1
"Quem é você e o que diabos você está fazendo na minha casa?!" Uma voz de tom gritou fazendo Mason gemer em resposta. Houve uma agitação em sua cama e ele ouviu alguns arrastar de pés.
Seu cérebro não estava funcionando muito bem devido à ressaca. Talvez não fosse muito brilhante beber demais, mas ele estava muito estressado no trabalho que precisava fazer algo para aliviá-lo. Ele sentiu como se seu cérebro estivesse sendo repetidamente martelado por tijolos e ele m*l conseguia abrir os olhos.
"Saia agora!" A voz mais uma vez gritou fazendo-o gemer mais alto. Ele sentiu a cama ressurgir e tentou se sentar querendo saber do que se tratava toda aquela comoção.
De repente a porta se abriu e uma garota loira saiu com suas roupas enroladas em volta dela. Ella entrou na sala com horror e olhos arregalados pelo que acabara de testemunhar.
"Mason Emerson King! Quantas vezes eu vou te dizer para nunca trazer essas garotas imundas na minha casa?" Sua avó cuspiu com veneno em sua voz.
"Vovó, por favor, pare de gritar. Você está piorando minha ressaca." Ele disse esfregando sua têmpora.
Ella ficou ali sem jeito, sem saber o que fazer. Ela sabia que seu irmão era do tipo que dormia com garotas e era um dos maiores erros trazê-las para casa. Especialmente quando sua avó estava lá. Ela olhou para seu irmão que estava lutando com sua dor de cabeça, mas era culpa dele por ser tão descuidado. Ele deveria ter pensado melhor para não trazer aquelas garotas do bar em sua casa. Era uma coisa boa que seus pais estivessem em uma conferência de negócios na China ou ele seria totalmente repreendido por sua mãe por ser tão imprudente.
"Ah, então agora você está me culpando por beber?!" Sua avó perguntou com incredulidade dançando em seus olhos.
"Eu não estou culpando você de nada, vovó. Eu só estou dizendo que se você puder, por favor, fale um pouco mais calmo." Ele disse calmamente tentando acalmar sua avó. Ele sempre foi o filhinho da vovó. Por quê? Porque ela iria mimá-lo e dar-lhe tudo o que ele queria quando, onde quer que fosse. Sua avó estava sempre lá para apoiá-lo e ajudá-lo com qualquer coisa. Mas sempre havia aquele momento em que ele só desejava não ser o filhinho da vovó porque ela podia ser um pouco dramática demais e a conversa deles sempre se transformava em algo feio.
"Gran." Ella disse enquanto esfregava as costas em círculos para acalmá-la. Não era bom para a avó ficar estressada. Era r**m para sua saúde e Mason deveria ter pensado melhor para não piorar a situação.
"Você sabe o que?" A avó deles começou a soltar um suspiro para se acalmar. "Este é o nosso acordo." Ela disse olhando diretamente nos olhos de Mason. "De agora em diante, você vai parar de dormir com essas mulheres. Você vai se tornar um homem e começar a se estabelecer." Ela disse fazendo com que seus olhos castanhos se arregalassem de surpresa. Ele nunca gostou dessa palavra, 'estabelecendo.' Não era uma palavra muito boa e ele tinha certeza que não fazia parte de seu vocabulário.
"Você vai se casar e eu estou te dando três meses fazer isso." Ela continuou fazendo os olhos dele saltarem das órbitas.
"O que?!" Ele gritou não acreditando nela. Ele a encarou com o queixo caído e olhos de horror. Ele não podia se casar e ficar amarrado. Pelo menos não agora. Ele não estava planejando se casar tão cedo. "Vovó, você não pode estar falando sério. Eu não posso me casar agora! E em três meses?! Eu nem tenho namorada!" Ele apontou.
"Você tem vinte e cinco anos, Mason. Pelo amor de Deus, você está pronto para se casar e encontrar alguém decente que você vai amar e passar o resto de sua vida." Oh, ele definitivamente não gostou do som disso. Foi apenas perturbador.
