Quando Brandon disse que iríamos viajar, pensei que seria para curtir e até mesmo ficamos momentos juntos. Mas desde a saída do segurança eu sentir que teria problema. Quando chegamos à casa de campo que, na verdade, é uma casa de treinamento, e isso me deixou muito assustada. Por conta da agressividade. A forma que os seguranças lutam, e quando o chefe de segurança dele vem em nossa direção com uma professora eu fico irada! Que merda estava acontecendo.
Quando entramos no quarto ele fala daquele jeito frio, eu o vi como seu pai, eu estava com muito medo, isso me deixa fora de mim.
Como eu iria fazer isso?
Eu sou contra violência, tenho medo de armas, como eu conseguiria segurar uma arma?
Sai furiosa do quarto e quando atropelo os seguranças que ficaram no meu caminho. Procuro um lugar para te tentar me acalmar e ver como eu vou me livrar dessa situação, fico olhando ao meu redor, e vejo que realmente eu posso precisar me defender.
Eu preciso esconder o medo que sinto, tenho que controlar os meus sentimentos, quando menos espero ele chegar ao meu lado, e falo o que penso, eu quero que ele me treine, não confio em mais ninguém aqui. Ele parece gostar e me chama para conhecer tudo, quando chego na parte das armas eu fico com muito medo, mas ele pega as menores para que eu comece a treinar, não vou mentir a cada vez que eu atiro meu coração parece que vai sair pela boca, fora a pressão que sinto quando disparo a arma. Ele mantém sua atenção até que eu acerte o alvo. E quando isso acontecer me deixa mais confiante e tento novamente e consigo! Logo vamos para defesa pessoal, e eu sei que preciso bater de frente e sair de seus agarres, quando ele segura firme meus cabelos, isso só me lembra de quando eu tentei fugir e a acabei acertando no meio das pernas dele. E merda eu não queria ir tão longe, pensei que ele fosse impedir. Corro para pegar água para ele tentar se aliviar com a pancada. Depois voltamos e foi dolorido, mais quando eu caio em cima dele que me rouba um beijo me permito, por mais que ainda esteja com raiva por ter que fazer isso tudo para minha proteção.
Quando me levanto ele segura minha cintura e infelizmente eu falo o porquê eu estou motivada a raiva chegar ferver dentro de mim.
Não tendo mais paciência, coloco o tênis e saio da ala ainda com meu sangue fervendo. Tento ir e um segurança me para e me pergunta se estou bem, porém não gosto da forma que ele me olha.
— Estou bem, preciso ir.
— Você é uma coisinha linda!
— Se eu fosse você guardaria essa informação para você, pois não me interessa. — falo e a raiva vai me enchendo e quando tento passar ele segura a minha mão.
— Qual é, sei da de onde você veio, te garanto que posso te levar ao céu. — quando ele diz isso, olho sua mão e o olho em seguida para ele que abre um sorriso. Aproveito o momento de distração dele e viro o meu corpo, porém o meu joelho bate tão forte entre suas pernas que vejo ele arregalar os olhos e as lágrimas caírem. Quando retiro meu joelho ele não aguenta ficar em pé, aproveito para segurar firme em seu cabelo.
— Da próxima vez que você ousar tocar em mim, eu enfio a p***a de uma bala na sua testa. — falo cheio de raiva e vejo o corpo dele ser retirado perto de mim, e quando eu olho o Brandon e ele começa a socar o babaca que tentou tocar em mim, os outros seguranças chegam e o chefe de segurança tenta retirar o Brandon mais não consegue ele estar possuído, e eu não quero que ninguém morra. Não agora.
— Brandon, chegar!— Falo atraindo a sua atenção, e os olhos dele está sombrio outra vez. Ele larga o homem como se fosse um saco de batata, e está ao meu lado. Ele segura minha mão e fica me olhando.
— Vou falar só uma vez. E espero que isso não se repita. Scarlett é a minha esposa, e quem ousar olhar para ela com maldade ou tocá-la a morte será algo bom para o que vai acontecer com aquele que chegar perto da minha esposa outra vez. — Brandon, diz e todos acenam que sim e abaixam a cabeça. Solto sua mão e vou direto para casa, escuto ele dando uma ordem, mais eu sei que ele está vindo bem atrás de mim, entro no quarto e consigo soltar a p***a do grito de raiva! Retiro minha roupa e entro no banheiro de cabeça para tentar a calmar a minha raiva que está latejando. Fecho os olhos e permito que água banhe meu corpo, que estar tremendo por dentro pela adrenalina que passei, por força a treinar e as lágrimas caem sobre meu rosto. Quando me sinto melhor, finalizo o meu banho e enrolo a toalha em meu corpo. E com a outra, enxugo meus cabelos e quando entro no quarto ele está parado olhando pela janela. Vou até a minha bolsa e pego uma roupa volto para o banheiro e me visto. Volto para o quarto e só agora ele olha para mim.
Mas eu não consigo saber o que ele está pensando, o olhar dele continua frio, sombrio de como a primeira vez que o vi.
— Me desculpe, isso nunca mais vai se repetir. Não deixarei que ninguém te faça m*l, nem mesmo eu. — ele diz e me abraça, porém, não retribuo. Estou cansada.
