capítulo 5

3289 Words
Um Vampiro Em Minha Vida Capitulo VI – Revelações ❦ Cruzei as pernas umedecendo os lábios. Brincava com o anel em meu dedo inquieta, Hinata estava sentada ao meu lado em silencio observando os garotos limparem os cacos de vidro espalhados por toda sala. Eles se xingavam e minutos depois estavam sorrindo juntos, faziam algumas palhaçadas tentando chamar minha atenção e quebrar aquele clima tenso a minha volta. A verdade era que eu estava ansiosa e nervosa. m*l via a hora de Sasuke passar por aquela porta e...como se lesse meus pensamentos a porta foi aberta bruscamente batendo contra a parede com uma força que a fez despencar no chão. Me assustei me levantado e Hinata fez o mesmo soltando um suspiro. Olhei a porta caída e engoli em seco, por um momento tive medo de ser outro psicopata mas para meu alivio foi Sasuke quem apareceu. Entrou no apartamento a passos lentos pesados, observei seus coturnos pretos fazendo um barulho irritante no chão. Sasuke parou no centro da sala e por um momento seus olhos estavam fixos nas sobras de cacos de vidro ainda espalhados pelo tapete e em outro estavam mirados em mim. Não consegui decifrar sua expressão vazia mas minha minha respiração pesou sobre seu olhar intenso. Seus olhos eram tão obscuros e tenebrosos, fazia você querer correr. O apartamento estava em absoluto silêncio, até mesmo Naruto e Suigetsu pararam de brigar. Me virei para Hinata e ela parecia calma observando Sasuke, ela poderia me ensinar a manter a postura. Voltei a olhar para Sasuke e agora seus olhos estavam fixos em meu pescoço, por um momento vi sua mandíbula travar e seus punhos se fecharam. Me preparei para quebrar aquele clima tenso mas fui impedida de falar quando Sasuke voltou sua atenção para Naruto e Suigetsu. — O que eu falei pra vocês? — Sasuke praticamente rosnou. — Não vimos quando ele entrou no apartamento, sentimos o cheiro dele na floresta mas ele conseguiu nos despistar. — Naruto disse se aproximando e se postou ao lado de Hinata. Cheiro? do que eles estavam falando? — Mas a gente chegou a tempo, não aconteceu nada com a gatinha aqui. — Suigetsu riu se aproximando de mim apoiando uma mão em meu ombro. O olhei torto. — Sai de perto dela. — sua voz fria saiu mais assustadora do que o normal. — Não esta mais aqui quem falou. — Suigetsu se afastou resmungando algo como m*l agradecido. — Será que alguém pode me explicar o que esta acontecendo aqui? — me exaltei e todos me olharam. Que saco. — Sasuke acho melhor vocês conversarem, ela esta confusa então pega leve. Nós vamos ficar por perto, vamos meninos, temos que fazer uma ronda pela floresta. — Hinata se manifestou e me deu um sorriso confortante. Franzi o cenho confusa os vendo sair do apartamento, Suigetsu piscou o olho e Naruto colocou a porta no lugar acenando de leve antes de partir. — Ronda pela floresta? — murmurei para Sasuke que se aproximou de mim. Parou a minha frente e eu dei um passo para trás. — Esta sentindo dor? — ele me empurrou contra o sofá onde eu cai sentada. Ofeguei o vendo se abaixar a minha frente, segurou meu queixo deslizando os dedos pelo meu pescoço dolorido. O observava surpresa. Resmunguei e Sasuke trincou os dentes. Senti suas mãos em meus cabelos e ele os soltou sem permissão os jogando sobre meu pescoço. — O que esta fazendo? — Se eu continuar olhando pra isso vou perder a cabeça e matar a primeira pessoa que aparecer em minha frente. Preferi ignorar aquela frase sem cabimento. — Acho que você têm algo a me dizer. — Isso é uma droga. — ele bufou. — Concordo, alguém quer me matar e eu acho que tenho o direito de saber. — retruquei. — Não vou mais te deixar sozinha, eles não vão machucar você. — disse certo olhando em meus olhos. Tombei a cabeça para o lado pensativa, suas palavras pareciam tão verdadeiras. Ele sabia quem queria me fazer m*l, mas será que ele não era um deles? Eu deveria confiar em Sasuke? — Qual é a sua? Sério eu não te entendo. — disse enquanto o olhava confusa. — Não é pra entender, só seja uma boa garota e me obedeça. — disse ignorante e eu o odiei. Quem ele pensa que é pra falar daquele modo comigo? odeio ignorância. — Obedecer você? vá a merda. Psicopatas querem me matar, como vou saber se você não é um deles? — rosnei apertando os dedos da mão com força sustentando seu olhar arrogante. — Por que eu seria? — retrucou sem se abalar. — Porque você me odeia, me olha como se quisesse me matar, e os seus olhos não são normais. — Eu