"Vovó, não!" Ele se recusou a passar a mão pelo cabelo castanho escuro em frustração.
"Ou você se casa ou eu falo com seu pai e digo a ele para pegar a empresa e, em vez disso, passá-la para Ella." Ela anunciou e foi aí que o inferno começou.
"O que?!" Mason gritou em aborrecimento.
"O que?!" Ella disse depois em perplexidade. Ela não queria dirigir a empresa. Na verdade, ela não queria nada com isso. Ela sempre quis ser designer de moda e essa era a carreira que ela queria seguir. Não ser o CEO da empresa de seu pai. Oh, Mason ia entender quando sua avó saiu da sala.
"Você me ouviu corretamente. Duas opções, Mason; casar ou Ella vai herdar a empresa." A avó deles disse mais uma vez ao sair da sala batendo a porta no processo.
"O que aconteceu?!" Ella perguntou olhando para seu irmão mais novo em desânimo.
E essa era a parte feia da conversa que ele não queria ouvir.
***
"Isso é tudo isso." Hilda, a mãe de Kelsey, disse suavemente. Kelsey e Hilda olharam para o dinheiro que tinham no balcão da cozinha. Eles consideraram a pequena quantia de dinheiro que haviam economizado em caso de emergência. "Talvez, eu devesse encontrar outro emprego."
"Não, mãe, você não está conseguindo outro emprego. Já é r**m o suficiente que você já esteja trabalhando, não quero que você se canse. Além disso, se você conseguir outro emprego, quem cuidaria de Ace e Kyle? Eles precisam de você aqui, mãe." Kelsey disse enquanto contava o dinheiro no balcão. Havia cerca de quinhentos dólares e era apenas o suficiente para pagar o apartamento em ruínas.
"Mas o que vamos fazer? querida, Kyle está recebendo outra quimioterapia até o final do mês. Eu não sei se podemos pagar as taxas. E os remédios dele. apartamento e a eletricidade e o-"
"Mamãe, mamãe, mamãe!" Kelsey interrompeu a mãe. "Relaxar." Ela disse enquanto Hilda respirava fundo três vezes. "Apenas relaxe, ok? Eu cuido disso, tudo ficará bem. Tenho certeza de que posso encontrar outro emprego que pague bem. Apenas deixe-me cuidar de tudo, ok? Confie em mim. Eu cuido disso. isto." Kelsey contou à mãe, embora não tivesse ideia do que ia fazer ou onde ia encontrar um emprego, já que nem se formou na faculdade.
Kelsey sempre quis ser chef. Desde os cinco anos, sua paixão pela culinária era perceptível. Ela sempre ajudava sua mãe na cozinha e cozinhava as melhores refeições. Quando ela terminou o ensino médio, ela estava muito determinada a ir para uma escola de culinária. Ela estava indo muito bem e adorava suas aulas. Mas ela não conseguiu terminar seus estudos. Ela deveria se formar no ano passado, mas seu irmão de dez anos, Kyle, foi diagnosticado com câncer de leucemia. Kelsey queria ser chef, mas infelizmente eles não tinham dinheiro para pagar suas mensalidades e ela teve que encontrar um emprego para ajudar sua mãe a pagar as contas. Hilda era contra a ideia de a filha interromper os estudos, mas não tinha outra escolha.
Hilda era uma mãe muito gentil. Ela era amorosa, carinhosa e paciente. Seus filhos sempre foram sua primeira prioridade. Ela iria comprar-lhes as necessidades que eles precisam antes de comprar coisas para si mesma. Seus filhos sempre conseguem o que precisam e o que devem ter. Embora fosse difícil para ela dar a eles, ela era uma mãe muito forte e determinada.
Kyle era o irmão de dez anos de Kelsey. Apenas um ano atrás, o pobre menino foi diagnosticado com um câncer mortal chamado leucemia. Toda a família ficou devastada ao saber que sua vida estava em perigo. Mas Kyle nunca demonstrou nenhum medo à sua família. Ele era um lutador e todo mundo sabia disso. Kelsey estava bastante orgulhosa de seu irmão porque ele sempre estaria sorrindo e fazendo piadas mesmo nos piores cenários. Ele nunca deixaria de fazer sua família rir durante as dificuldades.
