Arthur estava sentado numa poltrona encarando o homem de olhos gelados a sua frente, a expressão de Marco era feroz, mas ele não cederia gostava de Lú e se tivesse que enfrentá-lo para que pudesse continuar a vê-la o faria sem exitar.
_ O que pensa que está fazendo na minha casa? - pergunta Marco.
_ Luiza me disse o que ouve, então vim vê-la para que não saísse. - tudo o que Lú havia contado a Arthur o tinha deixado muito preocupado com a segurança dela, então ele tinha escolhido ir vê-la ao invés de por sua vida em risco.
_ Vou ser direto com você, não quero ver vinha avó magoada, se está procurando uma aventura pode sair agora mesmo da minha casa. - os olhos de Marco estavam tão gelados que Arthur sente um arrepio na espinha, ele tinha que admitir que Marco tinha uma presença que assustava quando queria.
_ Jamais magoaria a Luiza, ela é uma mulher adorável, apenas desejo conhecê-la melhor. - explica ele da melhor forma que conseguia.
_ Minha avó já passou por muita coisa, não desejo vê-la sofrer novamente, nem que para isso eu tenha que removê-lo da vida dela. - ninguém precisava dizer-lhe o que aquilo significava, Arthur era esperto o suficiente para entender as meias palavras de Marco.
_ Não vou negar, tenho interesse na sua avó, só um t**o não veria o quanto ela é preciosa, mas desejo conquistá-la aos poucos. - diz ele.
_ E se ela não quiser se envolver com você? - pergunta Marco arqueando uma das suas sobrancelhas.
_ Então eu sairei da vida dela sem lhe causar qualquer dano. - diz sustentando o olhar de Marco.
_ Gosto de ouvir isso, - diz Marco se levantando e estendendo a mão para Arthur. - Temos um acordo então.
_ Temos. - diz ele apertando a sua mão com firmeza.
Na sala todos respiram aliviados quando os vê voltando do escritório.
_ Achei que iria matar o vovô. - diz Juliano que tinha um olhar preocupado no rosto.
_ E eu tinha motivos para isso? - pergunta ele ao amigo.
_ Mais é claro que não! - exclama horrorizado.
Marco o ignora se sentando ao lado de Samira, a suas mãos envolvem a sua cintura a puxando para seu colo, ele sentia-se mais calmo ao te-la perto de si.
_ Espero que não tenha ameaçado esse senhor. - diz ela com a voz firme o olhando.
_ Não vou responder a isso. - diz ele desviando o seu olhar do dela.
_ Marco! - diz ela já imaginando o teor da conversa deles.
_ Está tudo bem senhorita, foi uma conversa de cavalheiros ele apenas expressava a sua preocupação com Luiza. - Samira achava fofo a forma com que Arthur dizia o nome da vovó.
_ Esqueçam isso, temos que pensar no nosso plano para o final de semana. - diz Carlos que assistia toda a discussão em silêncio.
_ O que vocês estavam planejando? - pergunta Samira.
_ Íamos acampar, mas não acho que seja seguro depois do que aconteceu. - diz Marco a ela.
_ Infelizmente eu concordo com Marco. - diz Juliano jogando-se no sofá.
_ Vocês não podem deixar de se divertir devido a uma ameaça, - diz Arthur observando a frustração deles. - Basta tomar cuidado e tudo ficará bem.
_ Concordo com ele querido, você nem sabe se estão vigiando a casa. - diz Lú.
_ Só estou me precavendo, e não vou deixar a senhora aqui sem proteção.
_ Mas quem disse que eu vou ficar aqui. - diz ela observando os olhos de espanto de Marco. - Arthur chamou-me para passar o final de semana com ele e aceitei.
Os olhos de Marco voltam-se para Arthur que observava a conversa em silêncio.
_ Ela vai estar bem Marco, o meu tio faz parte das forças especiais, ninguém tocará na vovó. - diz Juliano sorrindo.
_ Vovó...
_ Não comece, já disse que vou. - responde ela com firmeza, Marco resmunga sabia que não adiantaria discutir com a sua avó.
_ Ao menos leve alguns seguranças. - diz ele com um bico enorme no rosto.
_ Claro querido, tudo que te faça se sentir melhor. - diz ela apertando as suas bochechas e fazendo os outros rirem da cara azeda dele.
Por mais que Marco quisesse negar ele podia ver o brilho que os olhos da sua avó tinha ao olhar para Arthur, o seu coração se aperta com a mera possibilidade de a perder, mas sabia que era muito egoísmo da sua parte não querer que a sua avó arrumasse alguém na sua vida para estar com ele, ela merecia o mundo e Marco entendia que tinha certas coisas que ele nunca poderia suprir na vida da sua vó.
_ Então ainda vamos acampar? - pergunta Juliano com os olhos brilhando, o rosto de Marco se volta para Samira que tinha um largo sorriso no rosto.
_ Posso ver se consigo alguns seguranças para irem conosco. - diz ele.
_ Isso não Marco, eu não quero passar o meu fim de semana cercado por seguranças. - diz Carlos.
_ Talvez eu possa resolver isso, - diz Arthur chamando a atenção deles. - Tenho um amigo que possui uma propriedade bem extensa onde poucas pessoas vão, posso ver se ele não recebe vocês lá.
_ Valeu vovô! - diz Juliano jogando-se ao lado dele e lhe dando um beijo na sua bochecha.
_ Interesseiro. - diz ele fazendo eles rirem.
Sentados ali pareciam uma grande família conversando e provocando-se, Marco gostava daquilo, da sensação que lhe dava quando a sua casa estava cheia. Para ele era como ter a sua família de volta. Ele enterra o rosto no pescoço de Samira inalando o seu cheiro.
_ Pode parar Marco! Respeite as visitas. - diz Juliano fazendo uma careta.
_ Diz isso por que está encalhado. - responde Marco.
_ Seu chato, o Carlos também está encalhado. - diz ele como uma criança.
_ Não me coloque no meio desse conversa esquisita de vocês. - responde ele.
A conversa continua com eles provocando-se entre si, era como se tudo estivesse no seu lugar naquele momento, e que o m*l que os cercava jamais poderia os tocar.