Capítulo 14 - Brincando com fogo

2707 Words
— Olha, meu "lance" com o Rony. Pra mim acabou. Sempre achei que era louca por ele, mas não. — Deu de ombros. — Então conversei com ele e a gente concordou em ser só amigos. — Ele concordou porque não teve opção, né? — perguntou com raiva. — Ele não quer perder minha amizade. — Mas ele ainda gosta de você! — disse alto. — Mas eu não gosto dele. Não como ele gosta. Os dois ficaram em silêncio se olhando. — Se aquele i*****l tentar qualquer coisa com você eu mato ele! — Não fala besteira, Draco! Ele é meu amigo. E não vai tentar nada. Não passa de cenas como a que você viu hoje. — E o que foi? Ciúmes? — É. Draco a encarou severo. De repente puxou ela pela cintura e ficou com o rosto bem próximo ao dela. — Você é minha! — A beijou com ferocidade antes que ela conseguisse falar qualquer coisa. Por mais que essa possessão não seja muito agradável, Hermione adorou ouvir ele dizer isso. O loiro começou a sentir um calor subir pelo seu corpo e se separou de Hermione com pressa. Ela o olhou assustada. — Vou beber água... — Saiu da sala quase que correndo. Hermione foi atrás e viu Draco bebendo quase a jarra inteira. — O que deu em você? — Nada... — Sei... E por que essa sede repentina? — Cruzou os braços e encostou na porta. — Não sei. Só senti sede ué — mentiu. Ele queria esfriar o corpo isso sim. O loiro continuou bebendo o resto da água da jarra. Hermione se aproximou e o abraçou por trás. — Posso tentar uma coisa pra você... — O que? — Prendeu a respiração quando sentiu a mão dela deslizar pela sua barriga por cima da camisa e chegar à calça. — O que você...? — Perdeu a voz quando ela abriu a calça dele. — Hermione... — resmungou. Hermione enfiou a mão dentro da roupa intima dele e encontrou o m****o rígido. Draco pendeu o corpo para frente e apoiou as mãos na bancada da cozinha. Hermione segurou o "brinquedinho" dele e fez movimentos para cima e para baixo lentamente. Com isso conseguiu ver ele apertar a bancada com força e sorriu. — P—para com isso... — pediu querendo que ela continuasse. Ah! Como ela fazia aquilo bem! Será que sabia os pontos certos para o enlouquecer? — O que você quer fazer comigo, Hermione? — perguntou com a voz rouca. — Quero que você relaxe... — sussurrou no ouvido dele e o fez estremecer. Hermione continuou os movimentos levando o loiro a loucura. Ele apertava a bancada como se fosse quebrá-la a qualquer momento. A mão de Hermione parecia a de uma fada. Deslizava de forma carinhosa e firme ao mesmo tempo. — Está brincando com fogo, Granger! Hermione sorriu. Queria ver até onde ele se segurava. Ela acelerou os movimentos e o fez gemer alto. Estava agarrada ao corpo dele por trás e agora usava as duas mãos levando o loiro a um êxtase nunca sentido. Draco soltou um urro e Hermione percebeu que as pernas dele fraquejaram. Em pouco tempo ele sujou o armário a sua frente liberando toda a excitação que estava sentindo. — Merlin! — disse olhando o armário. Hermione tirou a mão dele e se afastou um pouco olhando a sujeira. Draco respirava ofegante e olhava o mesmo lugar que ela. — A culpa é sua! Hermione sorriu. — Espero que esteja mais aliviado. O loiro sorriu de lado. — Só um pouquinho... — Vou limpar isso. — Pegou um pano e se aproximou passando no armário. Draco a abraçou por trás e ela estremeceu. — E você? Não precisa aliviar nada? — sussurrou no ouvido dela e viu que engoliu em seco. — Não precisa... — Você quem sabe. — Beijou as costas dela e viu que apertou os olhos com força respirando