Ace era o irmãozinho de cinco anos de Kelsey. Hilda o adotou quando ele tinha apenas três anos. Ela ficou surpresa ao ver um garotinho andando pelo mercado às dez horas da noite. Ele estava chorando e soluçando quando Hilda o encontrou encharcado na calçada. Seu coração derreteu ao ver um garotinho que precisava desesperadamente de sua ajuda. Ela imediatamente o acolheu e o adotou quando descobriu que sua verdadeira mãe o deixou em um orfanato, mas Ace não queria ser preso dentro do orfanato e saiu sem permissão. Hilda, sendo a mulher atenciosa que era, decidiu que adotaria a criança.
A família deles era um pouco mais incomum e caótica, mas nada que os Parker não pudessem lidar. Especialmente de todos os eventos passados pelos quais eles passaram.
O verdadeiro pai de Kelsey e Kyle, Lucas Montenegro, era um homem muito rico. Ele cresceu com uma colher de prata enfiada na boca. Ele conseguia o que queria, quando queria. Sua família, proprietária do maior e mais bem-sucedido negócio de todo o país, deu-lhe uma boa reputação. Lucas deveria herdar o negócio quando seu pai deixou o cargo, mas tudo mudou.
De repente, ele conheceu a mulher mais bonita e carinhosa do planeta, e seu nome era Hilda. Ele sabia que a amava no momento em que pôs os olhos nela. Ele estava apaixonado por ela e queria se casar com ela. No entanto, o problema foi que ela cresceu em uma família de baixa renda. Sua família não tinha o dinheiro e as jóias que a família de Lucas possuía. Ela era simples, mas extraordinária ao mesmo tempo.
Os pais de Lucas não aprovaram o relacionamento deles, é claro. Mas Lucas lutou por ela. Ele recusou a posição de herdeiro e proprietário de seus negócios para Hilda. Logo, eles se casaram sem as bênçãos de sua família. Seu pai praticamente o deserdou.
Por quatorze anos, eles ficaram felizes com Kelsey por perto. Ela tinha treze anos na época e era absolutamente a filhinha do papai. Lucas a mimava sempre que possível. Tudo estava indo bem até que o avô de Lucas teve um ataque cardíaco. Antes da morte de seu avô, ele implorou ao neto que assumisse a empresa novamente. Não era algo forçado, mas definitivamente uma promessa a cumprir. Lucas teve os momentos mais difíceis e as decisões sobre ir ou não.
Infelizmente, ele escolheu o caminho errado. Ele escolheu herdar os negócios de sua família novamente. No entanto, sua decisão teve alguns sacrifícios que ele teve que fazer. Ele sabia que seus pais não iriam deixá-lo de volta em sua vida. Ele foi convidado por seus pais a deixar Hilda em troca da empresa. Foi uma decisão difícil, mas ele teve que sair. Ele não estava apenas fazendo isso por seu avô, ele também estava fazendo isso por sua família.
Ele tentou fazer Hilda entender por que ele estava saindo, mas parecia que ela não conseguia entender a situação em sua cabeça. Quando ele partiu, foi absolutamente devastador não apenas para Hilda, mas também para Kelsey. Ela sempre via sua mãe soluçando durante o dia e a ouvia chorar até dormir à noite. Kelsey era como uma facada repetida no peito toda vez que ouvia sua mãe chorar. E a única pessoa que ela culpava era seu pai. Ela não podia acreditar que ele a deixaria em sua condição. O que Lucas não sabia era que Hilda estava grávida de Kyle naquela época. Ela ia contar a ele, mas se distraiu quando descobriu que ele os estava deixando e nunca teve a chance de contar a ele sobre sua condição.
Desde que Kelsey teve que ir para a escola, Ian Parker, seu vizinho, insistiu em cuidar de sua mãe. Ela sabia que Hilda estava em boas mãos porque Ian era um homem muito gentil. Ele era casado, mas se divorciou com sua esposa. Eles nunca tiveram filhos, então ele não era realmente obrigado a estar em contato com ela.
Ian e Hilda se aproximaram e Kelsey percebeu. Sua velha mãe estava começando a soltar mais uma vez. A mãe que ela conhecia e amava que estava sempre feliz e sorridente. E foi tudo por causa de Ian. Não muito tempo, depois que Hilda deu à luz Kyle, Ian e Hilda se casaram. Ian tinha perguntado a Hilda e às crianças se estava tudo bem se ele desse seu sobrenome a elas. Eles concordaram com isso e a partir de então, Kelsey e Kyle Montenegro mudaram para Kelsey e Kyle Parker. Ian e Hilda estavam casados há cerca de sete anos quando a tragédia aconteceu.
Ian estava a caminho da Inglaterra para o caso de assassinato em que estava trabalhando quando seu avião caiu no caminho para lá. Hilda entrou em pânico quando ouviu a notícia e isso partiu seu coração. Também foi perturbador para Kelsey e Kyle, mas eles tentaram o seu melhor para confortar sua mãe e mantê-la feliz.
Quando o incidente aconteceu, os problemas financeiros do Parker cresceram ainda mais. Então Hilda e as crianças decidiram se mudar para um apartamento, acabando com sua casa em ruínas. Hilda não gostou do fato de Kelsey e Kyle não se sentirem à vontade com a mudança repentina de casa para um apartamento caindo aos pedaços, mas os irmãos nunca reclamaram com a mãe. Eles entenderam sua situação e tentaram manter a família.
Kelsey, mais uma vez, olhou o dinheiro e o colocou de volta no pote. Ela deu a sua mãe um sorriso tranquilizador e Hilda retribuiu. Ela sabia o quão determinada sua filha era e não desistia tão facilmente. Hilda sempre foi uma mãe orgulhosa porque sabia que criou seus filhos da maneira certa com o tratamento adequado. Eles cresceram com integridade, dignidade e conseguiram ser completamente independentes.
"Não se preocupe, mãe. Eu vou descobrir alguma coisa." Ela contou à mãe e pegou o pote para colocá-lo de volta no lugar secreto do armário.
~ * ~ * ~
"Ei, Margie. Acabei de ligar para perguntar se você conhece alguém que está contratando. Por favor, me ligue de volta assim que puder, obrigado." Kelsey disse enquanto deixava uma mensagem para sua amiga e desligou o telefone.
Ela soltou um suspiro e ajeitou suas roupas. Uma vez que ela tirou as rugas do caminho, ela pegou sua bolsa e uma pasta cheia de cópia de seu currículo. Hoje, ela estava indo para uma caça de emprego. Ela queria conseguir um emprego de meio período para ajudar a mãe a pagar as contas em casa. Ela só esperava que hoje alguém a contratasse.
No momento em que ela desceu do ônibus, a brisa fresca da primavera colidiu com seu corpo. Ela voluntariamente sorriu e examinou seus arredores. Ela estava atualmente no centro da cidade e olhou para diferentes lojas que poderiam contratá-la.
Ela começou a distribuir seus currículos para diferentes restaurantes, lojas de roupas, joalherias e até mesmo cafés, mas todos os gerentes lhe diziam que apenas a chamariam para uma entrevista se precisassem dela. Ela foi até a última loja do lugar e recebeu a mesma resposta.
Quando ela estava completamente sem esperança, ela saiu e voltou para casa pensando que dia de tempo perdido. Quando ela chegou em casa por volta das cinco horas da tarde, sua mãe ainda estava no trabalho. Ela geralmente voltava para casa às sete horas, dependendo se ela iria visitar Kyle no hospital. Normalmente, quando o fazia, voltava por volta das nove.
