Capítulo 19

1694 Words
Um Vampiro Em Minha Vida Capitulo XX – Força ❦ Mais uma semana havia se passado, e a cada dia eu me sentia cada vez mais indisposta, a criança intensificou seu apetite por sangue e Naruto teve que começar roubar as bolsas do posto de saúde já que o pessoal estava começando a desconfiar dele. Eu bebia tanto sangue que já não era tão r**m, estava começando a gostar daquele líquido vermelho o que fazia Sasuke rir de mim. Ele estava sempre presente e a maior parte do tempo me vigiando, estávamos conversando mais durante esses dias e de alguma forma nos aproximando. Sasuke conseguia ser gente boa quando queria. Nem preciso dizer que estava enlouquecendo por estar trancada nessa casa, a verdade é que eu não suportava mais ficar presa. Sasuke disse que eu não podia sair na rua pois alguém poderia me reconhecer, e como eu iria explicar para alguém como minha barriga cresceu tanto em apenas dois meses? Minha distração era o jardim florido em frente a nossa casa, recentemente Sasuke colocou um balanço confortável que eu amava passar as tardes lendo algum livro e aproveitando o ar livre, as vezes me pegava até conversando com meu bebê. Eu estava tão ansiosa para ver seu rostinho, ao mesmo tempo assustada, o medo de não ser uma boa mãe me atormentava sempre. Recentemente recebi uma ligação dos meus pais, eles estavam confirmando minha presença na ação de graças que seria no próximo mês. Foi o pior telefonema da minha vida, eu não consegui conter os hormônios da gravidez e chorei feito uma criança ao falar com minha mãe que não poderia vê-los, talvez nunca mais pudesse. Sasuke havia dito que não era seguro eu voltar para casa e que meu pensamento de fugir de volta para o Alabama foi um erro. Ainda poderia existir vampiros me vigiando e eles poderiam usar meus pais contra mim, sem falar que eu não conseguiria explicar que estava gravida de um vampiro, eles não podiam saber da existência desses sugadores de sangue. Sasuke percebeu minha tristeza depois que conversei com meus pais, ele de certa forma me consolou dizendo que não era o fim, que um dia eu poderia vê-los outra vez. Quando a criança nascesse ele poderia cuidar dela para que eu pudesse fazer uma visita a minha família sendo o mais cuidadosa possível, mas meus pais nunca poderiam saber da existência do meu filho e isso me deixava triste. Pensar no futuro me deixava triste, Sasuke disse que nosso filho não seria como as outras crianças, que ele não poderia ir a uma escola e ter amigos humanos pois uma crianças vampira não sabe se controlar. Tinha medo de meu filho se sentir excluído, dele viver triste pelos cantos e não ser feliz como qualquer outra criança. Mas eu faria o possível e o impossível para ver minha criança feliz, para nunca ver uma lágrima derramar em seu rosto. Eu estava outra vez no meu balanço acariciando minha barriga coberta por um longo vestido vermelho pensando no futuro do meu filho quando Hinata apareceu com varias sacolas coloridas em mãos. — Eu sei que não sabemos o sexo da criança mas ela precisa de roupas e como você não pode sair para compra-las eu o fiz. — disse animada se sentando na grama a minha frente distribuindo as sacolas pelo chão. Sorri quando a mesma tirou um vestidinho vermelho de uma sacola me entregando. — Eu trouxe a maioria das roupas em branco e amarelo ai não teremos problemas em relação ao sexo, mas quando vi esse vestido não me aguentei e a vontade de compra-lo falou mais alto, pode ser uma menina não é? — É lindo Hinata, sim, sim, algo em mim diz que será uma menina. — sorri emocionada olhando para aquela fofura. — Olha o sapatinho, também comprei mantas, fraudas, mamadeiras e tudo que uma crianças precisa, como ela vai crescer rápido podemos comprar mais coisas depois. — ela começou a falar empolgada e eu vi o brilho que se formava em seu olhar todas as vezes que a mesma falava do meu bebê. Hinata desejava ter um filho mas não poderia e estava aproveitando cada momento comigo, isso me partia o coração. — Obrigada Hinata você é meu anjo da guarda. — Sou boba, sabe que pode contar comigo sempre. — Eu sei, você é a melhor amiga que alguém poderia ter. (...) — Pronto acho que conseguimos. — Naruto comentou olhando para o berço montado. Sasuke olhou para o desenho do berço em um papel em sua mão e balançou a cabeça. — Isso não é aqui. — Claro que é. — Tô falando que não. — Você é burro? Ta igualzinho. — Burro é você, ta precisando de óculos. Os dois discutiam desde o momento que começaram a montar o berço. Hinata e eu apenas riamos da incompetência dos idiotas enquanto terminávamos de organizar o quarto da minha criança. Estava ficando lindo e uma das poucas