1552 Words
Clair... Enquanto os agentes selecionados para a missão do dia se preparavam, eu me encontrava completamente focada na revisão de cada ação que seria executada essa noite. Não poderíamos obter falhas, essa era uma chance excepcional e não poderia ser desperdiçada por tão pouco. -- Pode entrar__avisei ao ouvir alguém a porta. -- Já estamos todos prontos, comandante__avisou, então me limitei a assentir já me colocando de pé e pegando meu distintivo. -- Não precisa me chamar assim,quantas vezes terei que repetir?__comentei e, em resposta ela se limitou ao sorriso__ É sério Isa,não precisa ser tão formal assim. -- É uma questão de respeito, Clair. Mas se é o que você tanto quer, farei o possível__disse sorrindo, apenas para soltar um longo suspiro em seguida__ Acha que enfim vamos conseguir encerrar esse caso? -- Não faço idéia, mas é tudo o que eu mais venho desejando nessas últimas semanas__assentiu indo atrás de seu colete enquanto o meu me era entregue junto de um fuzil automático__ As instruções a serem seguidas estão claras e foram estudas com grande precisão, então ajam de acordo com o que foi planejado e iremos voltar sem sofrer perdas, entenderam?! -- Sim senhora!!__disseram em coro ao assentir. Então apenas me virei de costas e segui até os carros que seriam usados. -- Agentes Toledo, Martins e Riviera, vocês vão comigo. Os demais já sabem as equipes em que estão, então vamos logo__dei o ultimato final e em segundos já estávamos na rota para o local de apreensão. A noite seria longa, estava sentindo isso. Desde que assumi o posto de comandante da Cia, só tenho obtido êxito em cada uma das missões executadas. E está meio óbvio que é justamente por causa disso que o FBI solicitou a nossa ajuda nesse caso, algo que raramente acontece. CIA e FBI trabalhando juntos em algo, é uma ação para ser estudada. No mínimo, contemplada. Assim que recebi as pastas do caso para serem estudas, vi que não seria tão fácil como pensei. Mas no fim, essa era apenas mais uma missão como outra qualquer. De alto nível de dificuldade,mas ainda sim, apenas uma missão. Ainda não havia sido informada de qual seria a equipe enviada para o trabalho em conjunto, então não escondi o sorriso que se formava em meu rosto ao ver o Arthur presente entre os demais. Não pensei que teria a oportunidade de revê-lo novamente. -- García, meu querido, a quanto a gente não se fala mesmo?__diante o cumprimento, esbanjei ironia em cada frase imposta e, o mesmo se limitou ao sorriso. -- A essa altura do campeonato, eu poderia afirmar com toda a certeza que há em mim,que você já não teria mais um distintivo para exibir por aí, Retfhild__desdenhou e meu sorriso só aumentou ao ver que seu superior se aproximava. O propósito a ser atingido, traria alguma diversão. -- Comandante, pontual como me informaram__disse ele jogando seu elogio, então apenas assenti aceitando seu aperto de mão__ Sou o coronel Miller,diretor do setor privado do FBI. Vejo que já conhece o tenente García. -- Tivemos o prazer de trabalhar juntos em uma divisão no Brasil, e garanto que será um prazer ainda maior trabalhar com sua equipe Coronel__assentiu já caminhando até seus homens e tomando a linha de frente__ Quero que as equipes 2 e 3 vão com ele, equipe 1 vem comigo e, equipe 4 fica na contenção. Com as ordens dadas, cada um seguiu para seu posto e a operação teve o seu início. Se colocando em pontos estratégicos, só seria preciso esperar para agir de acordo com o momento. Porém algo não estava batendo, nossas ações foram executadas com uma facilidade muito grande,e ainda não creio que fui a única a perceber esse detalhe. O silêncio nas docas era gritante, isso até um pequeno grupo de quatro pessoas surgir com uma espécie de maleta em mãos. -- Equipe 2, descreva sua situação__pedi pelo ponto enquanto observava a movimentação dos alvos em questão. -- Nada fora do normal até o momento__responderam imediatamente, e para mim, não foi uma surpresa. Algo estava muito errado aqui. -- Coronel, o que vê?