Capítulo 2

1207 Words
Marco passou a manhã stressado pensando no incidente mais sedo, assim que pensava no assunto vinha a sua mente a carinha de anjo que a mulher da faixa de pedestre tinha, ela era muito bonita ele não poderia negar tinha um corpo cheio de curvas, mas não era vulgar e era baixinha, pensando nisso se repreendeu mentalmente por ainda estar se lembrando do que ouve mais cedo, uma batida na porta tira-lhe dos seus devaneios. _ Senhor Bernardi a vovó Luiza deseja vê-lo - diz a sua secretária, Marco passa a mão pela cabeça frustrado, tudo o que ele não queria neste dia era um dos sermões da vovó Lú, mas pelo visto ele não teria escolha. _ Deixe ela entrar - diz conformado, a secretária sai e retorna com uma senhora idosa que percebe-se pelo seu andar, a classe a qual faz parte, vovó Lú era baixa, esguia, o seu rosto demonstrava traços da beleza que já possuirá um dia. _ É assim que trata a sua avó? - pergunta se aproximando - Por que tenho que ficar esperando? Sabe o quanto é difícil para uma senhora na minha idade ficar em pé muito tempo? - Marco já conhecia todo o repertório de drama da vovó e sabia que não valia a pena discutir. _ Desculpe vovó, mas estava resolvendo algumas coisas. _ Nada pôde ser mais importante que a sua família Marco! - diz ela brava - Neto ingrato. _ Vamos almoçar juntos vovó - diz rapidamente - Não conversamos muito essa semana. _ Vão almoçar - entra Juliano perguntando animado - Vovó Lú, mas você tá uma gata, fica mais bonita a cada dia. _ Seu descarado - diz a vovó lhe dando um tapa no braço - Sabe como agradar essa velha. _ Mas a senhora continua muito jovem, já pensou em namorar? - ela dá risada da sua sugestão e Marco o olha com um olhar assassino - Vovó posso te apresentar ao meu avô ele é viúvo, vocês se dariam bem. _ Nem pensar, para de sugerir essas coisas. _ Alguém aqui tem que namorar Marco, já que você não está disposto - Marco joga uma almofada em Juliano. _ Ai! Chato. _ Não briguem vocês dois, vamos almoçar juntos, faz dias que não converso com o Juliano. _ Sabia que sentia a minha falta vovó - diz oferecendo o braço a vovó - Não liga para ele, só está com ciúmes. Vão para um famoso restaurante na cidade, um dos favoritos de Marco. São atendidos e rapidamente levados a uma mesa num lugar mais discreto. Ser dono de uma grande empresa e multimilionário tinha as suas vantagens e Marco gostava de aproveitar aquilo. _ O garçon já vem senhor Bernardi, se tiver algo que possa fazer por vocês não exite em me chamar - diz o gerente se retirando, não demora muito e chega o garçon. _ Bom dia, chamo-me Samira e serei sua garçonete hoje - diz entregando o cardápio. Marco estava mais do que surpreso, a dona dos seus pensamentos estava bem na sua frente. Os mesmos olhos verdes encantadores de antes o olhava fixamente, mas com uma raiva que era visível por todos. _ Você! - diz ele sério a encarando, o rosto de Samira estava vermelho, mas não era de vergonha e sim de raiva ao se deparar com Marco. _ O i****a de mais cedo - diz ela entre dentes, Juliano e a vovó os observava sem entender. _ Será que vou ter que lavar essa sua boca com sabão. - diz ele com o maxilar trincado. _ Você pode até tentar,"senhor não peço desculpa "- diz ela fazendo um sinal de aspas no ar. _ O que está acontecendo Marco? - pergunta a vovó. Ela observava Samira com enteresse aparente. _ Não é nada vovó, só um m*l entendido - Samira o olho com raiva. _ É sério que vai mentir para uma senhora idosa - diz ela séria. Marco não acreditava na audácia da mulher a sua frente. _ Não se meta, da minha família cuido eu! -Marco se levanta e encara Samira com raiva. Os dois estavam num embate silencioso se recusando a desviar o olhar. _ Para Marco - diz a vovó o fazendo se sentar de novo - Minha querida, se importa de me contar o que houve? - Samira olha com carinho para a senhora a sua frente. _ Claro - diz sorrindo - Estava indo para a faculdade e passei correndo pela faixa de pedestre então acabei caindo, o sinal abriu e quando eu me levantei ele bateu em mim com o carro, e não quer pedir desculpas - diz ela fuzilando Marco com o olhar, a vovó fica horrorizada e olha brava para Marco. _ Como pode fazer isso com a moça Marco? - fala brava - Menino m*l criado! Eu devia te dar uns tapas. _ Vai acreditar nela vovó! - diz ele desesperado, Juliano assistia a tudo com um sorriso no rosto. _ Você machucou-se querida? - pergunta a vovó ignorando Marco, Samira mostra as palmas das mãos que estavam arranhadas. _ Peça desculpas Marco! - a vovó o encarava zangada pensando no que havia de errado com o seu neto para tratar uma mulher desse jeito. _ Não. _ Deixa de ser mau criado. _ Vai ficar do lado dela vovó? Você nem a conhece! _ Tenho uma ideia - diz Juliano - Marque um jantar vovó como um pedido de desculpas - o rosto da vovó se ilumina com a ideia, ela havia gostado da moça, parecia ser de origem simples e não se importava com o génio do seu neto, secretamente ela começou a fazer planos. _ Você está certo Juliano - diz com um sorriso - O que acha querida? _ Não sei senhora. _ Por favor, me chame de vovó Lú. _ Está bem vovó Lú - diz sorrindo. _ Olha como ela é linda - diz a vovó passando a mão no rosto de Samira - Vem, almoça conosco. _ Desculpa vovó Lú, mas estou trabalhando - diz Samira sem graça. _ Não tem problema, vou conversar com o gerente - diz já se levantando, ela vai até o gerente e Samira observa tudo de boca aberta. _ Samira, a pedido da nossa ilustre cliente, não lhes faça uma desfeita pôde almoçar com eles - diz o gerente com um largo sorriso, a família Bernardi gastava uma alta soma em dinheiro todas as vezes que ia ao restaurante, ele não poderia se dar ao luxo de ofendê-los. _ Mas senhor ... _ Não se preocupe não vou descontar do seu dia, apenas aproveite - diz puxando uma cadeira e a sentando - O que gostariam hoje? _ Vou querer uma costela gratinada com batatas e uma taça de vinho tinto - diz Juliano. _ O mesmo para mim - acrescenta Marco. _ A sopa de frutos do mar, e um suco- diz a vovó, Samira olha o cardápio e todos os pratos são extremamente caros, então ela escolhe o único prato mais barato no cardápio. _ Vou querer o ravioli de queijo - o gerente anota tudo e sai, enquanto isso Marco a olhava com cara de poucos amigos.
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