não te odeio, te odiei um dia mas infelizmente se tratando de você não posso continuar ignorando sua existência. —ele desviou o olhar soltando um suspiro frustrado. Sasuke sabe como confundir a cabeça de uma pessoa. Conheço o Uchiha a pouco tempo e nosso primeiro encontro não foi nada legal, me envergonho só de lembrar que já o vi como veio ao mundo e me sinto ridícula logo depois. Sasuke age de formas estranhas, achei que me odiava mas ele disse que não. Me salvou mas ao mesmo tempo mentiu pra mim, me beijou do nada e foi bom demais só pra constar mas e sei que isso não pode se repetir, não estou afim de romances nesse momento e Sasuke não faz o meu tipo. Ele era intenso demais para mim. Percebi também que ele é bem estressado e tem crises de humor, coisa que eu não tenho paciência. — Como assim? — cruzei os braços o olhando confusa. — Por que você não ficou onde estava garota? era melhor nunca ter voltado a Konoha. — Não foi uma escolha minha mas o que isso têm a haver? — Tsc. O erro foi meu em achar que você estava morta. — bagunçou os cabelos e se levantou começando a caminhar impaciente pelo apartamento. Nem preciso dizer que buguei agora. — Será que você pode ser mais claro? — também me levantei. Ele estava parado em frente sua janela quebrada observando o fim de tarde, me aproximei parando ao seu lado. — E se eu disser que você foi dada a mim acreditaria? — ele desviou o olhar para mim me olhando sem expressão. Pisquei os olhos tentando entender o que eu ouvi. Dada a ele? o encarei séria tentando entender o que se passava na cabeça daquele lunático. — Não mesmo. — Hn. — murmurou voltando sua atenção para a janela e isso me irritou profundamente. Eu não sou uma palhaça para me tratarem dessa forma. — Hn? qual é a sua cara? vai ficar brincando com a minha cara falando coisas sem sentindo? é tão bom assim se divertir as custas do meu sofrimento. — gritei tremendo de raiva me sentindo uma i****a. Ele não disse nada e eu o empurrei me agarrando as laterais da janela subindo na mesma. Senti o vento forte batendo em meu rosto e olhei para a calçada vazia a alguns metros abaixo. — Não seja tola. — ouvi sua voz arrogante atrás de mim. Engoli em seco fechando os olhos. — Se não parar de me enganar eu juro que pulo daqui. Estou farta de tudo isso— ameacei. Por um momento eu realmente cogitei a ideia de pular dali. — Não adianta gastar minha saliva quando você apenas ouve o que sua natureza humana deseja escutar, o que adianta contar algo se não irá acreditar? — a voz fria de Sasuke voltou a ecoar. — Estou cansada de ser feita de i****a. — gritei o olhando por cima do ombro. Parecia não estar abalado com o meu Show. — Olha pra minha cara e vê se eu perco meu tempo com idiotices. Eu não sou nenhuma criança Sakura e acho que você também não. — murmurou sem nenhuma emoção. — Desculpa, eu só não aguento mais isso. — sussurrei me sentindo infantil. — Tsc. Irritante. Sasuke me puxou para trás e eu cai em seus braços, o olhei assustada e ele caminhou comigo pelo apartamento sem dizer nada. Abriu a porta do meu quarto entrando no mesmo e me jogou sobre cama se sentando na ponta do colchão. Me sentei cruzando as pernas e os braços o vendo bagunçar seus cabelos rebeldes. — Vamos acabar logo com isso, você vai ter que saber em algum momento mesmo . Apenas me escute e se não acreditar o problema é seu. — disse me olhando sério. — Você.. — Silêncio. Em primeiro lugar você não vai contar a ninguém o que eu irei lhe contar entendeu? — Por quê? — Só fala que entendeu porcaria. — rosnou. — Entendi. — bufei. Cara chato. — Isso é um saco mas vamos lá. A um tempo atrás Konoha era um reino abitado por apenas pessoas diferentes. — ele começou a falar pensativo. — O que você quer dizer com diferentes? — o interrompi. Sasuke me olhou e não exitou em responder. — Vampiros. Abri a boca para dizer que aquilo era um absurdo mas ele fez um movimentos com as mãos para que eu ficasse quieta. — Os humanos não acreditam em vampiros mas sinto lhe informa que eles realmente existem. Vampiros não costumavam ser uma ameaça a espécie humana pois viviam afastados de qualquer civilização. Mas tudo saiu do controle quando o primeiro humano encontrou a cidade, os vampiros não podiam fazer nada pois era contra a regras matar qualquer humano e isso levaria a morte. Quando eles perceberam tinham humanos por toda parte e já não dava para disfarçar e viver no meio deles, um vampiro perdeu o controle atacando um humano e