - Ela disse de forma enfadada. Sorri de forma irônica. - Você não sabe de um terço que se passa na minha vida para dizer que não são bons motivos, senhorita mediadora de motivos aceitos para suicídio. - Senhora, tenho idade para ser sua mãe. Desculpe, realmente sempre queremos medir a dor do outro, essa não foi minha intenção - Ela disse cruzando os braços. Aquele famoso silêncio colossal se instalou no ar. Mas diferente do que seria com outras pessoas eu não me senti desconfortável, me senti bem, como há muito tempo não me sentia. - Ouvi dizer que no escritório da advocacia G&K estão precisando de uma secretaria, por que não leva seu currículo lá? - Ela questionou olhando para o horizonte. - Eu nem sei onde fica, provavelmente é na cidade vizinha, não? - Questionei curiosa, já havia espalhado currículo nos quatro cantos da cidade, e nunca ouvi aquele nome. - É sim, há duas horas desse lugar. - Vou enviar, estou desesperada. você é de lá? tem um cigarro? - Não, eu não fumo. E sim, moro na cidade vizinha - Ela e respondeu tentando manter os cabelos alinhados. - Nem eu fumo, na verdade, odeio cigarro, só achei que combinaria com o clima dessa conversa, dessa situação, nesse lugar tão melancólico. Ela sorriu balançando a cabeça em negação, como é lindo olha-la sorrir, eu definitivamente passaria o dia aqui, olhando-a sorrir, estava encantada. Sua beleza apesar de simples, era encantadora, como se ela tivesse algo a mais, além de um belo e harmonioso rosto - Você acha que eu conseguiria a vaga? - Você é bonita, só tem que se vestir melhor para secretaria, infelizmente um rosto bonito ainda é um ponto importantíssimo, a aparência conta demais. Leve seu currículo! Dei um sorriso esperançoso para ela, e balancei a cabeça em concordância. - É você, ainda vai se jogar? - Não, não vou. - Ela disse gargalhando. - isso foi um pensamento i****a, obrigada por ter aparecido. - Eu entendo você. - Também sorri. - Quer tomar um café comigo? - Ela me questionou, encarando meus olhos. - Não, bem, preciso ficar um pouco aqui no meu cantinho do pensamento. - Lhe respondi timidamente. - Eu sou a invasora? - Sim, você é - Então me vou. Não se jogue. - Ela disse se afetando com um sorriso reconfortante. - Adeus! - Respondi quase como um sussurro. Assisti aquela mulher desconhecida se afastar lentamente, quando ela chegou próximo a um carro preto de luxo, eu me questionei quanto a vida era estranha, eu querendo me matar por problemas financeiros e ela pelo visto cheia de luxo querendo se matar por causa de terceiros. "Por que menti pra ela?" Me questionei. Deveria ter sido sincera, assim como ela foi comigo, não que eu tenha mentido, meus problemas são esses, mas omiti, engloba tantas outras coisas, talvez eu tenha mentido quando disse que enviaria o currículo para tal lugar, eu jamais teria chances, como ela deixou bem claro q eu secretaria tem que ser bonita e eu estou bem longe disso, não irei nem perder meu tempo. Suspirei e me senti na minha rocha preferida. Sempre quis me matar, mas nunca poderia fazer isso, eu de forma alguma poderia deixar minha mãe que tanto precisa de mim, mas mãos. talvez um dia, quando ela partir, eu por fim realize meu sonho. por enquanto só me resta ficar imaginando, como seria a sanção de cair.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

Protection

read
1K
bc

Expresso Frankfurt

read
1K
bc

Wild: A dama selvagem

read
1K
bc

Doces Mentiras

read
2.7K
bc

Apocalipse zumbie

read
1K
bc

Gabriel - A rebelião, livro 1

read
1K
bc

A rosa vermelha

read
1.4K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook