Capítulo 12

1025 Words
Entrando no seu quarto Marco troca de roupa, veste uma calça e uma camisa preta, causa as suas botas e pega uma jaqueta no armário e desce. Sem dizer nada ele vai direto para a garagem ignorando as pessoas que ainda conversavam animados na sala. Ele precisa de um escapa, algo que o fizesse entender o que estava acontecendo na sua mente e corpo, porque naquele momento tudo para ele estava uma completa confusão. Entrando na garagem ele pega o seu capacete e sai com a sua Aprilia Caponord, ele só queria sentir o vento no seu rosto e quem sabe ter um pouco de acrescentamento sobre o que acontecia na sua mente. Marco havia passado a maior parte da sua vida só e isso nunca tinha significado um problema para ele, gostava da solidão e sempre tinha a sua avó para lhe fazer companhia. Os seus pais haviam partido muito cedo e sempre havia sido apenas ele e a sua avó, e isso nunca havia sido um problema ele gostava da dinâmica deles em casa, mas desde que tinha posto os seus olhos em Simira a casa que antes parecia tão aconchegante estava agora fria sem a sua presença. Samira tinha algo que o desafiava, que o fazia querer que ela se submetesse a ele de todas as formas. Marco era dominador por natureza e estava acostumado a todos se recurvar perante a sua vontade, mas Samira não, ela gostava de desafiá-lo da forma que conseguisse e isso só atiçava os sentidos de Marco. Enquanto a estrada se estendia a sua frente e ele acelerava ainda mais, os seus pensamentos se confrontavam com a realidade que vivia naquele momento e com a forma que ele se sentia em relação à presença de Samira. Naquele momento ela representava uma tentação maior do que ele estava disposto a deixá-la. Quase duas horas depois Marco estava sentado no seu bar favorito na beira de uma rodovia, uma cerveja gelada na sua mão enquanto observava o movimento das pessoas a sua volta. Ele ainda não tinha conseguido encontrar a paz que procurava ao sair louco de casa, mas estava um pouco mais tranquilo para observar as coisas de outra forma. _ Sabia que te encontraria aqui. - diz Juliano sentando-se ao lado de Marco. _ A vovó te ligou. - diz ele enquanto tomava mais um gole da sua cerveja. _ Ela ficou preocupada com a forma que saiu de casa, - diz ele enquanto sinalizava para o garçon trazer-lhe uma cerveja. - Não pode preocupá-la desta forma Marco, ela já está frágil. Marco entendia a preocupação da sua avó, e não havia pensado direito quando tinha saído de casa, ele só queria ficar um pouco sozinho e entender os sentimentos que turbavam a sua mente e corpo. _ Não fiz por m*l, só queria espairecer um pouco. _ Te conheço muito bem, - diz Juliano pegando a sua cerveja e tomando um gole. - O que tem te incomodado? Marco olha para Juliano encontrando os seus olhos preocupados, o seu amigo era assim, um palhaço na sua maioria do tempo, mas quando se tratava de algo sério ele estava lá para ele sem nunca o recriminar por suas ações. _ Eu realmente não sei Juliano, esse é o problema. - diz frustrado, as palavras pesando na sua boca. _ Tem a ver com aquela garota daquele dia? - pergunta ele com a voz baixa, Marco não gostava de conversar sobre as suas coisas pessoais. _ Queria poder dizer que não. - diz ele terminando a sua cerveja, a penas de pensar em Samira seu peito se apertava, como se estar longe dela fosse doloroso para ele o que não lhe explicava nada. _ Eu sou seu amigo há anos Marco e sei quando você não está bem, ainda me lembro da sua cara quando disse que iria sair com ela, - Marco o encara com olhos sombrios. - Essa cara mesmo. Marco revira os olhos desviando o seu olhar de Juliano, o seu amigo podia ser um i****a as vezes, mas o conhecia bem demais para não ver a verdade por trás das suas ações. _ Se gosta dela invista, ela parece ser uma garrota legal, esforçada e não se deixou levar pelo seu dinheiro, já é um começo. - diz ele dando de ombros. Marco já tinha perdido a conta de quantas mulheres tentaram se aproximar dele pelo dinheiro, a sua fortuna sempre atraia alguma desavisada que achava que podia estar na sua cama em troca de favores financeiros. Marco jamais pagava por sexo, as mulheres que estiveram na sua cama iam por que queriam e sem interesse nos seus bens. _ Não sei o que sinto por ela Juliano, pode ser apenas curiosidade. - diz ele e vê Juliano sorrir. _ Tenho certeza que não é, você nunca reagiu desta forma a nenhuma outra mulher. Tente conhecê-la um pouco, já vai ser um começo. _ Isso vai ser complicado. - diz ele balançando a cabeça. _ Por que? - pergunta Juliano percebendo o tom de Marco. _ Carlos vai levá-la a praia hoje. - diz com os dentes trincados. _ Mas você é fraco mesmo Marco. - diz Juliano o encarando, Marco lança um olhar mortal para ele. - Como você deixa a sua garota sozinha com outro cara! _ Ela não é minha garrota. - diz ele chateado com as palavras de Juliano. _ Eu vejo, e da forma que esta agindo não vai ser mesmo, - Marco chuta a perna de Juliano por baixo da mesa. - Ei! _ Você fala de mais Juliano. - diz Marco bravo. _ Ainda bem, se dependesse de você Carlos já tinha casado com ela, - diz ele levantando-se. - Vamos. _ Para onde? _ É serio! Bem se vê que você não esta legal mesmo, - diz balançando a cabeça. - Vamos para a praia meu amigo, estou ansioso para ver a cara de Carlos quando chegarmos. Pela cara de juliano Marco sabia que Carlos teria problemas naquele final de semana. Com um largo sorriso no rosto Marco paga sua bebida e sai acompanhado de Juliano.
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