pesadamente. Já tinha descoberto dois pontos fracos. Assim que ela se rendesse, ia ver só... Ela virou de frente para ele. Queria sim "se aliviar", mas não tinha coragem. Draco percebeu o olhar de medo dela. — Não vou fazer nada com você... — Eu sei. — Então por que me olha assim? — Fez carinho no rosto dela. — Não é nada. — Tentou sair, mas ele não deixou. — Me conta... — Beijou a testa dela e segurou seu rosto. — Você confia em mim? — Sim. — Então pode me falar. —... Bem... Eu sinto... Sinto vontade. Draco sorriu. — Mas tenho medo... — De que? — Não sei... Você vai me deixar por causa dessas inseguranças? — perguntou com medo. — É claro que não. Eu disse que vou esperar. Hermione sorriu e o fez sorrir junto. — Eu ia te levar em lugar legal, mas é melhor não. Eles ficaram em silêncio depois do que ela disse. — Você não sabe dizer quem poderia ter ajudado ele? — Eu não sei. — Não tem ninguém que ele conhecia que tinha como entrar em Azkaban? Draco pensou por um momento. — Bem, tinha um dos guardas que era amigo de infância dele. — Não credito nisso! — Mas ele não é um bruxo muito inteligente a ponto de tirar meu pai de lá. — Ele pode não ser inteligente Draco, mas seu pai é. — Verdade... Merlin! Que filho da p**a! — Me diga o nome dele. — Erick Capettine. — Vou falar com o Harry o nome dele pra eles investigarem. — E vai dizer que me procurou para saber? — Por que não? — E vai dizer que me torturou para conseguir essa informação? — Não. Vou dizer que você me deu de bom grado. — E ele vai acreditar, é claro! — respondeu cínico. — Quer que eu faça o que? — Não sei. — Vou dizer que me disse que esse sujeito era amigo de seu pai. — Ah tanto faz! Espero que seu amigo seja eficiente e pegue logo meu pai. Na minha opinião ele tinha que ter recebido pena de morte, mas... — Que horror! Ele é seu pai! — Um pai que te transforma em um monstro e que te faz odiar as pessoas sem motivos? Hermione ficou em silêncio o olhando. — Se fosse pai não seria assim, não acha? – Draco perguntou com as sobrancelhas levantadas. — Cada pessoa tem o seu jeito de educar — Deu de ombros. — E a dele é a pior. — Verdade. — Vamos mudar de assunto? Esse está me deixando enojado! — Tudo bem. Os dois passaram o dia debaixo das cobertas vendo filme. Agora estava mais frio lá fora. De repente Hermione lembrou de uma coisa muito importante e levantou do sofá com pressa deixando o loiro sem entender. — Que foi? — Eu preciso proteger a casa de repouso! Ele pode descobrir que é lá que você está fazendo os serviços. — Subiu as escadas correndo. Draco subiu atrás. Hermione trocou de roupa com pressa e pegou a sua varinha. — Me leva com você. — Espere aqui. Eu só vou lá fazer o feitiço e volto. Não vou demorar. — Deu um selinho nele. Draco suspirou. — Toma cuidado. — Sentia uma coisa estranha no peito, como se fosse acontecer algo r**m. — Vou lá e volto rápido. Nem vai sentir minha falta. — Até parece! Hermione sorriu e o beijou. Logo em seguida ela sumiu e Draco respirou fundo. Hermione apareceu na parte de trás do lugar. Sabia que não tinha gente ali, pois o mato tinha tomado conta. Ela entrou na casa de repouso. — Está tudo bem por aqui? — perguntou formalmente a Marcele. — Por que não estaria? Sem prosear mais com aquela inútil, decidiu entrar e procurar os velhinhos. Só Valentina estava na grande sala. Estava sentada em uma poltrona com uma luz forte ligada e de óculos. Ela lia um livro que Hermione emprestou. — Oi, minha querida! Achei que não ia vir aqui hoje! — É, resolvi passar aqui e