a cidade entrou em caos. Mas o rei conseguiu controlar a todos e os humanos começaram a viver reféns dos vampiros, no entanto o rei não permitia que eles se alimentassem de sangue humano e apenas de animais, ninguém podia ir contra o rei mas muitos se revoltaram ao sentir como o sangue humano era bom e eles queriam seguir seus próprios caminhos sem ninguém a ter que obedecer. — Sasuke disse tudo sério soltando um suspiro. — E o que eles fizeram? — perguntei ansiosa. Sendo Verdade o não Sasuke é um ótimo contador de histórias. — Eles se juntaram e invadiram o palácio com o objetivo de destruir toda família real, mataram o rei mas a rainha conseguiu fugir com seus dois filhos pequenos. Ela sabia que era o fim mas não desistiu fácil, levou os filhos para a floresta mas os inimigos os acharam, mataram ela na frente dos filhos. — Sasuke parecia viajar em seus pensamentos enquanto falava. — E ai? — O filho mais velho se rebelou e foi embora com os inimigos deixando o mais novo vivo e sozinho para trás. — Nossa Sasuke, que história mais assustadora. Mas ainda não entendo o que esta acontecendo. — Eu era o filho mais novo Sakura. Mas eu ainda não acabei, é agora que você entra. Alguns dias antes da rebelião aconteceu um ritual no palácio para garantir que a família real continuasse a sua geração. As mulheres vampiras não podem ter filhos pois seu ventre é seco e são incapazes de gerarem alguma vida por isso o rei mandou que buscassem todas as crianças humanas do sexo feminino. Foram colocadas em um altar e o maior feiticeiro do reino fez o ritual onde os Deuses iriam escolher a garota que geraria em seu ventre os futuros herdeiros do trono e futura rainha. — me olhou sugestivo e a esse ponto eu estava perdida. Que loucura era aquela? — Deuses? fala sério. — Silêncio. Consegue adivinhar quem eles escolheram? — Isso é serio mesmo Sasuke? — Se me perguntar isso de novo vai ficar sem saber o restante. — Saco, fala logo. — bufei impaciente. — Eles escolheram um bebê de cabelo rosa acredita? Ele parecia estar se divertindo com a minha cara. — Vou falar nada. — virei o rosto emburrada. — Você deveria ter sido prometida ao filho mais velho mas ele reivindicou o trono sobrando para o mais novo. Mas depois daquele ataque eu achei que você tinha morrido pois eles sabiam que sua existência poderia causar problemas no futuro. Acho que isso responde o por que estão tentando de matar, se você morrer eu não posso tomar o trono e nem ter herdeiros. — Esta me dizendo que estão querendo me matar por sua culpa? — É. — E esta me dizendo que você é da realeza dos vampiros e futuro rei e eu deveria ser sua futura esposa e ter o dever de te dar filhos para que sua geração continue? Céus que loucura. — Sim. — Têm noção do quanto isso é ridículo? — cruzei os braços revirando os olhos. Sasuke não respondeu apenas continuou me encarando. — E se por acaso você conseguisse se tornar rei? o que lhe garante que os vampiros não se revoltariam de novo e matasse você e a mim e aos nossos futuros filhos? isso pode acontecer não é? — É o que vai acontecer. E ele fala isso na maior calma do mundo? espera, eu tô acreditando nisso? vou me dar um tapa na cara. — Então por que você vai querer fazer isso? — E quem disse que eu quero? — ele retrucou arqueando uma sobrancelha. Ofeguei piscando os olhos confusa. — O quê? — É isso que você ouviu Sakura, não quero ser rei e não dou a miníma para os outros vampiros mas vou matar cada um que chegar perto de você. — respondeu se levantando e me lançou um olhar intenso antes de seguir para a porta. — POR QUÊ? — gritei o parando. Ele pareceu pensar um pouco. — Porque você é minha. — murmurou saindo do quarto. Sabe aquele momento em que você quer gritar e desaparecer? eu estava sentido aquilo naquele exato momento. Suspirei cruzando as pernas olhando para o quarto vazio a minha volta. Eu precisava sair daqui, precisava pensar e de ar livre ou iria enlouquecer. "Você é minha" suas palavras ficavam me atormentando. Não. Eu não sou de ninguém e Sasuke é um lunático maluco. Sai do quarto seguindo apressada para a sala. — O que pensa que esta fazendo? — sua voz me parou assim que cheguei a porta. Olhei em volta o encontrando deitado no sofá assistindo algo na TV. — Indo para longe de você, vou procurar um lugar onde as pessoas possam me levar a serio. — Você não vai sair daqui. — retrucou e eu tive vontade de socar aquela cara bonita dele. Soltei uma risada irônica e frustrada. — Não