Marco havia passado o resto do dia com Samira, ele mesmo não se reconhecia por estar fazendo algo assim, mas não queria deixá-la sozinha. Foi co relutância que ele deixa o seu apartamento de tarde.
Ela estava deitada no seu sofá confortavelmente usando um pijama do Bob Esponja quando a sua campainha toca, para sua surpresa quando ela abre a porta Carlos estava lá segurando um buquê de flores.
_ Boa noite. - diz ele sorrindo ao lhe entregar o buquê.
_ Boa noite, - diz ela um pouco sem graça por estar de pijama. - Se soubesse que viria me visitar não estaria de pijama.
_ Eu não me importo. - diz ele.
_ Entre. - diz Samira se afastando, ele entra e ela fecha a porta atrás de si.
_ Desculpe não vir antes, mas achei que seria melhor esperar o Marco se acalmar um pouco antes de te ver. - Samira suspira ao se lembrar da sena que Marco tinha causado dias atrás.
_ Eu é que preciso pedir desculpas a você, lamento que as coisas tenham acontecido daquela forma. - diz apontando o sofá para que ele se sentasse.
_ Não se preocupe com isso, mas confesso que me deixa muito triste não ter você por perto. - diz ele com os olhos fixos nos dela. Samira cora com a forma que Carlos a aolhava, era a primeira vez que ela via ele a olhar de forma diferente de antes.
_ Mas você tem a Amanda, sei que ela cuidará bem de você. - diz ela mudando de assunto rapidamente.
Samira sempre teria muito carinho por Carlos, mas ela via-o apenas como um amigo querido e nada mais, o seu coração tinha dono e era um CEO rabugento que quase a enlouquecia.
_ Ela é realmente ótima. - diz ele com o semblante triste.
_ Precisamos marcar um dia para sairmos, matarmos a saudade. - diz ela animada.
_ Isso seria bom. - diz ele com o mesmo olhar triste de antes. Eles ficam em silêncio por um tempo um sem saber o que dizer para o outro.
_ Samira eu gostaria de te fazer uma pergunta. - diz Carlos após alguns minutos.
_ Claro, pode perguntar. - diz ela esperando que ele falasse.
_ Você está mesmo namorando o Marco? - havia tanta tristeza na voz dele que por alguns segundos Samira havia ficado sem fala.
Ela nunca quis magoar Carlos, ele fazia parte da sua vida agora e não desejava vê-lo magoado, mas não podia fazer nada em relação aos seus sentimentos, ela amava Marco.
_ Sim, estamos namorando. - diz ela finalmente olhando nos seus olhos. A dor que Samira enxerga no rosto de Carlos faz o seu peito apertar.
_ Achei que ele estivesse brincando quando disse que vocês estavam juntos.
_ Ele falou a verdade, faz uns dias que ele me pediu em namoro e aceitei. - explica ela.
Carlos permanece em silêncio, o seu peito doía tanto que era como se ele fosse sufocar. Durante algum tempo ele havia nutrido a esperança de que Samira pudesse se interessar por ele, mas mais uma vez isso não tinha acontecido.
_ Lamento se estou sendo invasivo. - diz em voz baixa.
_ Somos amigos, Carlos, jamais pensaria m*l de você por me perguntar isso. - diz ela tocando a sua mão com carinho, mas aquele gesto para Carlos era apenas mais um lembrete da sua perda, Samira nunca seria sua.
_ Espero que tudo de certo para vocês. - diz ele com um sorriso triste.
_ Você conhece o seu amigo, as vezes tenho vontade de esganá-lo. - diz ela apertando uma almofada fazendo Carlos rir.
_ Não é só você. - responde ele ainda sorrindo.
_ Já jantou? - pergunta ela.
_ Na verdade não. - diz coçando a cabeça sem graça.
_ Então vem, pode me ajudar na cozinha. - diz se levantando e indo para a pequena cozinha do apartamento.
Samira começa a cozinhar com a ajuda de Carlos, eles conversavam e riam de algumas coisas, pareciam velhos amigos. As horas que Carlos tinha passado ao lado de Samira tinha sido ótimas, ele sentia-se renovado como se ela lhe transmitisse apenas sentimentos bons. O jantar foi simples, mas muito gostoso, Carlos ajuda Samira a arrumar tudo antes de ir embora.
_ Obrigado pelo jantar. - diz ele já na porta.
_ Você me ajudou lembra, quando quiser basta aparecer. - diz ela sorrindo.
_ Eu vou. - diz ele dando um beijo na sua bochecha e afastando-se.
Samira fecha a porta com um largo sorriso no rosto, Carlos era uma companhia agradável e ela gostava de te-lo por perto. Após fazer a sua higiene ela cai na cama pronta para dormir.
Marco já estava deitado quando ouve o seu telefone apitar, ele queria ignorar a mensagem que tinha acabado de chegar, mas poderia ser algo importante da sua empresa então ele pega o telefone e abre a mensagem. Seu sangue gela ao ver a foto que havai ali. Samira ria enquanto Carlos lhe dava um beijo na bochecha.
Marco se senta apertando o telefone na sua mão sua raiva subindo a outro nível enquanto ele olhava aquela foto com atenção, na sua mente mil coisas se passavam sobre o motivo de Carlos ter ido à casa da sua namorada, ele desejava ir lá os confrontar e buscar a verdade, mas já estava tarde e ele tinha medo que Samira inventasse alguma história.
O peito de Marco doía ao pensar que Samira poderia estar tramando novamente nas suas costas, ele já a tinha advertido várias vezes sobre estar perto de Carlos, mas ela nunca o ouvia e aquela foto era prova disso. Mas algo estava perturbando Marco com tudo aquilo, a pessoa que lhe enviou a foto devia ser alguém que estava perto deles para saber que ele estava namorando Samira.
Selecionando um contato da sua agenda Marco liga para a única pessoa que poderia ajudá-lo naquele momento.
_ Não ganho o suficiente para trabalhar na madrugada. - diz a voz sonolenta de André ao telefone, Marco bufa.
_ Ainda não é de madrugada, e acho que se esqueceu que recebeu um aumento tem poucos dias. - diz ele de forma ríspida.
_ Foi brincadeirinha chefe, do que precisa? - responde André.
_ Recebi uma mensagem de um número suspeito preciso que investigue. - diz indo direto ao ponto.
_ Entendi, amanhã bem sedo vou até a empresa dar uma olhada no seu telefone, já aproveito e instalo um programa para maior proteção. - responde ele de forma objetiva.
_ Não pode fazer nada hoje? - pergunta frustrado.
_ Vai ser mais eficiente se eu puder acessar o seu telefone pessoalmente. - era difícil para André explicar aquelas coisas.
_ Tudo bem, não se atrase. - diz desligando o telefone, frustrado Marco tenta dormir, mas seu sono já tinha ido embora.