ver se está tudo bem... — Sorriu. — Está tudo ótimo! Estamos calmos hoje — disse rindo. — Que bom. — E o seu amigo? — Não vai vir hoje. — Que pena. Você se acertou com ele? — Digamos que sim. — É uma ótima notícia! Eu sabia que vocês iam ficar juntos. E te dou certeza de que vão amar um ao outro. — O que? — perguntou rindo. — Como assim sabia? E amor está longe dele sentir. Te garanto. — Por quê? — Porque ele nunca amou e não sei se um dia vai saber amar. — Ora, se você der a chance ele vai te amar. Hermione franziu a testa. Adorava os conselhos daquela senhora, mas as vezes ela a deixava muito confusa. — Como assim Valentina? — Deixe ele te mostrar os sentimentos dele. — Estou deixando... — Tudo bem — disse sorrindo. Que coisa! Era quase igual a decifrar um enigma tentar entender o que ela dizia. — Valentina! — Que foi? — Está filosofando de novo! A senhora deu uma gargalhada gostosa. — Não é difícil de entender. Só estou dizendo para confiar no garoto. Eu sei que ele é bom. — E como pode saber? Não sabe o que ele fez ou deixou de fazer! — Cruzou os braços. — Sei que ele errou bastante. Tanto que só está aqui fazendo o que faz porque é obrigado, não é? — Ele te falou isso? — Não, mas eu sou boa em deduzir. — Sorriu largamente. — Eu reparo tudo, menina. Vi o jeito que vocês brigavam naquele quarto. — Valentina! Estava espionando? — repreendeu a senhora com as mãos na cintura. — Bem... Digamos que observando é uma palavra menos forte, não acha? — perguntou rindo. — A implicância de vocês só podia dar em paixão. — Já chega! Chega de filosofar por hoje! A senhora riu quando Hermione disse isso mexendo as mãos, mostrando seu nervosismo com o assunto. — Tudo bem. — Eu tenho que ir. Foi bom te ver. — Digo o mesmo! — Sorriu. Hermione deu um beijo no rosto dela e se afastou. Ela entrou no banheiro e trancou a porta. Assim ninguém veria ela fazendo o feitiço. Depois de pronto ela saiu dali e seguiu até a recepção. E ao chegar as luzes se apagaram. — Ah de novo! — Marcele reclamou. — Tem alguma coisa errada? — Já é a terceira vez que cortam a luz. Ou pior! As crianças entram aqui no terreno e mexem na caixa de luz. — E eles fariam isso a noite? — São umas pestes! — Eu vou dar uma olhada. — Fique à vontade — disse com um sorriso estranho. Hermione seguiu para o lado de fora da casa e foi até a parte de trás. A caixa de luz ficava no fim do terreno. Ela ligou a lanterna, afinal, se alguém aparecesse ali e a visse com um pedaço de madeira que brilha na ponta, não teria como explicar, não é? Hermione chegou ao lugar e viu a grande caixa de luz. Assim que abriu a porta para ver o que tinha de errado, sentiu uma coisa estranha. Ela tentou ligar a luz virando e desvirando o botão e nada aconteceu. Observou e viu que os fios estavam ligados. — Parece que foi... Magia... — sussurrou. Hermione olhou ao redor e tudo estava escuro e silencioso. Ela pegou a varinha e fez um feitiço para que revelasse se foi enfeitiçado mesmo e para sua surpresa foi sim. Logo desfez o feitiço e as luzes da casa voltaram. — Que coisa esquisita... — Você é bem espertinha mesmo, sangue—ruim... Ao ouvir isso sentiu seu corpo estremecer e engoliu em seco. Virou—se de frente para o portador da voz e apertou a varinha em sua mão. Claro que estava apontada para ele. — O que você quer? — Quero meu filho. Onde ele está? — Não sei. — Mentirosa! — falou alto e apontou a varinha na direção dela. — Diga logo antes que eu te mate. — Se me matar não vai saber. — Desgraçada... Diga! — Não. O homem se aproximou