Marco tinha um largo sorriso ao descer as escadas, tinha ganhado o seu dia com aquele beijo de Samira. Assim que ele chega na sala encontra o olhar questionador da sua avó, nada passava despercebido a ela.
_ O que foi? - pergunta sem conseguir esconder o sorriso no rosto.
_ Viu o passarinho verde querido? - pergunta ela com a sobrancelha arqueada.
_ Com toda certeza avó. - diz ele dando um beijo no seu rosto e saindo, e saindo.
O humor de Marco muda assim que ele sai pela porta, o seu telefone toca e ele já sabia de quem se tratava.
_ O que vai querer fazer com ela? - pergunta Douglas de forma despreocupada, ele não se importava com o destino de Diana, sabia o quanto ela era c***l, os vários processos na sua mesa eram uma prova clara disso.
_ Estou a caminho, assim que chegar aí conversamos melhor. - diz Marco desligando o telefone.
O seu ódio havia retornado, ele queria vingança e conhecia a pessoa certa para fazer isso. Entrando no seu carro ele parte para um local onde apenas loucos iam, mas era um lugar onde ele sempre era bem vindo. Aquele era o benefício de se ter contatos no submundo, as coisas que você podia fazer era impressionante.
Assim que Marco desce do carro um homem se aproxima dele lentamente.
_ Precisa de algo hoje Barão? - pergunta parando a poucos metros dele.
_ Sim, preciso de uma das suas meninas. - diz ele sorrindo, Diana teria uma pequena surpresa quando o vise naquela tarde. Ele não iria encostar nela, não batia em mulheres, e mesmo Diana merecendo ele não faria isso. Mas não poderia fazer nada se outra mulher fizesse isso.
_ Qual o tipo de serviço? - pergunta o homem.
_ Fazer companhia a uma pessoa na prisão por um tempo. - responde de forma tranquila.
_ Entendi. - diz o homem com um sorriso de canto. - Espere um pouco.
Ele sai rapidamente, Marco espera com paciência encostado no seu carro, sabia que conseguiria o que desejava, então estava nem um pouco preocupado. Alguns minutos depois ele retorna com uma mulher morena e baixinha ao seu lado.
_ Essa é a Alina, Barão. - diz ele apresentando a mulher. - Ela fará o serviço como você desejar.
_ Então vamos. - diz ele dando a volta e entrando no carro, a mulher não diz nada apenas o segue em silêncio, Marco gostava daquilo, odiava quando as pessoas faziam perguntas desnecessárias.
Quando chega na delegacia Douglas já o esperava na sua sala, quando ele vê Marco entrando acompanhado um sorriso curva os seus lábios, o seu amigo estava realmente com raiva.
_ Pelo que vejo ainda está com raiva. - diz ele.
_ Fervendo, mas tenho uma ótima forma de resolver isso. - diz apontando a mulher ao seu lado.
_ Já intendi, - diz ele chamando um dos seus guardas. - Leve a moça e coloque junto com Diana.
_ Sim senhor Delegado. - responde ele levando Alina.
_ Divirta-se. - diz Marco sorrindo.
_ Então o Barão foi realmente fisgado. - Aquilo era uma grande novidade para Douglas, ele jamais achou que veria o dia em que o CEO frio se apaixonaria por alguém.
_ Isso não é da sua conta. - diz de forma fria. Marco não gostava das pessoas se metendo na sua vida, mas por mais que evitasse o assunto os seus amigos insistiam nisso.
_ Ninguém foge do amor meu amigo, e você não é excessão. - responde se levantando. - Vamos.
Marco acompanha Douglas até onde ficavam as selas, de longe ele podia ouvir os gritos de Diana, um sorriso se forma no seu rosto.
_ Onde você conseguiu essa mulher? - pergunta Douglas com os olhos brilhando.
_ Com um contato. - diz dando de ombros, ele não se importava com a origem dela, só precisava do seu serviço qualquer outra informação era irrelevante.
_ Marco! - diz Diana aproximando-se da sela com o rosto vermelho. - Me tira daqui Marco, prometo que nunca mais farei nada com a sua noiva.
_ Apenas o som da sua voz já é o suficiente para que eu queira matá-la, Diana. - diz ele, os seus olhos como duas pedras de gelo sobre ela.
_ Foi um acidente! - grita nervosa. A mulher a segura pelos cabelos e desfere vários tapas no seu rosto.
_ Aqui ninguém é surdo v***a. - diz ela em seu ouvido.
Marco podia ver o medo nos olhos de Diana, ele percebia que ela não esperava que isso fosse acontecer com ela. Sempre que Diana aprontava o seu pai dava um jeito de livrar a sua barra, mas desta vez Marco havia feito questão de deixar bem claro que era uma ofensa a sua pessoa, ninguém no seu juízo perfeito compraria uma briga com ele por causa de Diana.
_ Gostei dela. - diz Douglas examinando com cuidado Alina.
_ Desta vez ninguém vira por você Diana, será apenas você e ela por algum tempo. - diz Marco apontando Alina que sorria ao ver o desespero da outra.
_ Por favor Marco! Eu faço o que você quiser. - implora ficando de joelhos a sua frente.
_ A única coisa que quero é que você sofra, até eu achar que você pagou pala dor que causou a minha noiva. - diz com olhos sombrios.
Ela não teria a misericórdia de Marco, ele já tinha se desgastado muito com ela. Tudo o que Marco queria era apagar a existencia de Diana da face da terra.
_ Cuide bem de Alina, Douglas. - diz ele sério.
_ Com toda certeza, não precisa nem pedir. - diz com olhos maliciosos sobre a morena na cela.
_ Preciso ir, me ligue se algo mudar. - diz já se retirando. Douglas bufa, não era à toa que o seu amigo tinha ganhado o nome de Barão no submundo, ele agia como se fosse um por onde andava.
_ O que acha de darmos uma volta quando o seu serviço terminar lindinha? - pergunta ele a Alina que segurava Diana polos cabelos.
Alina o encara como se ele fosse louco.
_ Não me envolvo com homens da lei delegado. - responde ela com um sorriso de canto.
_ Por você, talvez eu entre para oo mundo do crime. - diz piscando para ela antes de se retirar.