coisas que faltavam era o berço, eu estava adorando passar o tempo ali organizando as coisas do meu filho. Foram mais 3 dias para o quarto ficar pronto e eu não queria mais sair de dentro dele, eu já sentia meu filho ali e eu velando seu sono pela tarde. — Está na hora de você alimentar essa criança. — Sasuke trouxe meu sangue em um copo. Aceitei me sentando em uma das poltronas do quarto observando o céu azul pela janela. — Eu vou precisar sair pra resolver umas coisas, Hinata está vindo ficar com vocês. — ele murmurou me observando beber a sua comida preferida. — Que coisas? — me virei o vendo se escorar na janela. — Reunião com o conselho, eles já sabem de você e querem que eu tome a coroa. Humedeci os lábios o fitando curiosa. — Você me disse uma vez que não queria ser rei. — Eu não quero. — E o que vai fazer? — Itachi, ele é o primogênito, ele deveria ser o rei e não eu. — Você disse que ele renegou o trono. — Parece que ele quer de volta, mas não pode porque entregou tudo a mim, até mesmo a chance de ter você. — me olhou agora. — E o que vai acontecer? — Vamos tentar convencer o conselho a aceita-lo sem uma esposa ao seu lado, ele não terá descendentes e governara o quanto viver mas quando morrer precisaram encontrar outro rei. Assenti observando o copo de vidro em minhas mãos. — É o melhor a se fazer, eu não quero ser rainha Sasuke, não quero que meu filho seja um descendente do trono, não quero ser rodeada de invejosos e pessoas tentando destruir minha família. Tudo que eu quero é ter uma vida simples e normal e criar meu filho com segurança. — desabafei o vendo se aproximar assentindo. — Terá o que deseja, nosso filho não correrá riscos e nem você. — ele falava com uma certeza tão absoluta que não tinha como não acreditar e me sentir segura. Eu adorava quando Sasuke mostrava se importar e como falava nosso filho como se fossemos uma família. Ai estava a prova que ele não era sempre uma pedra de gelo ambulante — Obrigada. — Preciso ir, Hinata deve estar chegando, você ficará bem? — Claro, estarei bem aqui quando você voltar. — ergui o copo bebendo mais um gole de sangue. Isso não era nada normal. Ri com esse pensamento, nada era mais normal desde que cheguei a Konoha. — Volto logo. — foi tudo que disse antes de desaparecer. Suspirei olhando para o quarto vazio e fiquei ali por um tempo antes de resolver ir a cozinha procurar por chocolates. Andar já estava ficando difícil e eu nunca me senti tão pesada. Suspirei cansada levando as mãos para as costas, eu me sinto tão mole e dolorida. Estava chegando a cozinha quando ouvi a porta sendo aberta, esperei que fosse Hinata mas como ela costumava entrar em casa falando eu soube que tinha algo errado. Peguei o primeiro objeto que vi e felizmente era uma faca, pequena mas poderia fazer um grande estrago. E como pressenti não foi Hinata que apareceu e sim Suigetsu. — Parece que você finalmente está sozinha. — abriu um sorriso sinistro ao me ver. — Eu sei que você está com raiva de Sasuke mas eu não tenho nada haver com isso. — tentei parecer calma. — Claro que tem gracinha, você é importante para ele assim com Karin era para mim, vai ter que pagar. — Eu não quero te machucar Suigetsu, por favor vá embora. — o olhei seriamente vendo um sorriso debochado se abrir em seu rosto. — Você será a única machucada amor, se não colaborar é claro. Soltei um suspiro abrindo a boca para retrucar mas uma dor absurda tomou conta da minha barriga me fazendo soltar um grunhindo e a faca que segurava. Senti algo escorrer pelas minhas pernas e me apavorei ao ver água misturada com sangue. Não pode ser, não estava na hora, estava? Fraquejei gritando de dor e caí de joelhos, Suigetsu conseguiu me aparar antes que eu chegasse ao chão. — Merda o que tá havendo? — ele gritou nervoso. — Meu filho... Aaaaaa.... Ele vai nascer. — consegui dizer em meio a dor. — Nascer? — Suigetsu me olhou apavorado. — Me ajuda. — implorei sentindo as lágrimas começarem a cair. Ele continuo me olhando por um tempo estático e só quando soltei outro grito o i****a me pegou no colo e levou para o quarto. Observei Suigetsu correr pelo cômodo gritando não saber o que fazer, enquanto colocava toda minha força para tentar empurrar a criança em meio a uma dor infernal, minhas entranhas pareciam estar sendo rasgadas por dentro. Uma vez Hinata me disse que o bebê vampiro tem no máximo 5 minutos para nascer, caso contrário ele pode me matar e morrerá junto. Eu não costumava sentir medo mas nesse momento eu estava apavorada como nunca antes. Se eu não fosse forte o suficiente não conseguiria, e não era com minha vida que eu temia.
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