Lú estava sentada num restaurante esperando o seu agora amigo chegar. Ela estava apreensiva enquanto o esperava, tinha gostado da companhia de Arthur, ele tinha algo que a atraia para ele.
De longe Lú percebe quando Arthur chega, ele estava usando uma roupa mais casual, mas seu charme natural ainda permanecia, ela achava-o atraente, até de mais.
_ Espero não estar atrasado. - diz ele entregando um buquê de flores e lhe dando um beijo na bochecha.
_ Obrigada, - diz ela com um largo sorriso. - Respondendo a sua pergunta, você não está atrasado, eu que estava fugindo de uma discussão em família.
Arthur olha intrigado para ela, ele não a via como o tipo de pessoa que causava problemas, pelo contrário, para Arthur, Lú era a pessoa mais doce e gentil que ele já tinha conhecido.
_ Seria rude da minha parte se perguntasse qual o motivo? - pergunta ele sentando-se de frente para ela.
_ Você é o motivo. - diz Lú sorrindo.
_ Eu? - pergunta surpreso com a resposta dela.
_ Sim, ao que parece o meu neto não quer que eu saia com um amigo. - diz ela de forma gentil, para sua surpresa Arthur ri e ela se vê presa no som do seu riso, sentimentos antigos despertando no seu peito.
_ Gosto desse lado protetor de Marco, eu também seria se tivesse uma joia como você em minha vida. - as palavras dele fazem Lú corar o que ela achava ultrajante na sua idade, estava agindo como uma adolescente ao primeiro encontro.
_ Obrigada pelo elogio. - diz ainda sem graça.
_ O engraçado é que ele quer que você não tenho outro relacionamento já os meus filhos estão praticamente me expulsando de casa para sair com alguém. - Lú podia ver o divertimento nos olhos de Arthur e aquilo a ajuda a relaxar um pouco.
_ Marco é muito apegado a mim. Ele era muito pequeno quando os pais faleceram, então qualquer referência de família dele vem de mim e do seu falecido avô. - explica ela com os olhos refletindo as lembranças que guardava.
_ Posso entender isso, mas ele não precisa se preocupar, jamais a trataria m*l ou de forma desrespeitosa. - os olhos de Arthur estavam fixos nos dela e ela não enxergava qualquer sinal de malícia neles.
_ Por mais incrível que parece eu acredito em você. - responde ela com sinceridade.
Arthur abre um largo sorriso com as suas palavras, aquela era a segundo vez que eles se viam e saber que ela não estava mais tão resistente a ele como antes lhe dava mais esperança de que um dia ela o aceitasse, para Arthur conquistar Luiza tinha se tornado uma missão, ele desejava-a ao seu lado seu peito queimava apenas em pensar na linda senhora a sua frente.
O atendente se aproxima quebrando o clima entre eles, rapidamente eles fazem os seus pedidos e o rapaz se retira.
_ E como vai o seu plano para casar o seu neto? - pergunta ele divertido.
_ Melhor que nunca, pelo barulho que ouvi hoje acho que está dando muito certo. - diz ela com um largo sorriso no rosto, quando percebe o que disse ela olha para Arthur apreensiva.
_ Não se preocupe, gosto desse seu jeito espontâneo Luiza, detesto pessoas falsas. - diz ele tranquilizando-a.
_ As vezes eu me empolgo com algumas coisas. - diz ela grata por ele entender.
_ Gosto de ver essa sua animação, é assim que a vida tem que ser, leve e cheia de risos. - responde ele sorrindo para ela.
_ Mas e você, não está a procura de uma pessoa para Juliano? - pergunta ela com a sobrancelha arqueada.
_ Não vou me envolver, Juliano adora uma farra e não leva nenhum relacionamento a sério, acho que ele não encontrou a pessoa certa ainda. - diz ele lembrando-se de algumas coisas que Juliano aprontava.
_ E isso não te preocupa? - pergunta ela surpresa por sua forma de pensar.
_ Como eu te disse da primeira vez que nos vimos Luiza, temos que deixar as crianças encontrarem os seus próprios caminhos. - diz ele de forma tranquila.
_ Acho impressionante essa sua forma de pensar, eu não conseguiria. - diz ela fazendo-o rir.
_ Mas aí é que está Luiza, é isso que nos atrai nas pessoas, suas diferenças e peculiaridades. Acho incrível a forma que você cuida do seu neto. - Arthur tinha profunda admiração pela mulher a sua frente, ela tinha assumido muitas responsabilidades na sua vida e isso apenas a tinha deixado mais forte e vivaz.
_ Você é um verdadeiro galanteador Arthur. - diz ela.
O atendente chega e coloca o pedido deles na mesa se retirando, Luiza olhava para seu pedaço de torta com os olhos brilhando.
_ Pelo que vejo gosta de doces.
_ Que mulher não gosta, esse é nosso ponto fraco. - responde sorrindo.
_ É bom saber disso, agora já sei o que devo trazer para conquistá-la da próxima vez. - Luiza levanta a cabeça olhando nos olhos de Arthur.
_ E quem disse que quero ser conquistada? - pergunta ela com a sobrancelha arqueada.
_ Não vou desistir de você mulher teimosa. - responde ele bem humorado.
_ Já te disse Arthur, não quero um namorado. - diz tomando um gole do seu chá.
_ E que tal um marido? - insiste ele, ela coloca a xícara na mesa e começa a rir ele era insistente tinha que admitir.
_ Marco enfartaria se te ouvisse dizer isso.
_ Admiro o seu neto Luiza, poucas pessoas são tão dedicadas a família quanto ele, isso é louvável.
_ Então você entende o porquê quero que ele encontre alguém para amar, ele precisa recomeçar, me dar alguns bisnetos. - apesar do tom de brincadeira dela Arthur podia ver a preocupação no seu rosto. Esticando a sua mão sobre a mesa ele toca a dela.
_ Eu conheço esse medo Luiza, também o tenho, mas sei que eles ficarão bem depois que eu me for, a vida é assim. - os olhos dele transmitiam tanta tranquilidade que Luiza se permite relaxar novamente, os seus pensamentos vagando por lugares mais felizes.