vou? Então observe. Empurrei a porta quebrada para o lado a derrubando no chão fazendo um barulho irritante e sai do apartamento a passos pesados e decididos. Odeio quando tentam mandar em mim. Odeio quando mentem e tentam encher minha cabeça de lorotas. — Vampiro que ridículo. Eles não existem, não existem. Desci as escadas apressadas e quando estava no meio do caminho meu corpo é puxado para trás e jogado para o alto. Gritei vendo tudo girar e ofeguei tentando tirar os fios dos meus cabelos do rosto vendo os degraus abaixo de mim ficando para trás. Estava de cabeça para baixo sobre o ombro daquele i****a mentiroso. — Eu te contei a verdade, agora se você não consegue aceitar o problema é seu. O meu dever é apenas te manter viva. — disse arrogante. Eu era um fardo para ele. — VAI PRO INFERNO. — gritei socando suas costas. Ele me ignorou totalmente e me levou de volta para o apartamento. — Se não me soltar eu vou gritar. — Fique a vontade. — ele retrucou sem interesse. — VOCÊ É UM PSICOPATA MALUCO. — gritei sentindo meu corpo girar e cair sobre minha cama. Ofeguei irritada o vendo parado em frente a minha cama me lançando um olhar repreendedor. — Você não pode me tratar dessa maneira, eu vou te denunciar por abuso de poder e sequestro. — ameacei. — Estou tentando te manter viva sua i****a, se quer morrer fala p***a que eu mesmo te mato. — ele rosnou irritado. Suas palavras de alguma forma me machucaram e eu o odiei mais ainda. — SAI DO MEU QUARTO. — gritei apontando para a porta e ele pareceu não se abalar. — Não. — SAI DAQUI. — lhe joguei minhas almofadas na cara gritando de raiva. — Será que você não consegue agir feito uma pessoa civilizada? — Advinha só eu não sou civilizada. — Deu pra perceber. — Se mata seu i****a. — tirei meu sapato jogando em sua direção mas ele o pegou antes de atingir seu rosto em uma velocidade absurda. Apertei os lábios o olhando surpresa e antes que eu pudesse fazer algo seu corpo estava pesando sobre o meu me prendendo contra a cama. Abri a boca incrédula sentindo minha respiração pesar, seus olhos estavam outra vez vermelhos me fitando profundamente e eu temia estar errada. Eu vou morrer. — Acho melhor você se acalmar e me obedecer, não vai querer me irritar e me ver sugando até a última gosta do seu sangue não é mesmo? — ameaçou próximo ao meu ouvido me fazendo sentir calafrios. — Não vai querer fazer isso, meu sangue esta cheio de colesterol e deve ter um gosto horrível, você iria vomitar depois. — retruquei não sabendo ficar quieta. Sasuke me ignorou e eu senti seus lábios em meu pescoço, travei começando a sentir medo, ta legal que eu ainda não acredito que ele é um vampiro mas nunca se sabe. — Sasuke. — tentei empurra-lo me sentindo uma gelatina mole. Para minha felicidade ele deixo meu pescoço em paz, mas para o meu nervosismo sua boca estava perigosamente próxima da minha. Fechei os olhos esperando pela sua próxima ação, uma parte de mim queria que ele me beijasse mas outra temia isso. Mas quão rápido se aproximou ele se afastou, senti um vento frio e abri os olhos o encontrando em pé ao lado da cama. O olhei confusa e pela primeira vez vi um meio sorriso se formar em seus lábios. Era assustador. — Não vai querer que um maluco psicopata te beije não é mesmo? — sua voz saiu irônica e ele me deu as costas batendo a porta do meu quarto me deixando sozinha. Me sentei na cama olhando a porta fechada por longos minutos, abaixei o olhar soltando um suspiro. Ta legal que eu o chamei de maluco psicopata mas ele não deveria levar para o lado pessoal. A que se dane também ele que veio com aquele papo maluco de vampiros e rituais com deuses. Me levantei e peguei minha mala a jogando em cima da cama colocando minhas coisas dentro frustrada. Depois de tudo o que aconteceu eu não fico mais nesse lugar nem morta, Sasuke me contou uma história maluca e mesmo se fosse verdade eu estou correndo perigo de morrer se continuar nessa cidade estranha. Aquilo era demais para mim, não estou preparada para viver no meio desses psicopatas. Sairei escondida assim que Sasuke dormir, Isso se ele dormisse. Oh Deus será que ele estava dizendo a verdade? Sasuke era um vampiro? e eu era uma maldita azarada escolhida por esses deuses para ser uma chocadeira? Sim uma chocadeira pois eu só seria usada para lhe dar filhos. Que bosta, ai quando eu digo que a vida me odeia ninguém acredita. Vai ter azar assim lá na china.
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