Capítulo 30

1009 Words
Marco não conseguia se concentrar direito no que estava fazendo. As informações que tinha vindo buscar tinha sido muito útil, ele tinha dado mais um passo na sua investigação. Ele sabia que quem quer que fosse os responsáveis pala morte dos seus pais o estava observando, então ele teria que se afastar mais uma vez se não quisesse levantar suspeitas para si. Ele precisava manter a descrição. A pasta na suas mãos tinha um peso diferente, eram segredos antigos que apareciam para assombrá-lo, assuntos que ele jamais havia imaginado que ficaria sabendo, mas que era um começo para se chegar a verdade. _ Achei que não daria as caras por aqui desta vez Barão. - diz um homem sentado numa poltrona num canto, apenas a fumaça do seu charuto se via, seu rosto encoberto pela noite. _ E desde quando eu deixo de vê-lo, Vincenzo. - diz Marco se sentando de frente para o homem. Ele podia ver o canto da sua boca se repuxando num sorriso. _ Verdade, afinal, o Barão sempre cumpre com a sua palavra. - diz ele enquanto dava mais uma tragada no seu charuto. _ E você nunca vai parar de me chamar assim pelo que vejo. - diz Marco se servindo de um pouco de whisky. _ Você ganhou esse nome, e nomes na minha organização são tudo. - diz ele aproximando o seu rosto da luz, alongo cicatriz que ele trazia no rosto ficando visível e dando-lhe um ar mais ameaçador do que já era. _ Sabe que não faço parte da sua organização. - diz Marco de forma tranquila. Ele observa Vincenzo se recostar novamente no seu assento sorrindo. _ Por que não quer, basta-me avisar se mudar de ideia. - diz ele arqueando a sobrancelha. A história de Marco e Vincenzo era longa. Marco havia salvado a vida do homem anos atrás quando tinha sofrido uma emboscada, desde então Vincenzo insistia que lhe devia a vida e sempre que Marco aparecia no seu território ele fazia questão de vê-lo. _ Isso não vai acontecer, gosto da sua companhia, mas minha vida está boa desta forma. - Vincenzo examina o rosto de Marco com cuidado seus olhos atentos a cada movimento dele. _ Então você encontrou? - pergunta ele com um sorriso de canto. _ O quê? - pergunta ele sem entender. _ Aquela que vai desafiá-lo. - Marco olhava surpreso para Vincenzo, mas aquilo não devia o surpreender tanto, afinal, o chefe da máfia sempre conseguia ver sobre a sua máscara. _ Talvez. - diz Marco e ouve a risada do homem encher a sala. _ Homens como nos Marco só se apaixonam uma vez na vida, e quando isso acontece não tem mais volta. - diz ele de forma tranquila. Marco fica pensativo com as suas palavras, ele nunca havia sentido a necessidade de estar perto de alguém como tinha por Samira, e com toda a certeza ela era seu desafia preferido, era a chama que fazia o seu peito arder em desejo. _ Pela sua cara estou certo. _ Você continua o mesmo Vincenzo. - diz Marco balançando a cabeça. _ Te conheço, afinal, não somos tão diferentes assim. - diz com o mesmo sorriso de antes. _ Sei disso, mas estou tão perto da verdade que penso que pode ser um risco para ela estar comigo. Jamais me perdoaria se algo acontecesse com ela. - diz Marco suspirando. _ É, realmente o Barão foi fisgado, - diz ele rindo. - Não se preocupe, se desconfiar de algo apenas me avise tenho pessoas na sua cidade, a sua garota não vai ficar sem proteção. Aquelas palavras deixaram a boca de Vincenzo sem qualquer traço de brincadeira, Marco percebia que não era mais seu amigo falando era o chefe da máfia que tinha entrado em ação. _ Obrigado por isso Vincenzo, sabe que se precisar de mim basta ligar também. - Marco tinha muita consideração pelo homem assustador a sua frente, ele podia ser um tanto quanto c***l, mas era leal aos amigos e era disso que ele precisava naquele momento, pessoas em que pudessem confiar. _ Sei que é leal Barão, e não duvide de que alguém dia eu ligue, todos nós precisamos de ajuda em algum momento das nossas vidas. Marco gostava daquilo em Vicenzo, ele não tinha maias palavras, ia direto ao ponto, talvez fosse por isso que os dois se davam tão bem. Eram homens forjados no sangue daqueles que amavam, e a sede de vingança corria tão forte em Vincenzo quanto em Marco, nos seus olhos sempre havia uma promessa de dor para aqueles que ousavam cruzar os seus caminhos. Os dois permanecem em silêncio, apenas apreciando a companhia um do outro, ali não era preciso dizer muitas palavras, eles entendiam-se apenas com alguns olhares, eram como irmãos de pais diferentes, nascidos na necessidade de proteger um ao outro. Vincenzo jamais entregaria os negócios de Marco, assim como sabia que Marco jamais faria o mesmo com ele. _ E o James? - pergunta Vincenzo após um tempo. _ Fazendo um serviço para mim, o safado devia ter se divertido. - diz Marco com um sorriso de canto. _ Esse é meu garoto! - diz Vincenzo rindo. - Um homem precisa se divertir de vez em quanto. _ Ele é um bom homem. - diz Marco. James havia sido recomendação de Vincenzo, e assim como ele havia dito ele era, leal e mortal. Naquele momento Marco se sentia grato por ter James por perto, apenas assim ele sabia que Samira estava segura. O seu funcionário morreria antes de permitir que algo acontecesse a sua garota. Marco termina a sua conversa com Vincenzo e parte, apesar de estarem num lugar seguro não podia se dar ao luxo de ser visto com ele. Vincenzo era a carta na manga de Marco, nenhum sabia que eles tinham negócios, e ele esperava que continuasse assim. Sem pausa para descanso Marco vai direto para o aeroporto, só ficaria sossegado quando vê-se com os seus próprios olhos que Samira estava bem.
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