depressa e a imprensou contra a parede a segurando pelo pescoço com uma das mãos enquanto a outra apontava a varinha para o seu rosto. — Diga logo, sua nojenta! Hermione ficou em silêncio o encarando. — Você pensa que é importante, não é? Pensa que vale alguma coisa. — Riu m*****o. — Você nem deveria existir, garota. Aliás... — A olhou de cima para baixo. — Só serviria pra uma coisa... Se aproximou depressa e beijou o pescoço dela com fúria. As mãos nojentas dele correram pelo corpo dela. Hermione colocou a varinha dela bem próxima a barriga dele com dificuldade e lançou um feitiço o fazendo voar longe. Ele voou alguns metros e bateu as costas na árvore. Hermione correu para dentro da casa e avisou a todos para não saírem dali de dentro que tinha um bandido do lado de fora e a agarrou. Valentina e Marcele estavam na recepção e ficaram apavoradas. — Ligue para a polícia, menina! — Valentina falou ofegante. — Fique calma, vou ligar... Ela saiu de perto das duas e pegou o celular, mas em vez de ligar para a polícia, ligou para o Harry. — Harry é ele! Está procurando o Draco. Veio aqui na casa de repouso e me ameaçou. — Você está bem? — Estou. Olha eu vou levar o Malfoy pra minha casa. Eu disse que ele não estava com o pai. — Hermione isso não é uma boa ideia! — Mas eu já o levei pra lá. Harry você tem que confiar em mim. Não é o Draco que está ajudando o pai... — Hermione você está o chamando pelo nome... Está mesmo envolvida com ele? Hermione ficou em silêncio uns segundos. — Não da forma que o Rony colocou... Mas estamos nos dando bem. Ele mudou Harry. Confia em mim. — Eu confio em você, mas não nele. — Ele me deu um nome de alguém que pode ter o ajudado a fugir. — Que nome? — Erick Capettine. Disse que é um dos guardas e é amigo de infância do pai dele. — Vou procurar saber desse sujeito. — Tenho certeza que agora ele já foi embora... Vocês precisam achá-lo Harry. — E vamos achar. — Tudo bem. Já protegi a casa. Ele não vai conseguir entrar e fazer m*l aos velhinhos. — Isso é bom. Agora eu vou pesquisar esse nome. — Ok. — E Hermione... Tome cuidado. Com os dois. — Tudo bem Harry. — Até. — Até. — Desligou. Hermione ligou para a polícia só para disfarçar e pediu para irem ali alegando que um homem tentou invadir a casa. — Que demora! O que estava fazendo? — Explicando a situação ué. Eles estão a caminho. Teve que esperar a polícia e falar o que supostamente tinha acontecido. Os homens andaram pelo terreno e não viram ninguém. — Se tinha alguém aqui, fugiu. — Com certeza — Hermione concordou. — Vamos ficar em alerta. Qualquer coisa ligue. — Ok. O homem foi embora. Hermione se despediu de Valentina e disse que ia ficar tudo bem. Ela saiu pela recepção olhando todos os lados e vendo que não tinha ninguém seguiu para casa. Draco estava impaciente andando de um lado para o outro. Hermione estava demorando demais! E o deixou ali! Pensou em pegar um táxi, mas achou melhor não. Vai que ela volta e ele está no meio do caminho? Já tinha comido todas as unhas de angustia. Ele escutou um barulho e olhou para a porta. Hermione tinha acabado de aparatar ali dentro. Quando a viu, correu até ela. Hermione estava sentada no chão abraçando as pernas e chorava. — O que aconteceu? — perguntou desesperado. — É só pra isso que eu sirvo, só pra isso... — disse melancólica. — Está falando de que? Hermione fala comigo! — disse nervoso. Hermione estava como se estivesse delirando, se mexia para a frente e para trás e chorava.
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