Samira termina a sua avaliação e vai direto para casa, o seu único pensamento era cair na cama e dormir a tarde inteira, então distraída ela entra na faixa de pedestre sem perceber que estava fechado, se assusta com uma buzina, e se prepara para a dor de uma batida, mas ela não vem, em vez disso, braços fortes a envolvem a puxando da frente do veículo, quando ela abre os olhos, encontra um par de olhos castanhos desconhecidos que a olhava com preocupação, a suas bochechas coram ao perceber que estava agarrada ao seu peito.
_ Você está bem?
_ Sim - diz se afastando do homem a sua frente - Me desculpa estava distraída.
_ Pude perceber - diz ele sorrindo - O meu nome é Carlos - diz-lhe oferecendo a mão. Samira olhava impressionado com o tento que o seu sorriso era bonito, ele tinha um ar inocente que não condizia com a sua figura.
_ Eu sou Samira, obrigada por me ajudar - diz ela observando-o, ele era um homem bonito possuía cabelos pretos e lisos, pele pálida e tinha alguns traços asiático.
_ Não precisa agradecer - Carlos observa Samira com interesse, ela era bonito e pelo material que levava era universitária. - Gostaria de almoçar comigo?
_ Você não me conhece, como pôde chamar-me para almoçar com você? - Carlos sorri da sua sinceridade, normalmente as mulheres não costumavam recusar um convite seu para almoçar, mas sempre tinha a primeira vez.
_ Desculpa-me, sou novo na cidade, estou apenas querendo ser gentil, você está um pouco pálida fiquei preocupado - Samira sente a suas bochechas corarem de vergonha, ela coloca a mão no rosto e se vira, agora ela estava arrependida por ser grosseira com ele.
_ Me desculpa mesmo, hoje o meu dia está sendo difícil. - diz frustrada ao se lembrar da sua prova mais sedo.
_ Não tem problema, se não quiser almoçar está tudo bem. - querendo desfazer o m*l entendido ela resolve aceitar o seu convite.
_ Tudo bem, eu aceito - diz sorrindo, ele havia sido gentil com ela, então Samira não o trataria m*l.
Ele a conduz até o seu carro e vão até um restaurante simples no centro da cidade, o lugar era aconchegante, e oferecia comida caseira. Eles escolhem uma mesa se sentam e esperam a sua comida.
_ Então Samira, você é universitária? - diz puxando assunto, ele queria descobrir se a mulher a sua frente era realmente mais que a sua beleza.
_ Sim, estou terminando o meu curso de contabilidade - ela sorri ao falar do seu curso, e Carlos percebe que ela gosta muito da sua futura profissão. Ele a observava com mais interesse agora que tinha percebido que ela era universitária.
_ É um bom curso, os seus pais devem estar muito felizes.
_ Os meus pais morreram há muito tempo.- Carlos fica constrangido por trazer a toma uma memória dolorosa para ela.
_ Sinto muito, não quis chatear você.
_ Não se preocupe, já faz muito tempo.
_ Como você faz para se cuidar sozinha? - pergunta curioso. Ele percebia que a suas roupas eram simples, assim como o material da faculdade que ela carregava.
_ Eu ganhei uma bolsa de estudos na minha faculdade, e trabalho meio período num restaurante para pagar as minhas despesas - Carlos fica impressionado com a mulher, a sua frente, um sorriso se formando nos seus lábios. Para ele Samira era uma guerreira nata batalhando por sua independência, ele havia gostado dela.
_ Você é muito esforçada Samira.
_ Obrigada, só não quero ser pesada para a minha tia, ela já me criou durante muitos anos, o mínimo que posso fazer é me virar. - Samira tinha um grande carinho pela senhora que tinha-lhe dado tanto amor em todos os anos em que morou com ela, o seu maior desejo era poder retribuir um dia toda a dedicação que tinha recebido.
_ Para alguém tão nova você tem uma mentalidade muito evoluída. - observa Carlos.
_ Aprendemos com a vida, mas e você veio a trabalho?
_ Sim, tenho uma empresa aqui na cidade, vim negociar uma parceria com um amigo.
_ Parece bom.
_ Se der certo vai ser realmente muito bom, e nos dará ótimos lucros.
_ Vou ficar torcendo para dar certo - diz ela cruzando os dedos, ele ri da sua expressão.
_ Agora tenho certeza que dará certo. - Carlos não podia deixar de observar Samira com atenção se encantando com cada pequeno detalhe dela.
A comida chega e eles comem em silêncio, apreciando a companhia um do outro, Carlos era o tipo de pessoa que Samira ficava confortável mesmo com o silêncio, ele foi gentil a todo tempo com ela, lhe servindo suco ou dividindo um pouco da sua comida para ela experimentar.
_ Me diz onde mora que te dou uma carona - diz ele assim que saíram do restaurante.
_ Não quero lhe dar mais trabalho.
_ Não é trabalho, e a minha reunião é só de tarde, então tenho tempo - o seu tom era tão gentil que Samira não ousou recusar. Ela passa o endereço e ele leva-a.
_ Samira, fique com o meu cartão - diz retirando o cartão do bolso do terno - Quando terminar a sua faculdade ligue-me, posso conseguir um lugar para você começar. - ela olha o cartão de boca aberta, nunca imaginou que um estranho que havia conhecido na rua pudesse se preocupar com ela a ponto de querer ajudá-la.
_ Obrigada, vou me lembrar disso no futuro - diz ela já saindo do carro.
_ Vou ficar esperando a sua ligação - diz ele e sai com o carro.
Samira segurava o cartão ainda sem acreditar na sua sorte, ela entra em casa feliz da vida. Carlos havia deixado uma boa impressão nela, ele era gentil, carinhoso e pelo que ela percebeu na sua conversa com ele, trabalhava muito.
Naquele dia Samira teve um bom descanso. A próxima semana passou voando, Samira se jogou de cabeça nos seus estudos, o seu trabalho ocupava muito do seu tempo, mas ela estava feliz, então quando chegou o sábado foi com surpresa que ela encontrou a vovó Lú na sua casa.
_ Vovó Lú! O que faz aqui? - dia Samira abrindo a porta para ela entrar.
_ Você se esqueceu do nosso jantar menina? - diz ela dando-lhe um abraço.
_ Há, - diz sem graça - O jantar.
_ Você não parece animada.
_ Vovó, o senhor Marco não gosta de mim, talvez seja melhor esquecermos isso - diz ela meio sem jeito.
_ Imagina, gosto muito de você, e Marco não a tratará mau, prometo-lhe - com a insistência da vovó Samira não tem outra escolha a não ser aceitar.
_ Tudo bem vovó Lú, eu vou - a senhora fica muito feliz, se levanta e já se dirige a saída - A senhora já vai? Não quer tomar um chá?
_ Desculpe querida, venho outra hora com mais tempo, vou ao mercado comprar as coisas para o jantar.
_ Quer ajuda? A senhora não deveria andar por aí carregando coisas pesadas. - a suas palavras enchem o coração da vovó de ternura, para ela Samira era a mais doce criatura que conhecerá.
_ Mas você é a convidada não deveria trabalhar.
_ Imagina, não tenho nada para fazer hoje, então posso ajudar.
_ Tudo bem, então vou aceitar a sua ajuda, traga uma roupa para você se trocar lá em casa. - Samira sai como um furacão para o quarto arruma uma pequena bolsa e volta para a sala.
_ Pronto, podemos ir. - a vovó olha nos seus olhos brilhantes já imaginando o que faria para tê-la na sua família, a noite promete se depender da vovó.