Um Vampiro Em Minha Vida
Capitulo XXII – Reconciliação
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— Por favor filha durma um pouco, por favor.
Encostei a cabeça na poltrona cansada e sonolenta. Estava exausta, Sarada estava agitada em meus braços soltando resmungos. Desde que nascera a uma semana atrás ela não pregou os olhos em nenhum momento.
Minha filha não dormia e eu já não sabia mais o que fazer, e em consequência disso também não conseguia dormir.
Já se fazia sete dias que eu passava madrugadas em claro com Sarada, ela não gostava do berço e sempre abria o berreiro quando eu a deixava lá para descansar um pouco, fora que era uma esfomeada e queria tomar sangue a todo momento. Quando não estava caçando Sasuke sempre ficava do meu lado mas não tinha coragem para pegar Sarada outra vez, disse que só colocaria as mãos nela quando a mesma estivesse maior.
Nunca pensei que um bebê daria tanto trabalho.
— Você precisa descansar, deixa ela comigo. — ouvi a voz de Sasuke ao longe.
Eu estava cochilando na poltrona e acho que já estava ouvindo coisas.
— Hum? — perguntei grogue de sono.
— Vá dormir Sakura você não está bem
Sarada se distanciou dos meus braços e eu me levantei devagar alongando o corpo, estava dolorida por estar na mesma posição ao mesmo tempo. Abri totalmente os olhos e vi Sasuke segurando nossa filha atento a cada movimento seu.
Ele estava se esforçando e eu conseguia ver o quanto Sarada era importante. Só queria que as coisas fossem mais fáceis entre a gente.
Deixei um beijo na cabeça da minha menina e me arrastei até meu quarto.
Fechei as janelas para evitar a claridade do dia, soltando um suspiro prazeroso ao me jogar no colchão, irei desmaiar nessa cama e não sei se conseguirei sair dela depois.
Eu só preciso dormir um pouquinho.
Sonhei com Sarada, ela já estava grandinha e corria pelo jardim juntando flores, minha filha era linda, seu sorriso era a joia mais preciosa. Eu a observava sentada na varanda tirando algumas fotos, minha menina estava feliz e eu também. Sasuke estava ao meu lado, ele me abraçava e tinha um sorriso no rosto. Éramos uma família feliz, sem dor, sem pessoas querendo nosso m*l, estávamos em paz.
Mas era apenas um sonho, sonho esse que me fez acordar angustiada, porque eu queria que fosse real. Queria ter uma vida de paz, queria que fossemos uma família feliz, queria que Sasuke me amasse.
Me levantei observando o quarto escuro e sai amarando meus cabelos bagunçados.
Caminhei pelo corredor silencioso tentando ouvir Sarada, estava perdida no tempo e não sabia quantas horas havia dormido, minha filha deve estar sentindo minha falta. Segui até o quarto de Sarada e encontrei Sasuke parado ao lado do berço. Me aproximei devagar parando ao seu lado e não acreditei no que vi.
— Como isso aconteceu? — sussurrei vendo minha filha dormindo tranquilamente.
Isso só pode ser brincadeira.
— Ela simplesmente dormiu em meus braços. — ele respondeu dando de ombros.
O encarei incrédula e enciumada. Não acredito, Sasuke poderia faze-la dormir o tempo inteiro e eu aqui sofrendo atoa.
— Menina traíra. — resmunguei.
— Se sente melhor? — Sasuke desviou o olhar pra mim.
— Sim.
— Você dormiu o dia inteiro.
— Nossa nem percebi. — sorri sem graça.
— Imagino.
Voltamos a encarar nossa filha em silêncio. Mordi os lábios apertando minhas mãos contra a madeira do berço me lembrando do meu sonho.
— Você a ama? — perguntei sem encara-lo.
— Hm?
— Você ama nossa filha?
Sasuke ficou em silêncio por um tempo mas logo depois respondeu.
— Ela é uma parte de mim.
— Uma criança deve crescer sabendo que é amada, que seus pais sempre vão estar com ela. Você consegue fazer isso Sasuke? Você vai estar sempre aqui para ela? — me virei para o Uchiha o fitando seriamente.
Se ele machucasse minha filha um dia eu o mataria.
— Você fala como se eu não me importasse. — Sasuke franziu o cenho me olhando com repreensão.
— Como eu vou saber? Você se veste com essa mascara fria e não deixa ninguém ver seus sentimentos, se é que você tem algum. — cruzei os braços tentando continuar firme.
A verdade é que precisávamos conversar e resolver essa situação de uma vez por todas. Sasuke só sabe me deixar confusa e maluca.
— Onde você quer chegar Sakura? — ele já estava impaciente e eu mais ainda.
— Eu não sei, eu só quero entender o que está acontecendo. Nós temos uma filha Sasuke, não somos nada um do outro e agora temos uma criança para criarmos juntos, precisamos entrar em um acordo.
— Acordo?
— Sim, não podemos ficar morando juntos para sempre, eu pretendo procurar outra casa para morar com Sarada e você pode visita-la e estar sempre presente, ela vai entender que nem todas as crianças têm pais morando juntos. Podemos fazer isso dar certo. — comecei a andar pelo quarto gesticulando as mãos nervosamente me sentindo patética.
Eu só precisava resolver isso de uma vez por todas.
— Você não vai a lugar algum Sakura, se não quer se envolver comigo eu posso entender mas não vai sair dessa casa. Por que complica algo tão simples?
— Eu complico? Desde que te conheci você faz da minha vida uma bagunça Sasuke. Eu simplesmente não consigo te entender, você é um arrogante insensível, não se importa com os sentimentos das pessoas, as vezes até parece que se importa mas logo depois age com ignorância. Suas atitudes me deixam louca, mente pra mim, eu nunca sei o que está pensando ou o que realmente deseja, se me despreza ou me quer como mulher. A única certeza que tenho é que você está me machucando Sasuke, mas mesmo assim eu sou i****a o bastante para gostar de você. — as palavras saíram aos tropeços da minha boca.
Meus olhos marejavam mas eu não ousei mostrar fraqueza ou desviar o olhar do seu, Sasuke só me observava em silêncio e deveria estar me achando patética agora.
— Esquece. — resmunguei me apressando a sair do quarto antes que me irritasse mais ainda, mas Sasuke segurou meu braço.
— Me solta.
Prendi a respiração o sentindo me virar para ele e envolver os braços em torno de minha cintura me puxando para seu peito em um abraço.
— Me desculpa.
Engoli em seco arregalado os olhos.
— Eu não quero te machucar, você é importante pra mim. — senti uma de suas mãos deslizar pelos meus cabelos.
Apertei os olhos com força tentando me controlar.
— Seu maldito i****a. — sussurrei quase sem voz.
— Eu não sei lidar com sentimentos Sakura, achei que você já soubesse.
Assenti não conseguindo dizer nada, meu coração batia forte demais e tenho certeza que Sasuke o ouvia. Ele ergueu meu rosto me fazendo encarar seus olhos intensos e penetrantes.
Podia ver minha alma. Eu já estava amolecida em seus braços pra lá de ofegante.
— Podemos tentar se quiser, eu sei que não sou a melhor pessoa mas não vou te deixar em nenhum momento. — disse calmamente as palavras que me fizeram quase ter um treco.
Sasuke segurou meu rosto passando o polegar pelos meus lábios causando um arrepio gostoso. Fechei os olhos sentindo o coração a mil e suspirei quando sua boca colou a minha.
Foi forte e preciso, um beijo necessitado e faminto.
Puxei seus cabelos tentando acompanhar seu ritmo intenso e eufórico. Sasuke sugava todo meu ar deixando-me com as pernas bambas. Meu corpo foi erguido e logo eu estava agarrada a ele o beijando como se minha vida dependesse disso.