— Eu só preciso descansar um pouco. — falo saindo dos seus braços. E vou para a cama, começo ajeitar e me deito, meu corpo agora reclama com dores por conta do treinamento. Me viro e fico olhando para a janela. Ele vai para o banheiro. Solto um suspiro e tento fechar os meus olhos para descansar. Mesmo cansada, eu ouço, ele saindo do banheiro e não demora e sinto ele beijando minha testa, e seus dedos fazem carinho em meu rosto. Mas estou tão cansada que nem abro meus olhos…
Acordo e o quarto está escuro, solto um suspiro, estou sozinha na cama, olho ao redor do quarto e não vejo o Brandon. Resolvo sair do quarto. Assim que abro a porta ouço gemidos vindo do final do corredor, movida pela curiosidade sigo em direção. E consigo ver de longe um casal se pegando e isso me deixa assustada pela forma que eles estão muito agressivos. Quando o homem vira o rosto eu fico surpresa por ver quem é o ser que está ali. Tento sair sem que ninguém me veja, o nó se formando dentro da minha garganta, agora eu sei a proteção que ele está fazendo. Volto para o quarto e travo com chave.
Eu não acredito que ele fez isso comigo?
Comigo aqui bem perto dele.
Ain, que vontade de voltar lá e acabar com essa merda de uma vez e mostrar para ele que vi. As lágrimas queimam em meus olhos, ele não é digno de minha confiança. Ele não merece que eu me importe com ele.
Não demora e alguém tenta entrar, não falo nada, fico na minha, a maçaneta é forçada mais uma vez, eu não tenho coragem de responder. Me deito novamente na cama e tento me acalmar, a fome está batendo, mas não vou sair agora. Merda a fome está grande. Decido máscara o meu sentimento. Nem mesmo com ele irei expor de como eu me sinto. Só Deus saberá de como eu me sinto só ele.
Solto um suspiro em desgosto por que eu terei que sair. Vou em direção da porta e destravo. Assim que saio o corredor está vazio, sigo em direção da cozinha e quando chegar o vejo tomando algo sentado em uma poltrona da sala. Não falo com ele e vou até a cozinha, vejo algumas panelas e começo a procura, vejo um macarrão que me enche água na boca, pego um prato e me sirvo, vejo que ele está me observando, preparo meu prato e me sento ali mesmo na cozinha, vou até a geladeira e encho o copo de suco e quando me sento ele fala.
— Por que você travou a porta? Você me deixou preocupado, cheguei a pensar que tinha acontecido algo. — ele diz com a falsa preocupação.
— Eu acordei e escutei um barulho achei melhor fechar a porta. — falo sobre o barulho para ver se ele se sente culpado pelo que fez. Mas não vejo nada.
— E por que não me chamou? — isso me faz abrir um sorriso irônico. Vê se eu tenho cara de atrapalhar o meu marido com outra! Grito em pensamento.
— Não sabia onde você estava.
— Eu estava na ala de treinamento. Amanhã começaremos logo cedo a treinar.
— Amanhã eu quero treinar com a Edra. — falo o pegando de surpresa.
— Se é assim que deseja. — É a única coisa que ele fala. Termino de comer e lavo meu prato e meu copo com ele reclamando. — Scarlett tem pessoas para fazer isso. Aqui você é a dona da casa e não empregada. — ele diz e isso me irrita ainda mais.
— Que eu saiba só estamos nos dois aqui e agora, eu não sou nenhuma aleijada que não possa lavar algo que sujou! Se pensa que serei daquelas mulheres que não podem nem tocar os pés do chão pode tirando essa ideia da sua cabeça que eu não sou assim! Você pode tentar me mudar mais o meu carácter e minha personalidade isso nunca!— Jogo toda raiva que eu estou sentindo para fora. Ele vem em direção com o ar sério. Mas eu quero que se dane!
— Nunca mais altere a voz para falar comigo outra vez! Entendeu? Da próxima vez eu não vou responder por mim.
— E vai fazer o quê? Me bater? Como já fez?— Pergunto enfrentando e sou surpreendida com ele me beijando, e só de lembrar que ele estava com outra isso me dá força para me separar dele o pegando de surpresa e quando menos esperar eu bato em seu rosto. — Nunca mais encoste essa boca nojenta na minha, nunca mais!— falo saindo da cozinha voltando para meu quarto e fecho a porta com chave. Eu estou me consumindo em raiva e ele tenta abrir a porta e não consegue.
— Abra essa porta Scarlett. — ele grita do outro lado.
— Vá para o inferno!
— Scarlett não vou repetir, abra essa merda.
— Me deixa em paz!— grito cheia de raiva e quando menos espero escuto o estrondo da porta sendo aberta e ele vem para cima de mim com toda raiva que ele possuí. E segura o meu pescoço me fazendo temer pela raiva que ele está sentindo.
— Nunca mais bata no meu rosto!— ele diz apertando ainda mais.
— Se encosta essa boca asquerosa em mim farei pior. Vá acabe logo comigo quem sabe me livro desse inferno. — falo já me faltando o ar vê que a minhas palavras o faz despertar e solta o meu pescoço me fazendo tossir e em busca de ar.
— Por que merda você está falando essas merdas?
— Me deixa em paz! Eu quero que você morra, suma da minha vida! — falo olhando em seus olhos e ele parece não acreditar nas minhas palavras…