__perguntei ao checar o horário. O raio de visão que ele possuía era de um ângulo diferente da minha,então era possível a aproximação de mais pessoas. -- Grupo pequeno e muito bem armado caminhando do lado sul para o posto dos primeiros alvos, mas nada de quem viemos buscar__informou enquanto busquei a posição que ele citou. -- Trinta segundos para agir,queremos o mínimo de perdas possíveis, então façam o melhor__indiquei já saindo do meu posto e trocando o fuzil pela 9mm adaptada com dardos tranquilizantes. E sem muito tempo para enrolação, me aproximei já disparando contra todos ali. Tiros muito bem efetuados, com o pescoço como alvo final__ Agente federal, solte a maleta e coloque as mãos para cima__pedi para o último cara de pé. -- Não posso fazer isso, tenho ordens para cumprir. -- Mas se morrer aqui, não terá como as concluir__tentei,mas seu sorriso foi pura ironia e deboche. -- Se eu for preso, também não poderei fazer nada__deu a palavra final já me dando as costas__ As minhas escolhas não são das melhores. -- Clair, sai logo daí, é uma armadilha__ouvi Róger me informar pelo ponto,mas já era um pouco tarde. Quando elevei meu olhar para o cara a minha frente,ele simplesmente se jogou no chão e o impacto de uma explosão atingiu um raio inesperado me derrubando de imediato. Os meus sentidos se perderam imediatamente, estavam uma bagunça. Sem saber no que me concentrar,tentei me levantar deixando a mão pousada na cabeça para tentar amenizar a dor que sentia. Olhando para os lados, só conseguia ver vários vultos se formarem a minha frente. Ainda buscava por alguma percepção que me ajudasse com algo. Quando assumi esse posto,deixei claro para mim mesma que sempre seria a única na linha de frente. Diferente do meu pai,eu jamais me esconderia atrás dos meus agentes, é algo que se encontrava fora de cogitação. Porém, às vezes as consequências podem acabar sendo muito altas,e para minha sorte essa foi a primeira vez que me ferrei assim. Fazendo o possível para voltar a sintonia de antes, me foquei em um único ponto. Abri e fechei os olhos algumas vezes para em seguida passar por dois dos meus agentes e acertar um cruzado de direita com tudo na cara do i****a que estava sobre o controle do coronel Miller e o b****a do García. A minha compostura havia se dissipado com todo aquele imprevisto. -- Que m***a foi essa que aconteceu aqui?!__soltei com toda a raiva presente em minha voz e o escroto riu ao cuspi o sangue de sua boca em meus calçados. Repugnante. -- Isso? Foi apenas um presente,um aviso de que não podem ter o querem quando quiserem. -- Você vai apodrecer atrás das grades mesmo que consiga um bom acordo com a promotoria seu escroto de m***a__comentei lhe dando as costas e fazendo sinal para ser seguida. Aquela ação havia chegado ao fim, ao menos foi isso o que pensei. -- Não seja i****a,eu sou apenas um bode espiatório,não vou sair daqui como estão pensando__ao me dar conta do que ele falava, não levei dois segundos para me virar e o derrubar no chão para ver um disparo atingir o nosso lado__ Não falei? -- Cara, você é um verme que não vale nada. Mas preciso de você vivo, então é assim que vai permanecer até chegarmos a sala de interrogatório__deixei claro ao ficar de pé e trazê-lo comigo. Eu conhecia esse procedimento, e não iria deixá-lo me parar dessa vez. Não sei quem está por trás do gatilho,mas seu quais são as suas ordens, então faria tudo sem medo__ Quero uma p******o de 360 graus em volta desse m***a. Larissa, você fica ao meu lado. Róger e Arthur, vocês ficam atrás dele. -- Ficou maluca? Vão m***r a gente também__a coragem desse i****a me surpreendia. Não faço ideia de como ele conseguiu ser o nosso "líder" na missão fora do país. -- Cala a boca e confia em mim palhaço__fui firme ao dizer e me virei para o seu superior__ Coronel, mil e quinhentos metros de distância, um ponto seguro, possivelmente um prédio de porte médio. Nos encontramos em minha base de operações__com as instruções jogadas no ar, ele assentiu e saiu com dois agentes em sua cola. Então segui com a escolta ao filho da p**a até chegar ao carro, onde o coloquei entre Róger e Arthur no banco de trás e me coloquei ao volante com Isa ao meu lado. Nosso caminho foi feito com calma e em um silêncio ensurdecedor, nada que fosse muito estranho para o momento, mas ainda sim, uma grande m***a. Estacionei na garagem do prédio talvez meia hora depois, onde desci do carro já caminhando para minha sala com Isa na minha cola enquanto os rapazes levavam o filho da p**a para a sala de interrogação. Respirando fundo,me joguei na cadeira e deixei a cabeça pender para trás. -- Como você está?__não demorou a perguntar enquanto se sentava a minha frente. -- Com raiva e exausta__comentei a minha verdade e ela apenas riu__ Vou pra casa descansar um pouco. Você devia fazer o mesmo. -- E vou, não tem muito mais o que fazer por aqui.
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