Capítulo 53

1151 Words
Marco havia passado o resto do dia com Samira, ele mesmo não se reconhecia por estar fazendo algo assim, mas não queria deixá-la sozinha. Foi co relutância que ele deixa o seu apartamento de tarde. Ela estava deitada no seu sofá confortavelmente usando um pijama do Bob Esponja quando a sua campainha toca, para sua surpresa quando ela abre a porta Carlos estava lá segurando um buquê de flores. _ Boa noite. - diz ele sorrindo ao lhe entregar o buquê. _ Boa noite, - diz ela um pouco sem graça por estar de pijama. - Se soubesse que viria me visitar não estaria de pijama. _ Eu não me importo. - diz ele. _ Entre. - diz Samira se afastando, ele entra e ela fecha a porta atrás de si. _ Desculpe não vir antes, mas achei que seria melhor esperar o Marco se acalmar um pouco antes de te ver. - Samira suspira ao se lembrar da sena que Marco tinha causado dias atrás. _ Eu é que preciso pedir desculpas a você, lamento que as coisas tenham acontecido daquela forma. - diz apontando o sofá para que ele se sentasse. _ Não se preocupe com isso, mas confesso que me deixa muito triste não ter você por perto. - diz ele com os olhos fixos nos dela. Samira cora com a forma que Carlos a aolhava, era a primeira vez que ela via ele a olhar de forma diferente de antes. _ Mas você tem a Amanda, sei que ela cuidará bem de você. - diz ela mudando de assunto rapidamente. Samira sempre teria muito carinho por Carlos, mas ela via-o apenas como um amigo querido e nada mais, o seu coração tinha dono e era um CEO rabugento que quase a enlouquecia. _ Ela é realmente ótima. - diz ele com o semblante triste. _ Precisamos marcar um dia para sairmos, matarmos a saudade. - diz ela animada. _ Isso seria bom. - diz ele com o mesmo olhar triste de antes. Eles ficam em silêncio por um tempo um sem saber o que dizer para o outro. _ Samira eu gostaria de te fazer uma pergunta. - diz Carlos após alguns minutos. _ Claro, pode perguntar. - diz ela esperando que ele falasse. _ Você está mesmo namorando o Marco? - havia tanta tristeza na voz dele que por alguns segundos Samira havia ficado sem fala. Ela nunca quis magoar Carlos, ele fazia parte da sua vida agora e não desejava vê-lo magoado, mas não podia fazer nada em relação aos seus sentimentos, ela amava Marco. _ Sim, estamos namorando. - diz ela finalmente olhando nos seus olhos. A dor que Samira enxerga no rosto de Carlos faz o seu peito apertar. _ Achei que ele estivesse brincando quando disse que vocês estavam juntos. _ Ele falou a verdade, faz uns dias que ele me pediu em namoro e aceitei. - explica ela. Carlos permanece em silêncio, o seu peito doía tanto que era como se ele fosse sufocar. Durante algum tempo ele havia nutrido a esperança de que Samira pudesse se interessar por ele, mas mais uma vez isso não tinha acontecido. _ Lamento se estou sendo invasivo. - diz em voz baixa. _ Somos amigos, Carlos, jamais pensaria m*l de você por me perguntar isso. - diz ela tocando a sua mão com carinho, mas aquele gesto para Carlos era apenas mais um lembrete da sua perda, Samira nunca seria sua. _ Espero que tudo de certo para vocês. - diz ele com um sorriso triste. _ Você conhece o seu amigo, as vezes tenho vontade de esganá-lo. - diz ela apertando uma almofada fazendo Carlos rir. _ Não é só você. - responde ele ainda sorrindo. _ Já jantou? - pergunta ela. _ Na verdade não. - diz coçando a cabeça sem graça. _ Então vem, pode me ajudar na cozinha. - diz se levantando e indo para a pequena cozinha do apartamento. Samira começa a cozinhar com a ajuda de Carlos, eles conversavam e riam de algumas coisas, pareciam velhos amigos. As horas que Carlos tinha passado ao lado de Samira tinha sido ótimas, ele sentia-se renovado como se ela lhe transmitisse apenas sentimentos bons. O jantar foi simples, mas muito gostoso, Carlos ajuda Samira a arrumar tudo antes de ir embora. _ Obrigado pelo jantar. - diz ele já na porta. _ Você me ajudou lembra, quando quiser basta aparecer. - diz ela sorrindo. _ Eu vou. - diz ele dando um beijo na sua bochecha e afastando-se. Samira fecha a porta com um largo sorriso no rosto, Carlos era uma companhia agradável e ela gostava de te-lo por perto. Após fazer a sua higiene ela cai na cama pronta para dormir. Marco já estava deitado quando ouve o seu telefone apitar, ele queria ignorar a mensagem que tinha acabado de chegar, mas poderia ser algo importante da sua empresa então ele pega o telefone e abre a mensagem. Seu sangue gela ao ver a foto que havai ali. Samira ria enquanto Carlos lhe dava um beijo na bochecha. Marco se senta apertando o telefone na sua mão sua raiva subindo a outro nível enquanto ele olhava aquela foto com atenção, na sua mente mil coisas se passavam sobre o motivo de Carlos ter ido à casa da sua namorada, ele desejava ir lá os confrontar e buscar a verdade, mas já estava tarde e ele tinha medo que Samira inventasse alguma história. O peito de Marco doía ao pensar que Samira poderia estar tramando novamente nas suas costas, ele já a tinha advertido várias vezes sobre estar perto de Carlos, mas ela nunca o ouvia e aquela foto era prova disso. Mas algo estava perturbando Marco com tudo aquilo, a pessoa que lhe enviou a foto devia ser alguém que estava perto deles para saber que ele estava namorando Samira. Selecionando um contato da sua agenda Marco liga para a única pessoa que poderia ajudá-lo naquele momento. _ Não ganho o suficiente para trabalhar na madrugada. - diz a voz sonolenta de André ao telefone, Marco bufa. _ Ainda não é de madrugada, e acho que se esqueceu que recebeu um aumento tem poucos dias. - diz ele de forma ríspida. _ Foi brincadeirinha chefe, do que precisa? - responde André. _ Recebi uma mensagem de um número suspeito preciso que investigue. - diz indo direto ao ponto. _ Entendi, amanhã bem sedo vou até a empresa dar uma olhada no seu telefone, já aproveito e instalo um programa para maior proteção. - responde ele de forma objetiva. _ Não pode fazer nada hoje? - pergunta frustrado. _ Vai ser mais eficiente se eu puder acessar o seu telefone pessoalmente. - era difícil para André explicar aquelas coisas. _ Tudo bem, não se atrase. - diz desligando o telefone, frustrado Marco tenta dormir, mas seu sono já tinha ido embora.
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