Desde que Kelsey descobriu que sua mãe iria visitar Kyle porque ele tinha uma quimioterapia no dia seguinte, ela decidiu que iria cozinhar o jantar. Ela começou a juntar todos os ingredientes que precisava e aqueceu a panela. Quando ela terminou de cozinhar, ela colocou um prato inteiro de frango frito na mesa e o cobriu. Então ela colocou a tampa na sopa para que o vapor não saísse e permanecesse quente. Ace adoraria o jantar.
Falando em Ace, Kelsey foi bater na porta do vizinho para pegá-lo. Como Kelsey trabalhava de manhã e sua mãe trabalhava à tarde, Ace costumava ficar no apartamento da vizinha até ela voltar do trabalho. A vizinha deles, Paulina Freeman, não se importava que Ace ficasse lá, já que ela também tinha um filho que tinha a mesma idade que ele.
"Oi, Sra. Freeman, estou aqui para pegar Ace." Kelsey cumprimentou quando Paulina a chamou para entrar.
"Claro, por favor, entre." Ela disse quando Kelsey notou os meninos brincando com carrinhos de brinquedo na sala. Kelsey sentou-se no sofá e observou os dois meninos.
"Kelsey!" Ace praticamente gritou pulando em seu colo. Ele a abraçou com força sugando o ar de seus pulmões.
"Muito - apertado - Ace!" Ela tentou dizer entre respirações. Quando Ace a soltou, ela rapidamente respirou fundo e o beijou na bochecha. "Como foi seu dia?" Ela perguntou com entusiasmo. Normalmente, Ace tinha as histórias mais ultrajantes. Ele contaria a ela o que fez naquele dia como se estivesse contando uma história de um livro de contos de fadas. Às vezes, até parecia que ele era inteligente demais para uma criança de cinco anos.
"Foi ótimo! Eu e Pearson tocamos o dia todo. Paulina até me ensinou algumas coisas legais. Como quando você acende magnésio, vai fazer uma luz muito brilhante, como uma lanterna." Ele disse com sua voz de filme. Paulina era cientista, mas quando engravidou de Pearson, largou o emprego para cuidar dele.
"Uau, isso é muito impressionante. Você fez experimentos?" Ela comentou bagunçando o cabelo dele com a mão.
"Sim, foi muito divertido!" Ele gritou com entusiasmo enquanto pulava para cima e para baixo em excitação. Kelsey riu do humor animado de seu irmão e sorriu para ele.
"Aposto que foi." Ela disse ao ver Paulina entrar na sala com uma bandeja de biscoitos de chocolate e copos de leite. "Ok, por que você não brinca um pouco mais com Pearson?" Ela sugeriu.
"Ok!" Ele gritou pulando em direção a Pearson, que estava ocupado brincando com seus carros. Paulina colocou a bandeja na mesa de centro e entregou uma sacola inteira para Kelsey.
"Obrigado Sra. Freeman, mas você não deveria." Ela disse genuinamente.
"Está tudo bem. Eu sei o quanto Kyle e Ace amam esses biscoitos."
"Muito obrigado. Vou me certificar de que Kyle pegue um pouco." Ela disse sorrindo agradecida para Paulina.
"De nada. Você e sua família são sempre bem-vindos aqui. Especialmente Ace. Posso dizer que Pearson gosta de sua companhia. E eu realmente espero que eles frequentem a mesma escola. Na verdade, estou planejando matricular Pearson na creche três. Você deveria fazer o mesmo com Ace. Ele parece ser o tipo de criança que gosta de aprender." Paulina sugeriu enquanto as duas olhavam para as crianças comerem biscoitos e beberem um pouco de leite.
"Eu realmente quero que ele vá para a escola. Mas temo que nosso orçamento esteja um pouco apertado. É por isso que estou procurando um emprego agora. Se você conhece alguma vaga, Sra. Freeman, você pode talvez... ." Ela parou olhando esperançosamente para Paulina.