Sasuke me levou até seu quarto e enquanto sua boca explorava meu pescoço eu tentava analisar o cômodo.
— Pensei que não dormisse. — suspirei me referindo a cama no centro.
— Gosto de clarear a mente as vezes.
Sasuke me deitou na cama sem desgrudar nossas bocas e logo me deu espaço para respirar descendo os lábios famintos pelo meu pescoço e clavícula, mordendo e chupando cada pedaço exposto da minha pele.
Soltei murmúrios desconexos sentindo meu interior pulsar, eu o desejava tanto como desejava respirar.
Uma de suas mãos subiu o tecido da minha blusa e eu ajudei a tirar, ofegava tanto que meus s***s balançava em um vai e vem ritmado. Sasuke os beijou sobre o sutiã e eu me contorcia abaixo de si sentindo seus lábios descerem pela minha barriga até o cós do short, que ele fez questão de tirar com uma pressa que fez os botões estourarem.
Não me importei, estava tão desesperada quanto ele.
Deixei a cabeça cair contra o travesseiro apertando os olhos com força. Agora ele estava entre minhas pernas, o rosto próximo a minha i********e.
Não vi quando a calcinha chegou a um dos meus calcanhares e nem quando Sasuke levou uma das minhas pernas ao seu ombro. Eu só conseguia sentir, sentir o quão maravilhoso era sua língua me fodendo.
— Oh não para. — implorei me contorcendo na cama.
Meus olhos reviravam e os dedos agarravam seu coro cabeludo com força.
Sasuke me enlouqueceu da forma mais prazerosa possível até que eu gozasse em sua boca. Rolei na cama sentindo meu corpo mais relaxado vendo Sasuke se livrar das suas roupas em uma velocidade absurda.
Tirei meu sutiã mordendo os lábios com força deixando Sasuke me puxar para seu colo, cravei as unhas em seus ombros com força e sua boca cobriu meus s***s, apertei os olhos e logo meu corpo foi jogado contra a cama.
— Espera, o preservativo, eu não quero descobrir que estou grávida amanhã. — ofeguei em sua boca sentindo suas mãos puxarem minhas coxas de encontro ao seu quadril.
Sasuke se afastou esticando o braço para o criado mudo. O observei colocar o preservativo totalmente ofegante e nervosa.
— Você já fez isso com muitas não é? — não controlei a curiosidade e minha boca grande.
Sasuke me olhou em silêncio e balançou a cabeça.
— Desnecessário isso agora Sakura.
— Tem razão, me desculpa. — fechei os olhos me sentindo uma tola.
— Por que não confia mais em si mesmo irritante?
— O que quer dizer? — ofeguei o sentindo se encaixar entre as minhas pernas.
Contornei as pernas em volta de seu corpo gemendo alto o sentindo pressionar em meu íntimo enterrando fundo, Sasuke apoiou os braços a minha volta afundando o rosto em meu pescoço, o abracei com força sentindo meu corpo em chamas.
Aquela sensação era deliciosa, Sasuke grunhiu em meu ouvido invadindo-me com força.
— Eu quero dizer que você é a única capaz de me enlouquecer, a única mulher que quero ao meu lado. — sussurrou em meu ouvido e acho que eu não estava lúcida o bastante para ter escutado certo.
— i****a não seja mais arrogante comigo, não suporto sua ignorância. — forcei minha voz a sair me engasgando com meus próprios gemidos.
— Podemos deixar pra discutir isso depois? — ele chupou meu pescoço ajoelhando-se na cama agarrando minha b***a puxando-me de encontro ao seu quadril. — p***a.
Era duro, forte e selvagem, nossos corpos atraiam-se em uma eletricidade incrível.
— Céus.
Só espero que as coisas deem certo agora, precisam dar. Tudo que preciso é de um pouco de paz e felicidade e sinto que isso já está acontecendo.
Se minha mãe soubesse que estou formando uma família com um vampiro ela me mataria.