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Dezessete Céu Não consegui dormir, preferi assistir o temporal que caía lá fora enquanto acariciava minha barriga. Saber que havia uma vidinha crescendo ali dentro era como um sonho, mas, ao mesmo tempo, também era como um pesadelo. Dúvidas, medo e preocupações me atormentavam. Qual seria o destino de uma criança bastarda? O que seria de mim caso descobrissem que eu estava esperando um filho do todo-poderoso Beto Magalhães. Tudo poderia acontecer e eu não queria descobrir tão cedo. Passado um tempo eu consegui adormecer, o barulho da chuva colaborou muito pra isso. Pela manhã acordei assustada quando gritos tomaram conta do quarto. — Tu trouxeste essa menina pra minha casa, sem falar nada comigo? Tu não cansas de me afrontar, Lurdinha? — Mãe Nikinha, me desculpe, mas é que devo muito

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