"Claro, querida. Eu lhe direi imediatamente se houver alguma contratação." Ela a assegurou enquanto Kelsey sorria para ela. "Sabe, você tem muita sorte com aquele seu irmão." Ela disse acenando para Ace. "Sua mãe tem muita sorte que ela o encontrou vagando pelas ruas. Há apenas um par de crianças especiais como ele ao redor do mundo. Eles são muito raros."
"O que você quer dizer?" Ela perguntou franzindo as sobrancelhas.
Paulina riu baixinho. Ela achava que o Parker sabia que Ace era uma criança muito especial. "Você nunca notou? Ace tem uma memória fotográfica. Tudo o que ele leu, viu ou ouviu está permanentemente preso naquela cabecinha dele e seu cérebro absorve todas as informações. Ele vai se lembrar palavra por palavra ou mesmo o que você estava vestindo ontem."
"Você tem certeza? Eu nunca tinha notado antes?" Kelsey perguntou com perplexidade e espanto.
"Vamos experimentar, sim?" Paulina perguntou enquanto se virava para Ace, que estava mastigando silenciosamente seu biscoito. "Ás?" Ela disse enquanto ele olhava para cima com aqueles inocentes olhos verdes musgo e adoráveis bochechas rechonchudas. "Você se lembra do que leu naquele grande livro esta tarde?" Ela perguntou a ele lentamente enquanto se referia ao gigantesco livro de ciências que ela tinha. "Você sabe, sobre essas células?"
Ace olhou para as duas senhoras na frente dele e inclinou a cabeça para o lado. Ele olhou para Kelsey que estava esperando que ele respondesse. "As células são os blocos de construção básicos de todos os seres vivos. O corpo humano é composto de trilhões de células. Elas fornecem estrutura para o corpo, absorvem nutrientes dos alimentos, convertem esses nutrientes em energia e realizam funções especializadas. As células também contêm material hereditário do corpo e podem fazer cópias de si mesmos." Ele disse enquanto continuava a mastigar seu biscoito e declarou todos os fatos sem pestanejar.
Kelsey estava completamente pasma. Ela olhou para seu irmão com admiração com o queixo caído. Ela não podia acreditar que Ace estava deixando escapar fatos do nada. Ela não conseguia nem memorizar uma frase do que ele acabou de dizer lendo apenas uma vez. Ele era absolutamente um gênio!
"Veja, memória fotográfica." Paulina disse sorrindo largamente para Ace. Ela soltou uma gargalhada e esperou pela reação de Kelsey.
"I-ta-isso é quase i-impossível." Ela gaguejou ainda olhando para Ace. Ficar atônito e maravilhado era completamente um eufemismo. Ela estava muito além de espantada. Ela estava muito além de estupefata.
"Esse seu irmão é muito especial. O quanto antes, recomendo que ele frequente a escola para aprimorar suas habilidades. Tenho certeza que um dia terá muito sucesso."
"Tenho certeza que ele vai." Ela disse, sorrindo descontroladamente para seu irmão, que estava sentado no chão alheio à conversa das senhoras. "É melhor irmos, obrigado novamente pelos biscoitos." Ela disse abraçando Paulina.
"Não tem problema, eu estarei esperando este espertinho amanhã à tarde." Ela disse bagunçando o cabelo de Ace enquanto ele sorria para ela.
"Ele estará aqui. Vamos, Ace, diga adeus a Pearson." Kelsey disse descansando a mão no topo de sua cabeça.
"Tchau, Pearson!" Ele disse acenando com a mão freneticamente. "Vejo você amanhã, Sra. Freeman!"
"Vejo você amanhã, Ace. Fique bem agora, ok?"
"Ok!"
"Cuidar." Paulina disse em Kelsey.
"Você também, obrigado novamente por isso." Ela disse levantando o saco de biscoitos.
"Sem problemas." Paulina disse fechando a porta.
Quando Kelsey e Ace estavam dentro de seu apartamento, Kelsey rapidamente o parou e o carregou para o sofá. Ele riu quando ela o levantou e se sentou no sofá.
"Como você sabia todas essas coisas sobre células?" Ela perguntou a ele com ceticismo.
"Não sei." Ele admitiu encolhendo os ombros. "Acabei de ler no grande livro que a Sra. Freeman tem."
"Sabe, estou muito orgulhoso de você." Ela disse sentando-se no sofá e dando-lhe um beijo desleixado em sua bochecha gordinha enquanto ele ria em resposta. "Você é o garoto mais inteligente que eu já conheci." Ela afirmou quando começou a fazer cócegas nele. Ele riu alto enquanto tentava fazer cócegas nela também.
Por cerca de dois minutos, os dois estavam apenas fazendo cócegas um no outro, até que o telefone de Kelsey tocou. Ela se levantou do sofá e pegou o telefone da mesa de centro. Ela olhou para o identificador de chamadas e dizia 'Margie'.
"Ei, Marg." Ela respondeu.
"Ei, Kels. Desculpe, eu só liguei para você agora. Mas eu ouvi sua mensagem. Desculpe, eu estava muito ocupado no trabalho. Falando em trabalho, você ainda precisa de um?" Ela perguntou ao ouvir a TV tocando ao fundo.
"Sim, eu preciso muito disso." Ela suspirou desesperadamente.
"Ok, deixe-me ligar para Bryan." Ela a informou. "Babe, Kelsey precisa falar com você!" Ela gritou na outra linha enquanto cobria o alto-falante, mas, infelizmente, Kelsey ainda ouviu o grito alto. Ela até se encolheu com o som. Kelsey ouviu alguns movimentos ao fundo e algumas respirações depois.
"Ei Kels, o que está acontecendo?" A voz profunda de Bryan perguntou ao telefone.
"Eu preciso de um grande favor. Eu realmente preciso de um emprego em tempo integral. Você acha que tem algum?" Ela perguntou esperançosa enquanto observava Ace brincar com alguns de seus brinquedos no sofá.
"Deixe-me ver." Ele disse quando Kelsey ouviu algum farfalhar de papel. "Mmmh, que tal um cortador de grama de jardineiro?"
"Não, acho que nem sei usar um cortador de grama." Ela admitiu.
"Assistente de dentista?"
"Eu não sei nada sobre dentes, Bryan."
"Ok, então isso é um não. E quanto a um funcionário de um call center?"
"Não é bom falar em público. Nem computadores."
"Cientista?"
"Não qualificado para o trabalho."
"Assistente de cuidados infantis?"
"Isso soa muito bem. Mas existem outras opções?" Ela questionou roendo a unha ansiosamente.
"Mmmh, esta é boa. Uma assistente pessoal na King Corporations. Você vai trabalhar para o Sr. Mason Emerson King. Você está?" Bryan perguntou esperando que ela concordasse. Era uma boa oferta e um trabalho bem remunerado.
"Eles não precisam de uma pessoa qualificada para esse trabalho?"
"Não, diz especificamente aqui que você pode ser contratado com ou sem as qualificações. Eles estão mais olhando para suas experiências anteriores desafiadoras e se você se sair bem na entrevista. Então, o que você acha?"
Kelsey pensou sobre isso. Com certeza, ela receberá altos salários. Era uma das empresas mais bem-sucedidas e populares do país e não a surpreenderia que eles a pagassem bem. "Estou dentro." Ela disse hesitantemente deixando escapar um suspiro de alívio.
"Ótimo, apenas me envie seu currículo por e-mail para que eu possa enviar por fax para eles. Depois que eles virem seu currículo, eles ligarão para você e pedirão para você ir à entrevista." Bryan a informou.
"Ok, muito obrigado, Bryan. Eu realmente aprecio sua ajuda." Ela disse genuinamente com um sorriso no rosto.
"Sem problemas, se precisar de mais alguma coisa, não hesite em chamar." Ele disse enquanto ela assentiu, embora ele não pudesse vê-la.
"Obrigado novamente."
"Ok, falo com você em breve." Ele disse desligando o telefone. Kelsey colocou o telefone de volta no bolso aliviada e em êxtase por estar conseguindo um emprego muito bem p**o.